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Exclusividade de Call of Duty não seria rentável, diz defesa da Microsoft

Estratégia só valeria a pena caso o Xbox tivesse um número elevado de jogadores

por Jean Azevedo
Exclusividade de Call of Duty não seria rentável, diz defesa da Microsoft

A Microsoft se defendeu das alegações da Sony em relação à aquisição da Activision Blizzard e da possível exclusividade de Call of Duty no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). Enquanto a gigante japonesa se posicionou contra futuros lançamentos da franquia apenas nos consoles Xbox, a empresa americana disse prezar pela rentabilidade do negócio.

Ao longo dos anos, o shooter da Activision obteve números expressivos em vendas dentro do ecossistema da Sony. Segundo a defesa da Microsoft, não há planos para deixar de lançar esses games nos demais consoles do mercado, pois o número de clientes da plataforma não é tão elevado e os custos de produção dos títulos são altos.

Em outras palavras, buscar a exclusividade de Call of Duty para o Xbox significaria removê-lo das lojas da Sony no futuro e, consequentemente, essa ação não renderia os lucros almejados para os cofres da Microsoft. Confira o que foi dito no documento pela defesa:

Independentemente do quão inusitadas sejam as críticas da Sony em relação à exclusividade de conteúdo – já que toda a estratégia do PlayStation foi centrada na exclusividade ao longo dos anos – a realidade é que reter os jogos da Activision Blizzard, não os distribuindo em lojas de console rivais, simplesmente não seria lucrativo para a Microsoft.

Tal estratégia seria rentável apenas se os jogos da Activision Blizzard fossem capazes de atrair um número suficientemente elevado de jogadores para o ecossistema do console Xbox, e se a Microsoft pudesse auferir receitas com a venda de jogos o suficiente para compensar as perdas decorrentes da não distribuição de tais jogos em consoles rivais. 

Como se não bastasse, as estratégias de exclusividade ainda resultam em custos específicos de cada título.

A Sony chegou a alegar que caso Call of Duty se torne exclusivo, isso impactaria na venda de consoles no futuro, pois não há um competidor à altura da franquia. A Microsoft também tratou de classificar esse argumento como “injustificável”, ao citar jogos das demais empresas participantes do processo no CADE.

Call of Duty Modern Warfare II, da Activision
(Fonte: Activision)

Além de Call of Duty, o Game Pass foi citado pela defesa

A Microsoft insinuou que a Sony paga por “direitos de bloqueio” para determinados jogos e conteúdos não serem lançados no Game Pass ou qualquer outro serviço de assinatura dos concorrentes. Entenda melhor clicando aqui!