4 pérolas da SNK que poderiam chegar ao PlayStation 4
Para quem acompanha o cenário dos jogos de luta, sabe o quanto a história da SNK (atual SNK Playmore) se confunde com memoráveis jogos que foram lançados a partir da década de 90. Muitos destes tiveram algumas continuações, mas infelizmente somente a série King of Fighters teve continuidade nas últimas gerações, sendo King of Fighter XIII o último a ser lançado para o PlayStation 3.
Considerando que pela primeira vez um jogo da SNK passou a fazer parte da EVO (o maior torneio de jogos de luta do mundo), é muito provável que o PlayStation 4 ganhe uma versão deste aclamado jogo, por isso não achei necessário inclui-lo na lista abaixo.
Vamos relembrar alguns jogos que atualmente estão na geladeira, mas que fizeram a alegria de milhares de gamers ao redor do mundo.
Art of Fighting
Lançado nos arcades em 1992, foi um dos primeiros jogos a mostrar o poder do hardware do Neo Geo. Em um momento que Street Fighter II estava dominando o mundo, Art of Fighter mostrava que tinha personalidade própria e embora não tenha alcançado a mesma popularidade do SF, tinha alguns diferenciais bacanas:
- Os personagens eram enormes, e ficavam maiores ou menores de acordo com a distância entre eles, e os gráficos eram incríveis para a época.
- As magias eram limitadas a uma barra de energia própria, era necessário provocar oponente para “roubar” energia. Além disso, foi o pioneiro em ter um golpe de misericórdia, capaz de reverter uma luta praticamente perdida. Para quem não sabe, a SNK ofereceu um console Neo Geo novinho em folha para o primeiro que descobrisse como aplicar este golpe, já que ele não estava documentado em nenhum manual. Embora a primeira versão tivesse uma jogabilidade um pouco travada e somente permitisse controlar todos os lutadores em lutas de humano x humano, as versões seguintes já permitiam escolher todos os lutadores e a jogabilidade ficou muito mais refinada.
World Heroes
Também foi lançado em 1992 e recebeu 4 versões. Comparando-o ao Street Fighter, em vez de ter botões para intensidades diferentes de soco e chute, com um mesmo botão aplicava-se um golpe fraco ou forte, dependendo do tempo que o botão ficava pressionado. Outra diferença, é que havia um botão exclusivamente para agarrar o adversário. Da mesma forma que no Art of Fighting, os gráficos eram excelentes, mas a jogabilidade era muito superior. As respostas aos comandos eram rápidas e era muito divertido. Um aspecto inovador era a opção de escolher cenários que causavam danos aos lutadores. Por exemplo, um deles era cercados por cordas que pegavam fogo.
Samurai Shodown
Focado em lutas com armas, foi lançado em 1993. Depois da série KOF, considero a maior pérola da SNK, e sem dúvidas, é a franquia que eu mais lamento nunca ter sido lançada uma nova versão. Impressionante o quanto o jogo era caprichado, a jogabilidade era precisa, os gráficos eram excelentes, e os lutadores eram muito marcantes. Quem não se lembra de Ukyo Tachibana, o guerreiro cego que fatiava a maçã, Galford, o ninja que mandava o cachorro em cima dos oponentes (alguém se lembrou de Shadow Dancer?), Earthquake, um gordão que ocupava quase metade da tela, entre tantos outros ? Não tenho dúvida que um novo Samurai Shodown seria aclamado pelos fãs.
Garou: Mark of the Wolves
Lançado em 1999, foi o último jogo da série Fatal Fury, e sem sombra de dúvidas o jogo tecnicamente mais bem executado da série. Foi o único que não tinha combate em 2 planos, uma mudança muito bem vinda. Graficamente perfeito, lutadores equilibrados, uma tonelada de combos para aprender, tudo que um jogo de luta precisa para se tornar um sucesso. Estranhamente, este sucesso não veio, muito provavelmente ofuscado pelo sucesso que KOF já fazia na época. A partir do Fatal Fury Real Bout, a série deu um salto de qualidade muito grande, e com o Garou atingiu seu ápice, caso não tenha mais uma sequência, foi encerrada com chave de ouro.
Você também é fã de carteirinha da SNK? Compartilha sua experiência com a gente!! 🙂