Produtor explica porque CoD WWII é diferente de outros jogos de guerra
Nostalgia e inovação em um jogo só!
O produtor sênior de Call of Duty WWII, Mike Mejia, vistou a Brasil Game Show 2017 para divulgar o próximo lançamento da franquia de games de tiro em primeira pessoa.
Mejia contou ao Meu PS4 uma série de detalhes sobre “WWII” e foi enfático ao destacar que este não é apenas mais um jogo sobre a Segunda Grande Guerra.
Call of Duty WWII é um respiro de nostalgia em meio às apostas cada vez maiores da franquia em abordagens futurísticas. Mejia revelou que o jogo é uma resposta aos constantes pedidos dos fãs por mudanças na série: “A comunidade pedia cada vez mais novidades em Call of Duty e depois que terminamos Advanced Warfare, nós pensamos ‘qual é o próximo desafio?'” A resposta estava no passado:
“Pensamos no que representava a essência de Call of Duty, e não há nada mais icônico do que a Segunda Guerra Mundial”.
Logo após o desenvolvimento de “Advanced Warfare” a Sledgehammer decidiu que esta era a hora de trazer Call of Duty de voltar às origens, para a nova geração de jogadores que não experimentaram os games mais antigos de guerra.
Quando o primeiro trailer de Call of Duty WWII foi lançado durante a conferência da PlayStation na E3, a resposta foi incrível. O mundo inteiro ficou empolgado.
Voltar para o tema da Segunda Guerra Mundial tem um propósito ainda maior do que apenas a nostalgia. Segundo Mejia, existe uma grande responsabilidade em mostrar esse período histórico. Este foi o conflito mais importante da história da humanidade.
“Nós esperamos que depois de Call of Duty WWII as pessoas também queiram saber cada vez mais sobre o que aconteceu, sobre aqueles heróis e todas as vidas que foram perdidas. Games são entretenimento mas justamente por isso precisamos ser cuidadosos para retratar esses momentos com respeito e tentamos fazer isso em todos os modos de jogo, mas principalmente na campanha”, comenta o produtor.
Antes que você pense que Call of Duty WWII é só mais uma forma de disparar tiros para todos os lados da sua tela, Mike destaca que o game tem grande foco nas pessoas que fizeram parte do confronto. Talvez não os grandes nomes lembrados nos livros de história, mas os heróis anônimos que se uniram para combater a tirania das Potências do Eixo.
“Queríamos contar a história daquelas pessoas de tantas nações diferentes que se uniram e sacrificaram suas vidas por um ideal”.
Não é a toa que os desenvolvedores têm como principais referências o filme “O Resgate do Soldado Ryan” e a série “Band of Brothers”. Ambas as obras estão focadas em mostrar o ponto de vista dos combatentes de forma bastante sensível e crua.
Mejia fez questão de lembrar que os soldados da Segunda Guerra vieram de diversos países e o “WWII” e o game irá apostar nessa diversidade. O título inovou – e provocou controvérsia, inclusive – ao colocar mulheres como combatentes.
“Nós não sabíamos, por exemplo, que mulheres haviam lutado na Segunda Guerra até que o nosso consultor militar nos contou que sim, elas eram parte da Resistência Francesa. Nós apoiamos mostrar essa diversidade, principalmente neste contexto em que tantas nações e raças se uniram por um ideal. A história que contamos passa por vários países e, portanto, nossos personagens tem diversas nacionalidades e culturas”.
Voltar para a Segunda Guerra Mundial parece um caminho muito seguro, especialmente para uma franquia consolidada como Call of Duty. Para Mejia, no entanto, entregar mais um jogo sobre o tema não é o suficiente para a Sledgehammer. É necessário trazer elementos novos, ainda que em meio a uma abordagem nostálgica.
O “War Mode”, onde o jogador pode cumprir o papel de soldados dos Aliados ou do Eixo, é um dos pontos de inovação de “WWII”, inserindo conteúdos de narrativa em pleno multiplayer.
Talvez o grande trunfo do novo Call of Duty seja seu aspecto social. O modo “Headquarters”, permite que 48 jogadores basicamente se socializam em pleno Quartel-General. Eles podem treinar suas habilidades, bolar estratégias antes de ir para o campo de batalha e até mesmo ver seus colegas sendo condecorados. O modo “Headquarters” é um reflexo das redes sociais em Call of Duty – imagine um YouTuber famoso e vários de seus seguidores juntos, interagindo antes de iniciarem uma partida.
A equipe de desenvolvimento obviamente levou em consideração que a base de fãs de Call of Duty esteja dividida entre aqueles que conheceram a série com sua abordagem futurística e os que se apaixonaram em seus primórdios, com os clássicos jogos de Segunda Guerra. No entanto, Mejia enfatiza que, no fim das contas, o que importa é que o produto final tenha o selo de qualidade de Call of Duty, e seja um verdadeiro representante da franquia.
“Call of Duty é como o Natal. Temos essa data todos os anos, mas vivemos momentos diferentes, ganhamos presentes novos. Nosso objetivo é sempre agradar a todos os fãs e ouvir a comunidade”.
E, pelo visto, o objetivo dos desenvolvedores está sendo cumprido com louvor. Mejia diz que o público está respondendo de forma “incrível” a Call of Duty WWII. “A Sledgehammer está simplesmente honrada em poder entregar este jogo para os fãs”. No entanto, ainda que o feedback esteja bastante positivo, os desenvolvedores estão atentos às respostas dos jogadores, especialmente após o beta, para tornar o jogo ainda melhor.
Para finalizar, o produtor mandou uma mensagem para os leitores do Meu PS4, fãs do game. E para surpresa, ele se arriscou no nosso idioma e se saiu muito bem!
https://youtu.be/RwfNz4PtxZY
Call of Duty WWII chega ao PlayStation 4 em 3 de novembro.