Loot boxes: EA alega não ser jogos de azar, mas “mecânicas surpresa”
Empresa responde a comitê que investiga influência dos jogos, incluindo microtransações, loot boxes e realidade virtual.
Em uma sessão recente no Comitê de Esportes, Mídia, Cultura e Conteúdo Digital do Reino Unido, a Vice-Presidente de Assuntos Legais e Governamentais da EA, Kerry Hopkins, foi questionada sobre como a empresa enxerga a controversa mecânica de loot boxes. Conforme alega a executiva, elas são “mecânicas surpresa”.
Como noticia o site PlayStation Lifestyle, Hopkins ainda destaca que, na visão da EA, tais funcionalidades são “bastante éticas e divertidas”. A vice-presidente ainda compara o recurso com brinquedos como o conhecido Kinder Ovo e outros tipos encontrados em lojas infantis. Alega ainda que a EA não vê loot boxes como jogos de azar.
A notícia da audiência foi publicada no perfil Nibellion no Twitter, baseado em reportagem veiculada inicialmente no site PC GamesN. Ela faz parte da investigação que o governo do Reino Unido implementou sobre o efeito dos jogos. Essa investigação inclui não apenas microtransações e loot boxes, mas outras instância. Até mesmo realidade virtual.
EA's VP of legal and government affairs refuses to use the term 'lootboxes' in favor of 'surprise mechanics', compares them to Kinder Eggs, says they are not gambling and 'quite ethical'https://t.co/IbRqMwvJea pic.twitter.com/bJ8t3Fkib6
— Nibel (@Nibellion) June 19, 2019
Alguns órgãos governamentais parecem não concordar com o posicionamento da empresa. A Bélgica, por exemplo, proibiu a prática da implementação de loot boxes em seu território. Como consequência, a EA precisou parar de vender FIFA Points no país em questão. EUA e Austrália também investigam prática.
Lembrando ainda que que, recentemente, um senador dos Estados Unidos apresentou um projeto de lei que visa proibir microtransações em território norte-americano, em todos os jogos “destinados a crianças”. Ele cita a franquia FIFA especificamente como exemplo. A medida foi respondida pela indústria como “irresponsável”.