Bethesda: processo por Fallout 4 pode adiar aquisição feita pela Microsoft
A gigante norte-americana anunciou a compra das empresas em setembro de 2020, pelo valor de US$ 7,5 bilhões
A conclusão da compra da ZeniMax Media e da Bethesda Softworks por parte da Microsoft pode ser adiada. As empresas estão enfrentando uma ação coletiva por conta dos conteúdos pós-lançamento de Fallout 4. O processo cita que as companhias “mentiram” para os jogadores.
O jogo lançado em 2015 recebeu um Passe de Temporada onde os players teriam acesso a todas as expansões lançadas para o game. Contudo, a Bethesda anunciou, em 2017, a criação de um “Clube de Criação”, descrito como “uma coleção de conteúdo totalmente novo para Fallout 4 e Skyrim”. Este não estaria disponível para quem adquiriu o passe, revoltando os fãs.
O advogado da ação coletiva, Filippo Marchino, da X-Law Group, em entrevista ao site GamesBeat, detalhou o caso e os argumentos dos jogadores. Segundo ele, a publisher quebrou uma promessa para “ganhar mais dinheiro”.
Simplificando, a Bethesda vendeu um Passe de Temporada com o entendimento de que daria aos detentores todo e qualquer DLC que seria criado para Fallout 4 em uma base contínua. Eles lançaram uma quantidade limitada de DLC. Em seguida, lançaram uma segunda onda de DLC, mas decidiram chamá-lo de conteúdo do Clube de Criação e removê-lo artificialmente da definição de DLC. O que significa que prometeram às pessoas no início darem tudo o que fizeram. E então eles renegaram a promessa e o fizeram em seu benefício ou em detrimento dos reclamantes. Foi aí que erraram. Eles mentiram. Pegaram dinheiro dos jogadores e então ganharam mais dinheiro.
Além disso, Marchino informou que solicitará o interrompimento da compra da ZeniMax Media feita pela Microsoft até a conclusão do processo. A aquisição foi anunciada em setembro de 2020, pelo valor de US$ 7,5 bilhões.
O que vamos tentar fazer é pedir a um juiz que interrompa o negócio entre a Microsoft e a Bethesda para preservar os ativos, como um pedido de liminar.
Segundo o GamesBeat, que teve acesso aos documentos do processo, a ação coletiva acusa a “Bethesda de quebra de contrato, enriquecimento sem causa, preclusão de promessa (quebra de promessa, mesmo na ausência de um contrato legal), engano ou fraude, ocultação fraudulenta, declaração falsa negligente, delito decorrente de quebra de contrato, violação de expresso garantia e violação da Lei de Proteção ao Consumidor de Maryland”.
Margaret Esquenet, advogada da publisher, negou todas as acusações. A defesa da empresa é que o “Clube de Criação” não era um DLC. Um julgamento pode acontecer até 2022, com US$ 1,1 bilhão em danos potenciais.
Microsoft não cancelará games da Bethesda anunciados para PlayStation
Herve Gengler, desenvolvedor da Playground Games (Forza Horizon), garantiu mais uma vez que jogos da Bethesda já anunciados para PlayStation não serão cancelados. A informação já foi confirmada por Phil Spencer, chefe da Xbox, logo após a Microsoft comprar a ZeniMax Media. Saiba tudo aqui!