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JOGAMOS: Watch Dogs Legion e o que fazer com essa tal liberdade

Jogo corresponde às expectativas na inovação do seu gameplay com múltiplos protagonistas

por Thiago Barros
JOGAMOS: Watch Dogs Legion e o que fazer com essa tal liberdade

O que é que eu vou fazer com essa tal liberdade? O famoso verso de Alexandre Pires não tem nenhuma relação com Watch Dogs Legion, mas fica ecoando na sua cabeça quando você começa a nova aventura da DedSec. Propondo uma variedade incrível de gameplay em uma mesma história, onde todos são protagonistas, o título corresponde à expectativa de inovação.

O MeuPlayStation foi convidado pela Ubisoft a testar Watch Dogs Legion no último sábado (assim como Assassin’s Creed Valhalla), e agora com o final do Ubisoft Forward, estamos autorizados para revelar as nossas primeiras impressões. Essa experiência durou cerca de quatro horas e serviu para dar um deep dive bacana no que está sendo preparado nesse novo capítulo da franquia.

E, depois de um primeiro momento de estranhamento, conforme exemplificado pelo clássico do pagode dos anos 1990, vem a sensação incrível de identificar como tudo aquilo faz sentido. Como é incrível montar o seu “exército” e usar a tecnologia, de diferentes formas, a serviço do povo, que busca se libertar de uma força militar opressora numa Londres de um “futuro próximo”.

Hora de outra música, outra gênero: ser livre pra voar, ser livre pra sentir. Libertar!

God save the Queen!

Já que estamos nas referências musicais, nada melhor do que o hino da Inglaterra para representar sua missão. Não houve menções à Rainha em si, mas a Rainha, claro, não representa somente aquela pessoa, mas sim o país. E, nesse caso, o Deus que pode salvá-lo não será uma intervenção divina, mas sim do jogador e da tecnologia in-game.

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A premissa é simples: a DedSec foi incriminada. Armaram para que o povo achasse que eles fizeram um ataque terrorista em Londres. A sua missão é mostrar que isso não é verdade, recrutando pessoas para a sua causa e mostrando os verdadeiros inimigos da população. O mais bacana é que, realmente, como a Ubi prometeu, você pode trazer qualquer um para sua causa.

A ferramenta de fazer uma análise de perfil dos transeuntes está ainda mais potente, identificando não só o nome e a ocupação daquela pessoa, como também se ela gosta ou não da DedSec, suas possíveis armas e habilidades, além de um calendário de atividades para uns personagens, que podem ser mais difíceis de recrutar, porém te ajudarão bastante.

Cada NPC tem suas particularidades. Por exemplo, uma pessoa que trabalha na construção pode ter acesso a drones e a uma roupa para infiltrar-se em prédios desse tipo. Um agente da milícia armada que domina a cidade tem, obviamente, mais acesso a locais controlados por ela, usando armas e uniforme do grupo. E por aí vai.

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São inúmeras possibilidades, tornando o gameplay sempre bem variado. E é bem legal poder montar seu “exército”, até porque, caso um dos personagens seja preso ou machucado gravemente, é preciso trocar para outro e seguir na missão que você está fazendo. Aliás, é bem importante falar sobre missões.

Assim como nos outros jogos da série Watch Dogs, Watch Dogs Legion tem uma história principal e sidequests, só que agora também há essa questão do recrutamento. Alguns personagens dizem que irão se aliar à causa, sim, mas só se fosse fizer uma determinada coisa. Isso dá uma dinâmica nova ao game e o torna ainda mais repleto de conteúdo do que seus antecessores.

Watch Dogs Legion: um upgrade necessário

Assim como dissemos em Assassin’s Creed Valhalla, Watch Dogs Legion é um upgrade necessário para a série. A jogabilidade dele tem as características que tornaram a franquia famosa, porém incrementadas. A sacada de não ter um protagonista é interessante, e funciona como a Ubisoft a vendeu nesses últimos meses.

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A inovação desse approach (abordagem) é super válida e, realmente, o grande atrativo e diferencial de Legion. O resto é o que já foi consagrado nos seus antecessores. Quem gostou, vai curtir. Com ainda mais drones, habilidades, personalização… O terceiro capítulo dessa saga tem o potencial necessário para brilhar.

Resta aguardar a versão completa, com o enorme mapa de Londres (na demonstração já deu para ter uma ideia interessante do quanto poderemos ter atividades variadas). Falando nisso, é importante demais frisar o ótimo trabalho de ambientação da cidade. Quem já foi visitar a capital inglesa vai identificar rapidinho os principais pontos turísticos e bairros da região.

Com certeza, será um daqueles jogos em que as comparações entre a vida real e a versão digital serão frequentes. O visual, como fizemos esse teste em streaming, não foi exatamente o que vai aparecer no game. Contudo, no vídeo publicado acima, você pode conferir melhor. Vale também ver os conteúdos oficiais divulgados pela própria Ubisoft.