DEMO de PES 2019 mostra jogo bonito e melhores goleiros, mas velhos problemas
Dribles e chutes 1x1 seguem abaixo da média.
Quando testamos PES 2019 na E3 2018, parecia que o jogo estava com um ritmo fiel às tradições da franquia. Pra frente, rápido, favorecendo o ataque. Na versão demo do jogo que foi disponibilizada para o público nos últimos dias, ele parece um pouquinho mais cadenciado, mas mesmo assim a impressão é de que os passes e o “jogo bonito” seguem favorecidos.
Com uma apresentação impecável, três modos de jogo (online, offline e co-op 3×3) e um número bastante razoável de times (Monaco, Liverpool, Barcelona, Inter de Milão, Milan, Flamengo, Palmeiras, São Paulo, Colo-Colo, França e Argentina), a demo de PES pode dar uma boa amostra do que está por vir – como você pode ver em nosso vídeo abaixo (aliás, já segue a gente no YouTube?).
Obviamente, ainda não tivemos novidades sobre Master League e My Club, nem vimos as escalações e ratings finais dos jogadores, mas em termos de gameplay já dá para o jogador ter uma ótima ideia do que será PES 2019. E, basicamente, ele é o “PES 2018 aditivado” – e nem tanto assim.
As principais mudanças identificadas são as novas animações. Os jogadores realizam alguns movimentos que não estavam na edição anterior, especialmente em termos de domínio de bola, troca de passes e, pasmem, defesas dos goleiros. Eles ainda tomam frangos aqui ou ali, mas estão muito melhores.
Em algumas jogadas, é possível ver claramente isso. Nas partidas de times brasileiros, por exemplo, Diego Alves, do Flamengo, se destacou bastante. As finalizações de fora da área também parecem mais reais, tanto no movimento do jogador como na maneira como a bola se desloca, especialmente se saindo dos pés de bons jogadores.
A troca de passes continua fulminante. Especialmente se você souber usar o controle manual dos toques e pensar um ou dois toques à frente do que está acontecendo. Só sendo muito bom na defesa para impedir os avanços. Defesa essa, inclusive, que tem também animações novas e melhorias, principalmente, nas divididas. No gameplay abaixo dá pra ter uma melhor noção.
No geral, PES 2019 é uma experiência bem interessante e que mostra que o jogo vem no caminho certo desde PES 2018. Tanto que precisou mudar pouco – e poderia até se arriscar um pouquinho mais, porém é compreensível não mexer em um time que teve a sua melhor atuação em anos na última temporada.
Só que assim como há pontos positivos que são tradição, como a apresentação, com mosaico na torcida, estádios super bem feitos e os gráficos (que estão até melhores, principalmente nos uniformes e paleta de cores), também tem aquelas falhas que nós já consideramos “normais”.
E o problema é que elas acontecem em dois dos principais momentos do futebol: o gol, naquelas finalizações 1 x 1, em que o atacante sai cara a cara com o goleiro, e o drible (como a pedalada). Ambos ainda estão bem distante da realidade. O primeiro possui a animação meio robotizada e o segundo parece que o jogo fica em câmera lenta.
Os cortes com quadrado e x funcionam, o controle de bola com R1 melhorou, mas dar dribles mais comuns, como fintas de corpo, e as próprias pedaladas, acaba não sendo tão eficiente como deveria. E os chutes chamam a atenção porque são ótimos de fora, mas ainda pecam de dentro da área.
Outros pontos que não evoluíram são os menus, ainda com um aspecto visual aquém do que se espera de um título AAA e o plano de jogo. Esse último até dá pra entender, porque ele é bom. Mas poderia ser ótimo. Por outro lado, precisamos elogiar muito as novas substituições, usando o touchpad e permitindo mudar qualquer jogador durante o jogo, sem ter que pausar.
De qualquer forma, as primeiras impressões são mais positivas, e não vemos a hora de jogar a versão completa de PES 2019.