Meu Jogo da Semana: Trials of Mana

Jogar é o que define o MeuPlayStation e nada mais justo do que recomendarmos títulos nos quais estamos nos aventurando ultimamente. Na semana retrasada, nosso editor-chefe, Thiago Barros, mostrou seu amor por Destiny 2. Na última, o redator Vinícius Paráboa falou sobre Final Fantasy VII Remake. E hoje, eu, Raphael Batista, vou apresentar aos leitores outro jogo da Square Enix: Trials of Mana.

Recentemente, publicamos a análise de Trials of Mana no nosso site e lá já é possível conferir impressões gerais sobre o game, além dos pontos negativos e positivos. Neste artigo, gostaria apenas de explicar o porquê o jogo foi um tiro certeiro para mim.

Um game para deixar o coração quentinho

Trials of Mana é um jogo descompromissado, leve, simples e divertido. Ele não tem uma história profunda, grandes reviravoltas ou personagens com várias camadas. Não. Ele é simplesmente um conto de aventura sobre o bem vs. o mal dentro de um mundo cheio de magia.

A premissa simples faz o jogador ser levado para um universo onde ele acredita que tudo vai ficar bem. O game trata sobre redenção, superação, amizade, cuidado com os outros e amadurecimento. São características abordadas de forma constante e que nos dá uma sensação de alívio e calmaria ao acompanhar o fim do arco de cada um dos personagens.

Nessas horas, em que talvez estejamos com muito estresse acumulado diante de um cenário jamais visto, Trials of Mana serve como uma pílula milagrosa para a dor de cabeça. Você joga, se diverte, dá risada e fica com o coração quentinho pelos personagens e por entender que no final, tudo fica bem.

Um game para não se estressar

Outro grande atrativo de Trials of Mana é a jogabilidade. Ele é um action-RPG, ou seja, pode até lembrar o estilo de Zelda. Os jogadores podem controlar três personagens manualmente e o combate é em tempo real. No entanto, é possível configurar o comportamento dos aliados e como eles vão enfrentar os inimigos nas batalhas.

As mecânicas não são complicadas e até mesmo quem não gosta do estilo, poderá se encantar com o formato pela simplicidade. Houve momentos em que eu simplesmente apertava o botão quadrado para atacar os inimigos enquanto esperava minha maga explodir todos com a bola de fogo. Era algo básico, mas eu sabia que tinha configurado o comportamento dela para lançar magias com uma alta frequência.

Além da jogabilidade acessível, o jogo em si não estressa o jogador com a dificuldade. Em 25 horas de jogo, eu não morri nenhuma vez (no modo Normal). Talvez pelo game oferecer vários itens de cura ao longo da jornada e, caso o jogador consiga equilibrar a party com um personagem de suporte, então fica muito fácil vencer os desafios.

É curioso porque eu amo jogos difíceis. Platinei Sekiro: Shadows Die Twice, Rogue Legacy, OlliOlli 2 e tantos outros. Porém, esse gameplay fácil e descompromissado de Trials of Mana era tudo o que eu queria jogar no momento (apesar da platina exigir um bom tempo de investimento).

Um game objetivo

Embora Trials of Mana seja grande, ele é muito “objetivo” no mapa. É possível explorar vários cenários, mas não existem missões secundárias ou atividades do mapa. O jogador é quase puxado pela mão para completar a história.

Há apenas 50 colecionáveis e mais nada. É um mundo “morto” talvez, porque poucos NPCs concedem habilidades especiais enquanto a maioria só tem diálogos descartáveis. De qualquer forma, numa realidade onde estamos com pouco tempo, é legal ter esse tipo de título que obriga o jogador ir do início ao fim e preocupar-se somente com a história principal.

Não há distrações ou “deixar a missão principal para depois”. O foco é inteiramente na jornada dos heróis, no objetivo de salvar o mundo.

Recomendo Trials of Mana para quem quer um jogo grande e que não seja difícil. É uma ótima oportunidade para relaxar e aproveitar gráficos bem trabalhados. Não espere por algo da qualidade de Final Fantasy VII Remake ou God of War e se surpreenda com uma diversão simples.