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[Análises] Conheça os jogo da PlayStation Plus de Junho

Bons jogos para todos os gostos neste mês. Mudanças boas a caminho?

por Hugo Bastos
[Análises] Conheça os jogo da PlayStation Plus de Junho

Frequentemente, jogadores de todos os gostos e credos se unem por um objetivo comum: reclamar dos jogos “gratuitos” oferecidos aos assinantes do serviços Plus da PlayStation. O que, na verdade, é algo perfeitamente  compreensível. Talvez por isso, aqueles constantes no lineup da Plus de junho tenham sido, de certa forma, surpreendentes.

Há uma abrangência de gostos que deve agradar a grande maioria dos jogadores. Jogos violentos. Jogos fofos. Triplo-A. Indies. Focados na história ou na jogabilidade. Ao anunciar grandes mudanças no serviço, especulava-se que haveria uma melhora significativa nos jogos ofertados. Ao que tudo indica, os clamores da comunidade foram (por hora) ouvidos.

Sem mais delongas, conheçamos os jogos deste mês, disponíveis a partir da próxima terça-feira.

KILLING FLOOR 2 (PS4)

Para os amantes de ação visceral, jogos cooperativos e música pesada, Killing Floor 2 é o que há de melhor. Com foco pesado na matança desenfreada de inimigos e uma boa variedade de mapas, personagens e armas, o título se consagra como um dos melhores do gênero. Inclusive, foi objeto de análise do Meu PS4 em seu lançamento.

Apesar de não ser o foco principal do jogo, ele contém uma história até interessante. O jogador faz parte de uma equipe de mercenários, que toma para si a missão de erradicar as ameaças biológicas que devastaram a Europa, um mês após os acontecimentos do primeiro jogo. Tudo isso, responsabilidade da empresa Horzine Biotech.

Para isso, ele conta com companheiros com suas histórias particulares, um vasto arsenal e suas motivações pessoais. No entanto, apesar de aparentar profundidade, este aspecto do jogo acaba se tornando meramente acessório. Uma vez que a rodada se inicia, existe apenas o jogador e sua(s) arma(s), contra um mundo vivo, violento e devastador.

O jogo possui um vasto arsenal de armas e classes, que trazem dinamismo e adicionam variedade. Os inimigos são violentos como devem ser bestas assassinas. Sua inteligência se resume a ataques em bando: fique sozinho e acabará morto. O trabalho em grupo é o grande foco, com classes que complementam suas fraquezas e as tornam capazes de sobreviver.

Adicionalmente, a precisão na jogabilidade também faz deste um jogo tão interessante. O fato de ser um jogo focado, ainda, na cooperatividade entre os jogadores, faz com que Killing Floor 2 não seja apenas mais um “mero jogo de zumbis”. Mas uma obra de arte do caos e desordem.

VEREDITO: Acabaram as desculpas para não jogar esta magnificência da violência gratuita!

LIFE IS STRANGE (PS4)

O que você faria, caro jogador, se lhe fosse ofertado o poder de rebobinar o tempo? O usaria para o bem ou para o mal? Salvaria pessoas que considera inocentes? Mudaria sua vida? Salvaria uma pessoa querida ou sua cidade? Estas são as perguntas levantadas durante Life is Strange, mostrando que “a vida é estranha”.

Escolhas tem consequências. E que algo que parece bom no momento pode levar a consequências catastróficas no futuro.

Similar aos jogos da Telltale Games, Life is Strange é um jogo ao estilo graphic adventure (similar aos jogos da franquia The Walking Dead). Max Caulfield descobre ter a habilidade de rebobinar o tempo a qualquer momento. Com isso, cada escolha sua causa um “efeito borboleta” nos acontecimentos futuros. Max toma para si a responsabilidade de salvar sua cidade, ao descobrir que uma tempestade devastadora se aproxima.

As mecânicas de viagem temporal permitem ao jogador desfazer quaisquer ações que tenham executado. Itens coletados antes da viagem temporal são mantidos com o jogador. Os jogadores contam ainda com árvores de diálogos. E as decisões tomadas podem levar a consequências boas a curto prazo, que podem se tornar piores a longo prazo.

É um jogo para se pensar. Se analisar e ponderar sobre a vida e nossas escolhas ao longo do tempo. E diferente dos jogos famosos neste estilo, a possibilidade de rebobinar quaisquer ações a qualquer tempo leva os jogadores a questionarem-se sobre a pior e mais complicada pergunta da vida: “e se…?”.

VEREDITO: É um jogo para todos (entenda melhor em nossa análise). Mesmo aqueles que não gostam do gênero deveriam jogar. E com uma série live-action e uma sequência a caminho, esta é uma excelente oportunidade para tal.

ABYSS ODYSSEY (PS3)

Jogos de plataforma estão voltando ao foco. Seja pela jogabilidade ou abordagem, eles se destacam por não possuírem um nicho específico, e assim, em teoria, estar acessível a uma parcela maior de jogadores. Ao adicionar outros elementos, um jogo desse estilo pode ser exponencialmente melhorado, ou não. Este acabou por ficar no meio termo.

O jogo consiste em explorar e enfrentar monstros em áreas aleatoriamente geradas em uma zona chamada “o abismo”(!). Abyss Odyssey é um jogo ao estilo Rogue, onde a morte é permanente. Caso o jogador venha a morrer, perderá todos os seus itens e voltará ao início. No entanto, ficará com toda experiência e dinheiro encontrados até então.

O objetivo do jogo é simples: descer ao fundo do abismo e derrotar uma entidade conhecida como “Warlock”. Uma vez que um número de jogadores já o houvesse derrotado, a desenvolvedora o mudaria para uma forma mais forte, repetindo o ciclo enquanto ela o desejasse.

Basicamente, o jogo é interessante, bonito e simples. Mas possui duas falhas críticas. A primeira é que não é possível salvar durante a jornada. O que significa ter que terminar o jogo de uma única vez. A segunda é o fato de o jogo não fornecer muitas informações sobre objetivos e habilidades. E o jogo é deveras repetitivo.

VEREDITO: Por ser um jogo curto, terá também pouca duração na biblioteca de jogos dos gamers. Mas vale pela diversão descompromissada, especialmente por ser relativamente fácil. Ah, e possui modo cooperativo!

WRC 5 (PS3)

Jogos de Rally remontam a tempos antigos. Sega Rally Championship, Colin McRae Rally, entre tantos outros, trouxeram alegria das competições aos proprietários dos consoles. No meio destes, estava a série WRC, com licenciamento oficial da FIA. Este jogo marcou a entrada da série na nova geração. E talvez por isso, a geração passada tenha ficado com um jogo aquém do esperado.

https://www.youtube.com/watch?v=xQcz084Lf3Y

WRC 5 é a primeira iteração do jogo a ser desenvolvida pela Kylotonn. O jogo licencia o World Rally Championship (WRC), competição oficial da FIA. Ao contrário de jogos de corrida mais tradicionais, o jogador não compete com outros oponentes, mas em um evento de três dias, onde o vencedor é determinado pela pontuação geral.

Apesar de receber notas medianas em outras plataformas (especialmente no PlayStation 4), suas notas para a versão PS3 foram abaixo da média. Diversos problemas, que podem ser explicados pelo baixo orçamento, indo desde uma jogabilidade ruim a quedas constantes no framerate e controles imprecisos jogaram suas notas na “lama”, literalmente.

E para completar, esta versão ficou aquém das versões para as gerações anteriores.

VEREDITO: Com Dirt Rally 3 gratuito a alguns meses atrás, é certo que este jogo não compensa.

NEON CHROME (PS4/PSVITA)

Uma sociedade totalitária. Um vigilante determinado a parar um poder absoluto de se instaurar como tal. Um jogo onde a morte não é o fim, mas a oportunidade de voltar maior, melhor e sem “cortes”. Um mundo de luzes belo e opressor. Este é Neon Chrome.

Neon Chrome é um jogo de tiro duplo-analógico (twin stick) ao estilo “top down”, semelhante a Hotline Miami. Ambientado em um futuro distópico, em uma torre onde milhões de pessoas habitam, a missão do jogador é impedir que uma entidade conhecida como Vigia (Overseer) ganhe o controle absoluto.

Também ao estilo Rogue, os cenários são gerados aleatoriamente. A diferença deste para outros jogos do gênero é sua ambientação. Luzes de neon permeiam as paisagens. Inimigos, cenários e confrontos transmitem a sensação de um futuro opressor e ditatorial. Com jogabilidade simples, o título é uma boa pedida para os jogadores mais casuais.

Ele é, no entanto, praguejado com alguns problemas, como quedas da taxa de quadros quando há muitos inimigos na tela e alguns bugs e glitches casuais. Mirar rapidamente no meio de uma ação desenfreada pode se tornar complicado. Não há modo cooperativo online, e a história é basicamente inexistente (entre, atire e vá para o elevador. Pronto).

VEREDITO: Para os que gostam do estilo de jogo, certamente é uma excelente pedida. Especialmente dado uma partida não ser igual a outra. Mas sua repetitividade pode comprometer sua qualidade.

SPY CHAMELEON (PS4/PSVITA)

O mundo da espionagem pode ser um lugar sombrio e perigoso. A não ser que você seja um camaleão charmoso, capaz de se esgueirar por salas sem a necessidade de se esconder. Spy Chameleon mostra que um jogo de furtividade não precisa ser complicado para ser divertido.

Spy Chameleon é um jogo que toma a liberdade de adicionar cor e “fofura” a um gênero geralmente permeado por tons sombrios e jogabilidade excludente. O jogador controla um camaleão espião, e tem como objetivo atravessar salas cheias de aparelhos espiões. Apesar de parecer complicado, é bastante simples.

Lembrando a jogabilidade de outro jogo gratuito da Plus de alguns meses, Color Guardians, Spy Chameleon usa um sistema de cores para evitar a detecção. Afinal, você é um camaleão, e como tal, deve saber se camuflar no ambiente. Os níveis são elaborados para fazer uso de tais habilidades, de forma simples e divertida. A jogabilidade é simples e envolvente.

O jogo conta ainda com objetivos opcionais, para prender por mais tempo aqueles que se interessarem. Possui uma platina, e esta é relativamente fácil de conquistar. Além disso, suas fases curtas propiciam mais diversão no portátil. Seus pontos fracos ficam apenas na falta de um modo ainda mais acessível a menores de idade, e sua curta duração.

VEREDITO: Perfeito para aqueles dias entediantes. Para crianças, é uma pedida perfeita, dada a sua jogabilidade simplificada.

Depois da Plus de junho, melhorias a caminho…?

Em outras oportunidades, os jogos disponibilizados pelo serviço Plus fizeram os jogadores acreditar que mudanças interessantes estavam a caminho (vide os meses de setembro e outubro passados). Apenas para, nos meses subsequentes, serem “agraciados” com frustrações e decepções para alguns.

Dessa vez, a Sony promete algo mais profundo. O que não foi feito anteriormente. Assim, os jogadores podem ter esperanças que, assim como na primeira reestruturação do serviço, novidades interessantes estão a caminho.

E você, caro jogador? Quais suas opiniões para estas mudanças, e os jogos a serem disponibilizados? Não deixe de compartilhar conosco nos comentários!

P.S.: Sabemos que vocês sentiram falta desta coluna no mês passado. Devido a algumas dificuldades técnicas, não foi possível produzi-la. Tal situação não deve ocorrer novamente.

Hugo Bastos
Hugo Bastos
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Jogando agora: Nada no momento.
Hugo Bastos e revisor do Meu PS4, apreciador de uma boa comida, e de platinas difíceis. E viciado em Rogue Legacy, OlliOlli2, Dead Cells, e não dispensa uma boa noite de jogatina.