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Whitewater VR: Extreme Kayaking Adventure: vale a pena?

Mais esportivo que Kayak VR, Whitewater se supera em alguns pontos e eleva a imersão, mas sacrificando um pouco da liberdade

por André Custodio
Whitewater VR: Extreme Kayaking Adventure: vale a pena?

Mais de um ano após estrear no PS VR2, a aventura relaxante Kayak VR: Mirage acaba de ganhar um concorrente: Whitewater VR: Extreme Kayaking Adventure. Ou serão mais um irmão? Ambos poderiam ocorrer facilmente em um mesmo universo.

Com a proposta de ser mais acelerado e voltado para o cenário esportivo, o título criado por Adam Horvath traz algumas novidades muito bem-vindas. E mesmo com limitações, ele chama a atenção como um bom demonstrativo de poder do hardware.

Se isso é o suficiente para vender um game, em especial quando ainda há tanta desconfiança sobre a utilidade do PS VR2 e da realidade virtual no cenário recente dos jogos, você decidirá. Então continue com a gente para descobrir a resposta durante esta análise.

Mais veloz, mas nem tanto

Whitewater VR: Extreme Kayaking Adventure é essencialmente um game esportivo, feito para quem curte adrenalina e aprendizado. Com alto grau de realismo e imersão, o título leva os jogadores a aprenderem e praticarem o uso do caiaque.

Mas isso não vem de qualquer forma, e sim em modelo esportivo. Por cinco cenários únicos, você precisará atravessar desafios que existiriam tranquilamente na vida real — mas tudo em belíssimas paisagens e com um alto nível de imersão.

Whitewater VR: Extreme Kayaking Adventure
Fonte: André Custodio

Cada trecho é realizado, no máximo, entre 5 a 10 minutos. Isso significa que, caso você se garanta, mas sem estar muito inspirado, a campanha solo pode ser concluída em no máximo 40 a 45 minutos.

Esse é um grande problema do jogo: o fator replay para quem curte single-player é baixo. Porém, caso você queira desafiar amigos em partidas online, Whitewater VR: Extreme Kayaking Adventure possui duas modalidades voltadas para o competitivo.

Whitewater VR: Extreme Kayaking Adventure
Fonte: André Custodio

No modo Time Attack, é preciso completar trechos específicos das áreas em um certo intervalo de tempo. As três medalhas alteram entre Fácil, Médio e Difícil, introduzindo obstáculos e velocidade graduais de acordo com a dificuldade escolhida.

Enquanto isso, o Free Roam é essencialmente solo, mas inclui uma tabela de classificação online. Completar a rota lhe colocará em uma certa posição, permitindo ver sua distância para o topo do ranking e em comparação com pessoas de todo o mundo.

Whitewater VR: Extreme Kayaking Adventure
Fonte: André Custodio

E apesar de ser mais desafiador que Kayak VR: Mirage por razões até mesmo óbvias, o título é bastante acessível. Tudo isso porque ele se aproveita muito bem não apenas da física ambiental, mas do hardware do PS VR2.

Uma demonstração de hardware

Apesar de simples, Whitewater VR: Extreme Kayaking Adventure surpreende no PS VR2. A interação com o mundo é vibrante e permite que os jogadores sintam exatamente as emoções de competir em eventos de caiaque.

Os mapas são realmente muito bonitos e cheios de profundidade. Enquanto atravessam rochas, riachos e áreas estreitas e irregulares, os jogadores verão belas paisagens florestais, cenários banhados em neve, cânions e zonas de trilhas.

Whitewater VR: Extreme Kayaking Adventure
Fonte: André Custodio

Além disso, a experiência não é cansativa. O headset do PS5 consegue rastrear bem os movimentos do paddle, apesar de haver alguns bugs visuais mais notáveis. Porém, no geral, é muito fácil guiar o caiaque mesmo em situações mais desafiadoras e aceleradas.

Isso também se favorece pelo próprio headset. Whitewater VR: Extreme Kayaking Adventure vem com suporte ao movimento da cabeça e entende qual inclinação deve ser feita apenas pelos acenos dos jogadores.

Whitewater VR: Extreme Kayaking Adventure
Fonte: André Custodio

Essa funcionalidade, reunida com o ótimo uso do feedback tátil dos controles Sense, tornam a aventura imersiva e satisfatória. Nem a trilha sonora sem graça consegue incomodar, pois tudo é realizado com boa precisão e acessibilidade.

E caso você precise aprender um pouco os fundamentos do esporte, basta concluir e repetir o tutorial quantas vezes quiser. O idioma inglês não é uma barreira, pois as dicas são mostradas através de diversos elementos visuais.

Whitewater VR: Extreme Kayaking Adventure: vale a pena?

Divertido, imersivo e conceitualmente bem feito, Whitewater VR: Extreme Kayaking Adventure é uma experiência simples, mas suficiente. O título demonstra o potencial do PS VR2 através de boas escolhas de design, mesmo com tropeços em aspectos técnicos.

O título é recomendado não apenas para quem curte esse estilo de jogo, mas para entusiastas de realidade virtual que desejam conhecer coisas diferentes. Além disso, é sempre bom testar conteúdos descompromissados e que permitem levar em seu próprio ritmo.

Whitewater VR: Extreme Kayaking Adventure
Fonte: André Custodio

Na PS Store, Whitewater VR: Extreme Kayaking Adventure sai por R$ 104,90 — valor que não condiz com a pouca quantidade de modos oferecidos para os jogadores. Dessa forma, espere uma redução ou promoção para obtê-lo e aproveitar as aventuras radicais.

Veredito

Whitewater VR: Extreme Kayaking Adventure
Whitewater VR: Extreme Kayaking Adventure

Sistema: PlayStation VR2

Desenvolvedor: Adam Horvath

Jogadores: 1

Comprar com Desconto
73 Ranking geral de 100
Vantagens
  • Belos visuais de cenário
  • Física da água bastante convincente
  • Ótima integração com o PS VR2, em especial com o headset
  • Gameplay intuitivo e pouco cansativo
  • Cenários variados
  • Suporte à tabela de classificação online
Desvantagens
  • Bugs visuais
  • Modos de jogo bastante limitados
André Custodio
André Custodio
Redator
Publicações: 7.983
Jogando agora: Metro Awakening, Diablo IV
Fã de jogos de terror e desbravador de soulslike vez ou outra. Consegui me livrar de FIFA por motivos pessoais (ruindade) e hoje me sinto uma pessoa melhor. Também curto platinas, mas não vou atrás de algo que me tira do sério.