[BIG Festival] Warner receberá novatos em Mortal Kombat 1 de “braços abertos”

Durante o BIG Festival 2023, o MeuPlayStation teve a oportunidade de entrevistar Ismael Crivelli, gerente de produtos da Warner Bros. Brasil. O principal assunto abordado foi Mortal Kombat 1, novo jogo de luta anunciado recentemente. Segundo a publisher, novatos serão recebidos de “braços abertos” quando o game for lançado em 19 de setembro.

Desde a revelação do fighting game, há um hype grande na comunidade: recentemente, o pico de jogadores simultâneos de Mortal Kombat 11 chegou a 10.159 na Steam — o maior já registrado em anos — não só isso, mas apareceu na lista de “Títulos em Alta” da PS Store. De acordo com Crivelli, isso é fruto do relacionamento “de longa data” com os fãs.

A gente sempre fica muito feliz com o engajamento dos fãs. A gente tem um relacionamento de longuíssimo prazo no Brasil. A Warner começou suas redes sociais há uns 10 anos já. Nós vemos desde o lançamento de MK X, MK 11 e, agora, o MK 1, uma comunicação constante. Esses picos de interesse são novas pessoas chegando e recebemos todos de braços muito abertos. MK 1 pode ser uma porta de entrada no gênero de fighting games para esse público, que, talvez, não tenha experimentado outro jogo de luta.

Receber jogadores novatos na franquia não é bem uma novidade para a Warner. Sendo uma marca estabelecida há várias décadas, a IP vem atingindo um público cada vez maior: Mortal Kombat 11, por exemplo, já vendeu mais de 12 milhões de unidades e gerou US$ 500 milhões em receitas para a publisher.

[MK 11] é um dos jogos de luta mais vendidos de todos os tempos… É uma franquia que já tem 30 anos de história e segue tendo o Ed Boon, co-criador, como o chefe das decisões criativas. Isso dá uma consistência muito grande para o que é feito lá dentro. Poucas IPs estão há tanto tempo no mercado e têm o auge da relevância hoje. Somos muito sortudos por termos não só um dos criadores originais ainda liderando a NetherRealm e a direção dos produtos, mas também, os fãs engajados e a franquia mais forte do que nunca.

Visuais de “Kameos” em Mortal Kombat 1 podem ser um “fan service”

Três “Kameos” (ou na versão PT-BR, “Lutadores de Parceria”) foram apresentados no “Stress Test Online”, ocorrido entre 23 e 26 de junho: Jax, Sonya Blade e Kano. Todos possuem trajes que remetem aos seus visuais clássicos, dos primeiros jogos. Isso, na opinião de Crivelli, pode ser visto com um “fan service” da NetherRealm, especialmente por se tratar de “um novo começo” para a linha temporal da franquia.

Na minha opinião, eu vejo isso como um fan service. Os caras colocarem o Kano e a Sonya com as roupas do Mortal Kombat 1, o Jax com a do Mortal Kombat 2. Eu acho que é uma conexão com a origem da franquia, mas também brinca um pouco com a expectativa: o que podemos esperar dessa nova história? Existe uma nova linha do tempo que se mistura com as antigas, portanto, tudo é possível.

Mortal Kombat 1 estreará em uma janela disputada. No dia 19 de setembro, o game de luta chega junto de Lies of P, soulslike da Neowiz. Além disso, poucas semanas depois, outros AAAs darão as caras, como Alan Wake 2, Marvel’s Spider-Man 2 e Assassin’s Creed Mirage. Mesmo assim, a Warner vê essa concorrência de “maneira muito positiva” para a indústria de games.

Essa é uma dinâmica que a indústria sempre teve. Existe uma concentração de grandes lançamentos em janelas competitivas… anos atrás isso acontecia no Q4, ou seja, de outubro a dezembro. Hoje já há outras janelas, como as de fevereiro e março, que ficaram fortes. A Warner vê de maneira muito positiva você ter bons títulos chegando ao mercado, porque a indústria toda cresce. Obviamente, cabe a cada publisher buscar seu espaço de relevância, mas, no fim do dia, acho que cabe aos fãs avaliarem o que existe ali pra ele escolher. Além disso, às vezes, uma pessoa quer escolher muito entre dois títulos e não consegue ambos no lançamento… Então, tudo bem. Ela compra um na estreia e, depois de um tempo, em uma promoção, adquire o outro. Portanto, tem espaço pra todos, o importante são bons jogos chegarem ao mercado.

Ismael também comentou a disputa de MK com Street Fighter 6 e outros jogos da categoria, como Tekken 8 e The King of Fighters XV. Na visão dele, a cena dos “fighting games” fica fortalecida com tantos títulos chegando juntos, pois “encoraja mais pessoas a testarem o gênero”.

Como fã de fighting game, é incrível ver todos esses jogos chegando. Nunca vimos um MK e um Street Fighter chegarem juntos no mesmo ano. No fim do dia, eles não concorrem entre si, pois cada um tem uma proposta muito específica. As chances de você ter alguém interessado pelo gênero aumentam muito. Isso é sempre um desafio, porque muitos desses jogos estão caminhando pra cena do online, onde a sua performance no 1v1 vai determinar sua vitória ou derrota, o que pode gerar uma frustração muito grande pra quem não está acostumado.

Nessa nova geração, os jogos online são mais voltados para o desempenho da equipe, onde se você não estiver muito bem, ainda pode vencer por conta dos seus parceiros. Como o fighting game é individual, pode existir essa frustração de perder. E uma das coisas que eu mais gosto da cena dos jogos de luta no Brasil, é o quanto ela é receptiva para novatos. Os maiores pro-players, como Killer Shinnok e o Konqueror, fazem live com a comunidade, os ensinando a jogar. E o modo online sempre foi a barreira para os novatos. Por isso, que a NetherRealm foca muito na experiência do single-player, de não só trazer um jogo com um cenário competitivo muito estruturado, mas muita coisa pra quem nunca vai querer jogar online.

Por fim, Crivelli revela seu personagem favorito em toda franquia: Scorpion. Isso se dá por conta da sua “memória afetiva” com o ninja amarelo, que já foi destaques em revistas antigas com seu clássico fatality, onde remove sua máscara e cospe fogo no oponente. Liu Kang é outro de seus prediletos, por “carregar uma narrativa ao longo da franquia” e ser o herói do plano terreno.

Mortal Kombat 1 chegará ao PS5, Xbox Series, Nintendo Switch e PC.