Dead Space: relembre a saga que marcou época nos videogames

Dead Space, franquia de ação e survivor horror da Electronic Arts, começou em 2008 com seu primeiro título lançado para PlayStation 3, Xbox 360 e PC. Este mesmo jogo terá um remake completo para a nova geração, anunciado pela publisher durante o evento EA Play Live.

A série é um dos maiores sucessos dos videogames e muitos fãs pediam o seu retorno. Para a felicidade deles, foram atendidos. O MeuPlayStation reuniu algumas das características e destaques da saga para relembrar a importância da sua volta.

Lançamentos, história e mecânicas de Dead Space

A franquia possui seis títulos lançados em cinco anos, sendo três deles spin-offs. Confira:

Série principal

• Dead Space (2008): PlayStation 3, Xbox 360 e PC

Ambientada em um futuro distante, a história começa quando a nave de mineração, a USG Ishimura, entra em contato com um misterioso artefato alienígena (marcador vermelho) e perde sua comunicação com a Terra. Cabe ao protagonista Isaac Clarke, um engenheiro, ir em uma missão para consertar as comunicações de Ishimura e tentar salvar sua namorada, Nicole. No entanto, ainda não tinha noção do que estava por vir.

Ele encontra a tripulação mutilada por criaturas tenebrosas, os Necromorfos, e infectada por um antigo flagelo alienígena. De repente, não era preciso mais se preocupar em reparar a nave, mas, sim, sobreviver a qualquer custo. Em sua fuga, acaba destruindo o marcador, sendo o único sobrevivente e traído por sua companheira de equipe, Kendra Daniels.

A saga principal segue como um terror de sobrevivência em terceira pessoa, com amplo sistema de melhorias de armas. Além disso, conta com momentos de puzzle baseados na física dentro do ambiente. A cobertura é um dos destaques junto com o traje de integração de recursos (RIG), o qual fornece informações sobre saúde e oxigênio.

• Dead Space 2 (2011): PlayStation 3, Xbox 360 e PC

Depois dos acontecimentos anteriores, Isaac Clarke retorna em Dead Space 2 após um longo período em coma na grande cidade chamada “The Sprawl”. Dessa vez, ele está debilitado por conta de uma demência e assombrado por visões de sua namorada morta por conta da destruição do marcador vermelho. Para piorar, ainda está sendo perseguido pelo governo.

No meio disso, os cientistas da EarthGov tentam extrair informações de sua mente para construir outro marcador. Entretanto, isso acaba levando para um novo surto de Necromorfos em Sprawl. Novamente, ele precisa se superar para sobreviver à nova ameaça, destruir a cópia e desfazer a demência em sua mente. Isaac consegue escapar acompanhado de Ellie Langford.

O segundo capítulo trouxe a primeira experiência multiplayer, com jogadores podendo vivenciar a história juntos. Além disso, aprimorou o sistema de “Zero G” ao inserir propulsores para Isaac voar em gravidade zero “como nunca antes”.

• Dead Space 3 (2013): PlayStation 3, Xbox 360 e PC

No último lançamento da franquia, Isaac, o Capitão Robert Norton e o Sargento John Carver, do EarthGov, partem em uma missão para salvar Ellie e sua equipe. Eles teriam tentado descobrir as verdadeiras origens dos Marcadores e um meio de parar os Necromorfos de vez, em Tau Volantis, uma das colônias mais antigas da Terra. Todavia, deixaram de se comunicar em um certo momento.

Entre diversos acontecimento impactantes, o trio consegue resgatá-los, mas estava longe do fim. Isaac descobre sobre alguns dos principais segredos da franquia, como Rosetta, uma antiga civilização alienígena, os primeiros a usar os Marcadores e que causou a infestação de Necromorfos. Além disso, aprendeu sobre a grande Lua Necromorfa, a mesma de Tau Volantis, controlada por uma máquina poderosa.

Danik, principal vilão do fim do jogo, usa um codex para desligar a máquina, tirando o seu controle sobre a Lua Necromorfa, a qual desce para a Terra com toda sua força. Danik é morto, mas Isaac não consegue escapar, apenas Ellie em uma nave auxiliar. No fim, uma mensagem estática da voz Isaac chamando por ela surge, assim como um som de seu aparelho de respiração. No DLC Awakening, confirma-se que ele sobreviveu.

Mais focado em ação, o terceiro jogo apresentou a rolagem para coberturas como destaque. Além disso, introduziu um novo sistema de atualização e criação de armas a partir de recursos encontrados pelos cenários, chamado  de “Banco de Armas”.

Spin-offs

• Dead Space: Extraction (2009): PlayStation 3 e Nintendo Wii

Primeiramente lançado para Nintendo Wii e com port para PlayStation 3 em 2011, o primeiro spin-off da saga conta a história antes dos eventos do jogo inicial da franquia até Isaac partir em sua missão à USG Ishimura. Quatro personagens (Lexine Murdoch, Nathan McNeill, Gabe Weller e Warren Eckhardt) tentam escapar da nave e da colônia Aegis VII.

O título explica diversos acontecimentos do game de 2008 e, por muitos, pode ser considerado até como parte da série principal. De diferente do restante da saga, Extraction possui câmera em primeira pessoa e suporte ao PlayStation Move.

• Dead Space: Ignition (2010): PlayStation 3 e Xbox 360

Ignition é o jogo da franquia com jogabilidade mais distinta, construído principalmente por quebra-cabeças de hacking. Além disso, a história é apresentada no estilo de HQs. O título é ambientado antes dos acontecimentos de Dead Space 2, contando a aventura do engenheiro Franco Delille, que testemunha o surto inicial de Necromorfos em Sprawl. No fim, ele liberta Isaac e participa diretamente na narrativa principal da saga.

• Dead Space Mobile (2011): iOS, Android, BlackBerry PlayBook e BlackBerry 10

O primeiro e único jogo mobile da franquia trouxe todo o sucesso dos consoles para os dispositivos móveis. Também como um prequel de Dead Space 2, a obra detalha ainda mais a infestação de Necromorfos para os setores públicos de Sprawl. Dessa vez, os jogadores controlam o unitologista “Vandal”, recém-convertido em uma missão nas minas da Estação Titan.

A jogabilidade segue o mesmo estilo da série principal, mas, obviamente, com os controles adaptados para os celulares, sendo um dos precursores dos gameplays atuais de shooters em smartphones. Os diferentes tipos de toques na tela e a precisão foram elogiados na época.

Recepção da crítica

Para marcar época nos videogames, os jogos, geralmente, precisam ter qualidade. Este é o caso da franquia Dead Space. Os dois primeiros games da série principal se destacam dos demais. DS (2008) e DS 2 (2011) alcançaram 88 e 89 de média no Metacritic, respectivamente. As análises realçaram a atmosfera claustrofóbica e até arriscaram ao dizer que eram os melhores “survivor horror” da geração do PS3.

O último jogo da trilogia, no entanto, não seguiu a mesma qualidade dos seus antecessores, apesar de ainda ter conseguido um resultado positivo. Com uma nota média de 76, as críticas se decepcionaram com o foco na ação e menos no terror. Ainda o consideraram um bom título, mas não um “bom Dead Space”, como destacou a Eurogamer.

Entre os spin-offs, o game de celular conquistou a melhor nota: 88, angariando diversos prêmios de “Melhor Jogo de Celular”, seguido por Extraction (79) e Ignition (36). Sim, o último jogo teve um resultado surpreendentemente negativo para a franquia. História, gameplay e gráficos foram severamente criticados, ou seja, a consequência não poderia ser outra.