Curtiu Blue Prince? Então você deve dar uma chance a Lorelei and the Laser Eyes

Se você foi fisgado pela mansão mutante de Blue Prince, com seus quebra-cabeças desafiadores, narrativa enigmática e a constante sensação de estar desvendando algo maior, então prepare-se: Lorelei and the Laser Eyes é o próximo jogo que vai explodir sua mente.

Ambos os títulos compartilham uma essência que cativa os amantes de puzzles cerebrais, mas cada um brilha com sua própria identidade, seja por meio do conceito, do estilo de gameplay ou da abordagem.

A febre de Blue Prince: um fenômeno de 2025

Lançado em 10 de abril, Blue Prince rapidamente se tornou um marco indie, alcançando a impressionante média de 92 no Metacritic — algo que o levou a superar até mesmo até Split Fiction como o jogo mais bem avaliado do ano até agora.

Desenvolvido pela Dogubomb e publicado pela Raw Fury, o título coloca você na pele de Simon, um jovem que herda a mansão Mount Holly com uma condição especial: encontrar a misteriosa Sala 46, que não aparece na planta de 45 cômodos.

A cada dia, a mansão rearranja suas salas, e você escolhe entre três opções ao abrir cada porta, exigindo estratégia, exploração, conhecimento das propriedades de cada cômodo draftado e resolução de puzzles.

A aclamação vem da sua originalidade: Blue Prince mistura elementos roguelike com quebra-cabeças sofisticados, forçando os jogadores a raciocinarem de forma lógica e a fazerem anotações a cada descoberta.

A narrativa não linear, revelada por cartas, diários e pistas ambientais, transforma a busca pela Sala 46 em uma investigação profunda, cheia de intrigas políticas e segredos familiares. É um jogo que recompensa paciência e curiosidade, mesmo sendo para poucos.

Lorelei and the Laser Eyes: o “primo” surreal de Blue Prince

Se Blue Prince é uma mansão viva que muda a cada dia, Lorelei and the Laser Eyes, lançado em maio de 2024 pela Simogo, é um hotel enigmático onde o tempo e a realidade se dobram.

Apesar de não ser um roguelike, o jogo compartilha o DNA de Blue Prince: puzzles desafiadores, uma narrativa fragmentada e uma atmosfera que te puxa para dentro de um mistério maior.

Com uma média de 88 no OpenCritic, Lorelei foi aclamado, mas passou despercebido por muitos devido à concorrência indie pesada na época, como Hades 2 e Animal Well. Agora, com o sucesso do título da Dogubomb, é a hora perfeita para redescobri-lo.

No game, você controla uma mulher convocada a um hotel europeu dos anos 60 por um cineasta excêntrico. O que começa como um convite para um projeto artístico se transforma em uma teia de enigmas, com quebra-cabeças que vão desde decifrar códigos até interpretar imagens surreais.

Assim como Blue Prince, o jogo exige papel e caneta (ou um caderno inteiro!) para anotar pistas, e a resolução de cada puzzle é um momento bastante satisfatório. A narrativa, contada de forma não linear, mistura arte, memória e metafísica, criando uma experiência que é tão cerebral quanto emocional.

Semelhanças que conectam os dois jogos

Quebra-cabeças que desafiam a mente

Ambos os jogos são para quem ama se sentir um gênio. Em Blue Prince, você resolve enigmas lógicos, como nomear pinturas na Galeria ou decifrar memorandos verdadeiros e falsos. Em Lorelei, os puzzles são ainda mais variados, exigindo desde cálculos matemáticos até interpretações visuais e conexões narrativas. Os dois te fazem pensar fora da caixa e recompensam a persistência.

Narrativa não linear e misteriosa

Blue Prince revela sua história por meio de pistas espalhadas pela mansão, como e-mails criptografados e documentos antigos. Lorelei faz o mesmo, mas com um toque surreal, usando filmes, fotografias e memórias fragmentadas para contar uma trama que se desdobra lentamente. Nos dois, o jogador é um detetive que deve juntar peças de um quebra-cabeça narrativo.

Atmosfera imersiva

A mansão Mount Holly de Blue Prince é uma personagem viva, com sua ambientação sombria e acolhedora ao mesmo tempo. Lorelei cria um hotel que é igualmente memorável, com um estilo visual monocromático pontuado por vermelho vibrante e uma trilha sonora que oscila entre o hipnótico e o inquietante. Ambos os jogos te envolvem em seus mundos de forma quase hipnótica.

Cooperação fora da tela

Blue Prince incentiva discussões com amigos ou anotações compartilhadas, já que seus puzzles são densos e colaborativos por natureza. Lorelei brilha ainda mais nesse aspecto — muitos jogadores relatam jogá-lo com amigos ou familiares, debatendo teorias no sofá. É uma experiência que pode transcender bastante o que é mostrado na tela.

Recompensa pela paciência

Os dois jogos podem ser frustrantes, mas essa frustração é parte do encanto. Chegar à Sala 46 ou desvendar o mistério de Lorelei exige tempo, mas cada descoberta é um momento de triunfo que faz tudo valer a pena.

Por que jogar Lorelei and the Laser Eyes?

Se Blue Prince te conquistou, Lorelei and the Laser Eyes é o próximo passo da aventura. Ele mantém o mesmo nível de desafio intelectual, mas troca a aleatoriedade roguelike por uma experiência mais focada e coesa.

Enquanto Blue Prince pode frustrar com sua dependência de sorte, Lorelei é puramente sobre habilidade e observação, o que pode ser mais gratificante para alguns. Seu estilo visual único — uma mistura de estética retrô e surrealismo — e sua narrativa mais emocional dão um toque diferente, mas igualmente cativante.

Além disso, Lorelei é uma joia indie que merece mais atenção. Disponível para PC e consoles, é fácil de acessar, e sua portabilidade torna-o ideal para sessões longas e pensativas. Se você amou anotar pistas em Blue Prince, prepare-se para encher um caderno com Lorelei.

Blue Prince é uma obra-prima que redefiniu o que um jogo de quebra-cabeça pode ser, mas Lorelei and the Laser Eyes está esperando para te surpreender com sua própria magia. Se você se apaixonou pela mansão de Mount Holly, o hotel de Lorelei vai te envolver com seus enigmas inteligentes, visual marcante e história inesquecível.

Pegue um caderno, chame um amigo e mergulhe nesse mistério. Não deixe essa joia passar despercebida e seja mais um a disseminar a palavra que pode te levar — ou não — ao caminho certo.