Sony vai encerrar a geração PlayStation 4 com chave de ouro

A gente ainda não sabe quando o PlayStation 5 vai sair. Nem se esse é mesmo o nome do próximo console da Sony. Porém, é muito provável que não passe do ano que vem. E, por isso, dá para termos a noção de que a empresa já está se despedindo do PlayStation 4. O “adeus”, ao que tudo indica, será como foram os últimos seis anos: em grande estilo.

O que fez o PS4 ser tão aclamado por público e imprensa especializada, sem dúvidas, foi seu catálogo de jogos exclusivos. E, dentro das franquias de maior nome da Sony nesses últimos anos, faltava aparecer uma delas no console: The Last of Us. É claro que teve um remasters (que inclusive estará grátis na Plus no mês que vem), mas não um novo game.

Pois bem, anunciado em 2016, The Last of Us Part II, enfim, teve sua data de lançamento confirmada e vai chegar em fevereiro do ano que vem. Agora, a tríade, com God of War e Uncharted, está completa em mais uma geração. Todos tiveram lançamentos para o PS4. Para muita gente, só isso já bastaria para coroar o console.

Mas ainda tivemos o começo de uma nova franquia em Horizon, com a carismática Aloy, uma agradável surpresa com um herói queridinho de todos, em Marvel’s Spider-Man, e outros títulos muito relevantes, como Until Dawn, Bloodborne, The Last Guardian, Days Gone, Detroit: Become Human, Shadow of the Colossus, InFamous e muito mais.

Em outubro, ainda tem Concrete Genie e MediEvil, mas certamente são para um público não tão abrangente quanto os outros lançamentos. E Dreams, que promete causar uma revolução na forma de criar conteúdo para games? Ufa, é muita coisa, não é? Pois bem, mas aqui vamos focar em outros títulos dos quais ainda não falamos.

A tendência é de que a Sony feche esse ano fiscal, que vai até março de 2020, com um sprint absurdo, e já comece o próximo, em abril de 2020, no mesmo ritmo. Por que? É simples. Temos, pelo menos, três grandes lançamentos entre novembro e abril. E todos podem ser jogados apenas no PlayStation 4.

O que está por vir no PlayStation 4

Tudo começa em novembro, com um dos mais misteriosos jogos da geração. O retorno esperado do lendário produtor japonês Hideo Kojima. Death Stranding. Agora, todos já entendem melhor o jogo, ele divide opiniões, mas ainda assim vai gerar um buzz muito grande quanto sair. Por Kojima e, claro, pelo seu elenco recheado de estrelas do cinema.

Aí vem dezembro, com as festas de final de ano, e as férias de janeiro. E quando todo mundo estiver pensando no Carnaval, no fim de fevereiro, Ellie e Joel retornarão para, aparentemente, o GOTY de 2020 (sem clubismo!): The Last of Us Part II. Uma história esperada por muitos e que promete gameplay e gráficos de outro nível.

As águas de março vão chegar, o ano fiscal vai acabar, mas nem vai dar tempo de parar. Afinal, em abril tem o remake de um clássico amado por uma geração. Final Fantasy VII. Seus primeiros trailers deixaram os fãs ensandecidos, e a tendência é de que ele possua algum apelo até para quem não jogou o título.

Ou seja, no período entre novembro e abril, haverá simplesmente três jogos gigantescos que somente quem tem um PlayStation 4 poderá jogar. As vendas do console, mesmo no que parece ser seu último ano no “auge”, devem seguir firmes no fim desse ano, e claro, esses games prometem também vender muito.

São três títulos que têm o poder necessário para gerar mais sucesso ainda para o PS4 e encerrar a geração com chave de ouro. Mas ainda tem uma coisinha que muita gente já nem lembra mais, pois sua última aparição foi na E3 2018. Um jogo de samurais, criado pela Sucker Punch, com gráficos incríveis e jogabilidade arrebatadora.

É isso mesmo, amigos! Ainda tem Ghost of Tsushima!

Não sabemos se a Sony voltará à E3 no ano que vem, se fará um evento próprio, mas o que parece é que o jogo será um título cross-gen. O último grande exclusivo do PS4, porém, ao mesmo tempo, o primeiro grande exclusivo de um provável PS5.

Previsões positivas para o PS5

Ou seja, a PlayStation fechará uma geração com chave de ouro e abrirá a próxima com esse mesmo impacto – diferente do que aconteceu em 2013, quando o PS4 chegou aos jogadores sem títulos de alta relevância. A maior parte do que fez sucesso à época veio somente das third-parties e dos remasters do PS3. Agora não.

Mais do que isso, ao contrário do que aconteceu com o PlayStation 4, quando não sabíamos que God of War receberia um ‘reboot’, The Last of Us teria sequência e Uncharted ganharia não só um, como dois jogos, se pensarmos no PlayStation 5, já tem muita coisa “certa” de acontecer nos próximos anos.

Absoluta nas últimas seis primaveras, a empresa parece saber exatamente no que acertou, no que falhou e como transformar esse aprendizado em ainda mais sucesso (e dinheiro) já a partir de 2020. Com mais de 100 milhões de unidades do PlayStation 4 comercializadas, ela ainda deve conseguir alguns mais até o ano que vem e, depois, o foco é todo no “PS5”.

Três sequências, pelo menos, estão garantidas: God of War, Marvel’s Spider-Man e Horizon. Talvez até haja mais de um jogo de Kratos ou Aloy, por exemplo. Ou seja, há três pilares aí que devem segurar a geração. Sem falar em um possível novo InFamous, que está sumido, do próprio Ghost of Tsushima e, claro, alguma nova IP que a Sony irá lançar.

No PlayStation 3, foi The Last of Us, da Naughty Dog. No PlayStation 4, Horizon, produzido pela Guerrilla. E no PlayStation 5, o que vem por aí, e das mãos de quem? Só nos resta, é claro, aguardar, mas com a certeza de que o planejamento da Sony para o fim da geração do PS4 e a transição para o PS5 sejam exatamente como os últimos anos: um sucesso.