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De 2006 a 2025: tudo que você precisa saber sobre The Elder Scrolls IV: Oblivion

Aclamado RPG da Bethesda já está disponível nos consoles modernos em versão totalmente reformulada

por André Custodio
De 2006 a 2025: tudo que você precisa saber sobre The Elder Scrolls IV: Oblivion

Lançado em março de 2006, The Elder Scrolls IV: Oblivion é considerado um marco na história dos jogos de RPG em mundo aberto. Desenvolvido pela Bethesda, o título conquistou incontáveis fãs com sua imensa liberdade, narrativa profunda e universo rico que, mesmo quase duas décadas após sua estreia, continua sendo referência no gênero.

Após o sucesso de The Elder Scrolls III: Morrowind, a Bethesda enfrentava o desafio de superar as expectativas com um RPG que aproveitasse os avanços tecnológicos da época.

Oblivion foi projetado para os consoles de sétima geração (Xbox 360 e PlayStation 3) e PC, com a promessa de apresentar gráficos revolucionários e uma experiência mais acessível que a proposta pelo jogo anterior.

A equipe, liderada por Todd Howard, queria criar um mundo que parecesse orgânico, com NPCs que tivessem rotinas diárias e interagissem de forma natural diante das escolhas do protagonista, independente de quais elas fossem.

The Elder Scrolls IV: Oblivion
Fonte: Bethesda

Com isso, o estúdio investiu em tecnologias como o motor gráfico Gamebryo, que permitiu a construção de cenários detalhados, e o sistema Radiant AI, que dava aos personagens do mundo comportamentos dinâmicos e imprevisíveis.

E apesar de algumas limitações técnicas, como tempos de carregamento longos e uma grande quantidade de bugs, Oblivion foi um sucesso crítico e comercial, vendendo mais de 1,7 milhão de cópias até o final de 2006 e pavimentando o caminho para a franquia.

Bem-vindo ao mundo de Cyrodiil

Oblivion se passa em Cyrodiil, a província central de Tamriel, continente fictício no universo de The Elder Scrolls. Diferente do exótico e alienígena Vvardenfell de Morrowind, Cyrodiil é uma terra de florestas verdejantes, montanhas majestosas e cidades medievais inspiradas na Europa clássica.

A Cidade Imperial, com sua arquitetura grandiosa e cheia de pontos de interesse, é o coração político e cultural do jogo, enquanto vilarejos como Chorrol e Bravil oferecem diversidade de cenários, atmosferas e novas dinâmicas de interações.

O mundo aberto de Oblivion foi revolucionário por sua escala e liberdade. Os jogadores podiam explorar masmorras, completar missões ou simplesmente vagar sem objetivo, descobrindo segredos escondidos e combates surpreendentes.

A mecânica de viagem rápida e o sistema de bússola tornaram a exploração mais acessível, embora alguns fãs de Morrowind criticassem a perda de um senso de descoberta mais autêntico. Ainda assim, a sensação de imersão em Cyrodiil, com ciclos de dia e noite e mudanças climáticas, permanece um dos pontos altos do jogo.

The Elder Scrolls IV: Oblivion
Fonte: Bethesda

A história de Oblivion começa com o jogador como um prisioneiro anônimo, libertado após um encontro com o Imperador Uriel Septim VII, dublado pelo ator Patrick Stewart. O assassinato do imperador desencadeia uma crise: sem um herdeiro, o trono de Tamriel está vago, e portais para Oblivion, o reino demoníaco do príncipe daédrico Mehrunes Dagon, começam a se abrir.

É nesse contexto que o jogador assume o papel de um herói improvável, trabalhando com a ordem das Lâminas e Martin Septim, o herdeiro ilegítimo, para impedir a invasão e salvar o mundo de uma obliteração sem precedentes.

A campanha principal do game é grandiosa, com momentos memoráveis como a Batalha de Bruma e o confronto final na Cidade Imperial. No entanto, a narrativa foi criticada por sua linearidade em comparação com as histórias mais abertas de Morrowind.

O verdadeiro brilho de Oblivion está nas missões secundárias, como as da Guilda das Sombras e da Guilda dos Ladrões, que oferecem histórias bem aprofundadas, reviravoltas e escolhas morais complexas. A missão “Whodunit?”, onde o jogador deve desvendar um assassinato em uma mansão, é frequentemente citada como uma das melhores do gênero.

Liberdade, profundidade e autenticidade

Oblivion oferece um sistema de progressão baseado em habilidades que evoluem com o uso, permitindo que os jogadores moldem seus personagens sem classes rígidas. Quer ser um mago que usa espadas ou um ladrão com poderes de ilusão? O jogo dá essa liberdade.

As habilidades, divididas em categorias como Combate, Magia e Furtividade, são niveladas conforme o protagonista as utiliza, o que incentiva experimentação e, consequentemente, o aprimoramento natural por meio do simples uso.

O título também possui um sistema de nivelamento onde os inimigos escalam com o nível do jogador, o que pode tornar o jogo desbalanceado se habilidades de combate não forem priorizadas. Enquanto isso, o combate, com ataques corpo a corpo, arcos e magias, é intuitivo e satisfatório, especialmente tendo em mente as limitações da época.

The Elder Scrolls IV: Oblivion
Fonte: Bethesda

A alquimia, a criação de itens e o sistema de feitiços oferecem profundidade adicional. Os jogadores podem combinar ingredientes para criar poções ou lançar feitiços personalizados, algo semelhante ao que The Witcher 3 fez muitos anos depois.

Trilha sonora e dublagem quase inesquecíveis

A trilha sonora de Oblivion, composta por Jeremy Soule, é uma das mais icônicas da história dos videogames. Faixas como “Reign of the Septims” e “Wings of Kynareth” capturam a grandiosidade e a melancolia de Cyrodiil, enquanto a música dinâmica, que muda conforme a exploração ou o combate, eleva a imersão a outro nível.

A dublagem, embora limitada pela repetição de vozes (um elenco pequeno para centenas de NPCs), tem momentos brilhantes. Além de Patrick Stewart, atores como Sean Bean (Martin Septim) e Terence Stamp (Mankar Camoran) entregam performances memoráveis. Já as falas dos NPCs, como “I saw a mudcrab the other day”, tornaram-se memes adorados pela comunidade.

A vez de The Elder Scrolls IV: Oblivion Remastered

Quase 20 anos após o lançamento original, a Bethesda anunciou e lançou a versão remasterizada de The Elder Scrolls IV: Oblivion. Apresentado em uma longa transmissão, o game se destaca pelo grande salto técnico e por inúmeras melhorias de qualidade.

De acordo com o estúdio, a versão atualizada do game, desenvolvida em parceria com a Virtuos, conta com nova tecnologia de sincronização labial, modelos e ambientes refeitos, todas as expansões de história (Shivering Isles e Knights of the Nine) e interface e sistema de áudio aprimorados.

Além disso, The Elder Scrolls IV: Oblivion Remastered é um projeto criado inteiramente na Unreal Engine 5, permitindo atualizar o sistema de nivelamento implementado no game original e em Skyrim, melhorar animações de combate (efeitos visuais, reações de acerto e movimentos) e ajustar a visão em terceira pessoa.

A remasterização do aclamado RPG de mundo aberto já está disponível para PS5, Xbox Series e PC, saindo por preços a partir de R$ 264,90 via PS Store.

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