Diretor de Persona 5 e Metaphor gosta de acompanhar seus projetos “do início ao fim”
Katsura Hashino mostra o motivo de ser tão reconhecido entre os criadores de JRPG
Katsura Hashino, diretor de Persona 5 e Metaphor: ReFantazio, falou sobre como gosta de acompanhar seus trabalhos “até o final”. Desde sua entrada na Atlus em 1994, ele conquistou destaque no setor, liderando projetos como Shin Megami Tensei: Devil Summoner e assumindo a direção em ReFantazio com uma abordagem singular.
Atualmente à frente do Studio Zero, Hashino deixou a franquia Persona para criar Metaphor: ReFantazio. Ele atuou como diretor e produtor criativo, equilibrando decisões narrativas e técnicas.
Priorizo meu julgamento como diretor, o que adiciona pressão, mas, como produtor, sou responsável por equilibrar tudo.
Hashino comentou sobre a importância de manter o foco durante o desenvolvimento. Segundo ele, seu método evita imposições arbitrárias. “Não forço demandas egoístas, como trazer à tona a personalidade do autor”, disse em conversa com Hiroyuki Kobayashi, ex-desenvolvedor da Capcom e CEO da GPTRACK50 (via Famitsu).
Acompanhar o processo criativo até o final é essencial para o dev da Atlus. Essa dedicação permite que projetos mantenham consistência desde o planejamento inicial até a entrega final. Ele acredita que essa abordagem garante identidade às produções sem comprometer o controle de qualidade.
Mas claro, a equipe também tem participação nas escolhas, e isso foi essencial para o JRPG ser moldado dessa forma:
Na verdade, a razão pela qual “Metaphor” foi ambientado em um mundo de fantasia foi porque houve um forte pedido da equipe. Pessoalmente, acho importante pensar em “como devemos abordar o JRPG atual para o próximo estágio”, e não penso nisso com um tema em mente. No entanto, desta vez, houve um pedido da equipe, e pensei que um mundo de fantasia seria adequado para um novo desafio, então decidi criá-lo desta forma. Então, não é como se eu estivesse determinado a criar uma fantasia. No futuro, se eu fizer outro jogo e achar que “o período Sengoku é o melhor cenário”, ele pode se tornar um JRPG com uma visão de mundo semelhante a “Sengoku BASARA”.
O trabalho parece surtir efeito, afinal de contas, Metaphor: ReFantazio apareceu na lista de indicados ao GOTY no The Game Awards 2024 – mas foi superado por Astro Bot, da Team Asobi, que também é do Japão.
Diretor não descarta transformar Metaphor em série de jogos
Sequências e spin-offs a caminho? O diretor de Metaphor: ReFantazio pelo jeito não quer deixar a aventura acabar em apenas um jogo, não. Quem sabe isso vira uma série, não é mesmo? Saiba mais aqui!