Por que Starfield no PS5 seria mais impactante que Gears of War?
Duelo de gigantes movimenta as redes sociais com possíveis chegadas aos consoles da Sony
A ideia de mais um exclusivo da Microsoft chegar ao PS5 já é surpreendente por si só, mas entre Gears of War e Starfield, o RPG espacial da Bethesda poderia levar esse impacto às estrelas.
Sim, Gears tem sua legião de fãs e uma história lendária e merecida no Xbox desde 2006, com tiroteios absurdos e seus tradicionais “brutalities” de motosserras. Seu lançamento no PlayStation certamente não seria ignorado, mas isso não significa inigualável.
Starfield no PS5, de fato, seria o equivalente a um terremoto na comunidade gamer — e os motivos vão além da compra bilionária da Bethesda (ZeniMax Media) pela Microsoft, das críticas polarizadas e do flame war nas redes sociais.
Um símbolo da nova era da Microsoft
A compra da ZeniMax pela Microsoft em 2020, por US$ 7,5 bilhões, transformou Starfield em uma espécie de troféu da exclusividade da Xbox — uma promessa de que o investimento valeria a pena no curto prazo.
Mas o título rapidamente se tornou um grito preso na garganta dos fãs do PlayStation, que esperavam explorar galáxias com a Bethesda após anos de Skyrim e Fallout nas gerações de PlayStation.
Quando Phil Spencer anunciou que a Microsoft levaria mais títulos a outras plataformas, incluindo nomes como Indiana Jones e o Grande Círculo, as especulações começaram a se espalhar: Starfield seria o próximo?

Diferente de Gears of War, um nativo Xbox sem qualquer histórico de port para outras ecossistemas (especialmente com uns bons anos de mercado), Starfield praticamente carrega o peso de uma mudança de paradigma: a nova estratégia multiplataforma da Microsoft.
Sua chegada ao PS5 seria um marco talvez não histórico, mas importante, e potencialmente mais chocante que Gears por romper uma barreira antes intransponível.
A fome por RPGs espaciais no PS5
O PlayStation tem uma biblioteca rica em ação (God of War), narrativa (The Last of Us) e fantasia (Bloodborne), mas carece de um grande RPG espacial. No Man’s Sky cresceu com atualizações, mas sua proposta se diferencia da ideia do “rival”.
Gears of War, por outro lado, entra em um gênero já saturado no PS5, com shooters como Helldivers 2 dominando. Starfield preencheria o vazio, trazendo exploração intergaláctica para uma base à procura de novidades, o que dispararia o engajamento de jogadores e criadores de conteúdo ansiosos por algo novo.

Além disso, assim como no Xbox e no PC, a base de fãs de games da Bethesda segue praticamente intacta nos consoles da Sony. As comunidades de Fallout, Dishonored, DOOM e The Elder Scrolls não achariam ruim se mais um membro entrasse nesse meio.
Críticas e a chance de redenção
Lançado em 2023, Starfield dividiu o público: no Metacritic, marcou 83/100 (PC), mas caiu de 578 mil jogadores simultâneos na Steam para 10 mil em média, segundo banco de dados — normal para single-player, mas a queda foi bem acentuada.
Críticas apontam um mundo “vazio”, loadings excessivos e bugs, especialmente quando se trata da renderização das centenas de planetas prometidas por Todd Howard, chefe de estúdio. No PS5, com seu SSD ultrarrápido e poder gráfico, a Bethesda poderia corrigir esses problemas num relançamento otimizado, como fez com Fallout 4.

Gears of War, apesar de sólido 94/100 para Gears 1, não carrega o mesmo potencial de redenção ou debate — é um sucesso consistente, mas sem a urgência de uma “segunda chance” que Starfield oferece. Esse fator reacenderia o hype e atrairia tanto críticos quanto defensores.
O Flame war ganharia — e isso não deixa de ser fato
Fale bem ou mal, mas falem de mim. O flame war em torno de Starfield é um motor de engajamento por si só. Desde o anúncio de exclusividade, fãs de PS5 e Xbox travam uma batalha nas redes.
Essa guerra verbal nas redes sociais mantém o jogo relevante, e um port seria gasolina pura — imagine os vídeos no YouTube, threads nas mídias e análises comparando versões. Gears of War tem rivalidade histórica com Killzone, mas ela esfriou; seu impacto seria nostálgico, mas não incendiário.

E se o jogo não fosse apenas um port, mas um relançamento turbinado? Rumores sugerem que a Bethesda planeja uma “edição definitiva” com expansões (Shattered Space já saiu em 2024) e melhorias técnicas.
No PS5, com suporte ao DualSense e áudio 3D, o jogo poderia brilhar onde falhou antes. Gears of War no PS5 seria mais previsível — bem-vindo, mas sem o mesmo espaço para reinvenção ou discussão. Starfield tem a chance de virar o jogo, gerando manchetes e mais.
Depois de toda essa discussão, ainda faz sentido?
Gears of War carrega o peso de uma marca, mas mais como uma memória distante. Já a aventura espacial tem uma mochila cheia, com o peso da aquisição de US$ 7,5 bilhões, a lacuna de RPGs espaciais no PS5 e a necessidade de manter assuntos na internet.
De fato, tudo não passa de mera especulação e essas projeções poderiam ser um tiro pela culatra. Apesar disso, não há como negar que o título da Bethesda causaria muito, tanto na comunidade da Microsoft quanto da Sony.
E você, qual desses jogos gostaria de ver em seu PlayStation? Comente!