Criador de BioShock comenta sobre fechamento “complicado” da Irrational Studios

Mais de dez anos após deixar a Irrational Games, Ken Levine, criador da franquia BioShock, comentou sobre sua saída. Ele explica que desafios marcaram sua decisão e que o fechamento “complicado” do estúdio foi totalmente inesperado.

Em entrevista à revista Edge, o diretor criativo afirmou que o encerramento da Irrational não estava em seus planos. Segundo ele, a empresa teria ficado nas mãos da Take-Two, que preferiu acabar com suas operações a pedidos de “níveis corporativos”.

O fechamento da Irrational foi complicado. Eu me senti fora do meu alcance no papel. Você é essa pessoa criativa e, de repente, conforme sua visão aumenta do que você quer fazer, você tem que se tornar um gerente, de uma forma que você não necessariamente tem nenhum treinamento ou habilidade.

Minha saúde mental estava uma bagunça durante BioShock Infinite. Eu estava estressado, muitas coisas pessoais estavam acontecendo na minha vida na época, e então meus pais morreram. Eu simplesmente não conseguia mais fazer isso e não achava que tinha a confiança da equipe.

Ao perceber que não seria mais um bom líder, Levine decidiu abrir sua própria desenvolvedora, a Ghost Story Games, e já trabalha em seu game de estreia, Judas. A Take-Two acabou remasterizando BioShock em 2016, mas não mais sob comando da Irrational.

A Take-Two fez uma remasterização de BioShock — esse teria sido um bom título para a Irrational entender, construir uma nova estrutura de diretor criativo e, então, trabalhar no próximo game da franquia quando se sentissem confiantes.

Judas será “muito diferente” de BioShock, afirma diretor

Já em relação a Judas, a comunidade pode esperar algo muito diferente em relação à série anterior de Levine. O diretor confirmou que mudanças estruturais estão planejadas para o jogo, que incluirá elementos mais imersivos. Clique aqui para saber mais.