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Não existe modelo de game ruim: existem jogos bons ou ruins

Fadiga de mundo aberto? Jogos como serviço enjoativos? Nada disso importa se os jogos forem bons!

por Thiago Barros
Não existe modelo de game ruim: existem jogos bons ou ruins

No meio da confusão do mundo dos games, uns já estão gritando que jogos como serviço estão saturados e que a fadiga dos mundos abertos é inevitável. Mas, peraí: será que o problema está no modelo ou na execução?

A verdade é que não existe jogo “de modelo” ruim – só há jogos que funcionam ou não funcionam, independentemente de serem open world, live service ou que quer que seja. Você, com certeza, já ouviu algumas frases do tipo: “jogo de zumbi é tudo igual”, “não sei pra que comprar jogo de esporte todo ano se não muda nada”, “o grind do RPG é muito cansativo”, “soulslike tem que ser mais acessível”…

É claro que todo mundo tem o direito de ter a opinião que quiser, mas será que o problema é mesmo dos modelos ou gêneros?

Por exemplo: muitos afirmam que jogos como serviço estariam “comendo” a cena ou que mapas gigantescos acabaram se tornando cansativos. Contudo, ao analisarmos o mercado atual, vemos que a qualidade do produto é o que realmente faz a diferença. Se o jogo é bem feito, ele transcende a categoria a que pertence.

Vejamos Assassin’s Creed Shadows, lançado agorinha e fazendo um baita sucesso. Apesar do extenso mundo aberto, e de ser de uma franquia repleta de altos e baixos nos últimos anos, ele foi aclamado justamente por ter o universo bem construído e pela forma inteligente com que distribuiu missões e atividades, provando que não é o tamanho do mapa que importa, mas a maneira como ele é explorado.

Da mesma forma, Like a Dragon: Pirates Yakuza in Hawaii mostrou que um universo vasto pode ser recheado de personalidade, humor e desafios únicos. Dois jogos recentes que demonstram que, mesmo com um cenário aparentemente “infinitamente aberto”, o que realmente cativa os jogadores é a qualidade e a coerência do design.

Enquanto alguns criticam os jogos como serviço, é inegável que títulos como Fortnite continuam sendo fenômenos globais há anos, evoluindo e se adaptando ao gosto dos jogadores. E também não podemos esquecer dos novos queridinhos, como Marvel Rivals, que chegam com propostas frescas e dinâmicas, provando que o modelo de serviço pode ser inovador e divertido, se bem executado.

Execução dos jogos é o que importa

No fim das contas, não se trata de escolher entre mundos abertos gigantescos ou jogos como serviço. O que realmente determina o sucesso de um game é a qualidade de sua execução. Seja através de um design arrojado, narrativas cativantes ou mecânicas que realmente engajam – o segredo está em entregar uma experiência memorável.

Por exemplo: o game mais vendido dos últimos anos é GTA 5, e ele combina os elementos destes dois grandes conceitos: o mundo aberto na parte single-player e as microtransações no GTA Online. E a grande maioria dos jogadores ama as duas coisas. Tanto que GTA 6, seu sucessor, é certamente o game mais esperado de todos os tempos – seu trailer já teve quase 250 milhões de views no YouTube.

Então, da próxima vez que ouvir alguém reclamando da “fadiga” de determinado modelo, lembre-se: não existem jogos bons ou ruins por categoria, mas sim jogos bem ou mal feitos. E, no fim das contas, a experiência do jogador é o que sempre prevalecerá.