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[Análises] Conheça os jogos da PlayStation Plus de novembro

por Hugo Bastos
[Análises] Conheça os jogos da PlayStation Plus de novembro

Recentemente (26), foi anunciada a lista de jogos da PlayStation Plus de novembro. E os jogadores foram, novamente, surpreendidos com uma lista mista, diferente daquelas mostradas nos dois últimos meses. Infelizmente, tal surpresa não demonstrou ser agradável à grande maioria dos gamers, que esperavam uma continuidade da oferta de jogos Triplo-A.

O fato é que a maior parte dos jogos ofertados não é amplamente conhecida. Alguns, inclusive, possuem propostas que não irão se encaixar com facilidade entre os jogadores brasileiros. Mas “desconhecido” tem um significado substancialmente diferente de “ruim”. E dessa forma, o Meu PS4 vem oferecer um breve vislumbre do que será oferecido a partir da próxima terça feira.

Sem mais delongas, vamos aos jogos.

EVERYBODY’S GONE TO THE RAPTURE (PS4)

Um game que, provavelmente, irá dividir opiniões. Trata-se de jogo em primeira pessoa desenvolvido pela Chinese Room (a mesma de Dear Esther), com foco na história. Ele se passa na vilda de Yaughton, Inglaterra, na década de 80. Seus habitantes desapareceram misteriosamente, e cabe jogador, que controla um personagem misterioso, descobrir como e porque tudo está acontecendo.

A jogabilidade é básica. Não há tiros, caos ou coisas do gênero. O jogador pode interagir com luzes flutuantes, e objetos fabricados pelo ser humano. Essas interações servem, ainda, para fornecer mais informações sobre a história, conforme esta vai se desenrolando. As interações revelam formas humanas, que reapresentam eventos já acontecidos, e dão pistas sobre o que e como as coisas aconteceram.

Apesar de uma premissa simples, é um daqueles jogos que fazem o jogador refletir sobre diversos assuntos por horas a fio, após desligar o console. Possui uma trilha sonora extraordinária (que não chega a ser algo ao nível de Journey, mas angariou diversos prêmios), perfeita para o contexto da história. Os gráficos não chegam a ser o destaque do jogo, mas cumprem seu papel.

As interações mostram o que aconteceu com as pessoas da cidade, antes de serem "arrebatadas"...
As interações mostram o que aconteceu com as pessoas da cidade, antes de serem “arrebatadas”…

Este é, definitivamente, um jogo para aqueles que possuem uma mente mais aberta. O que pode, claro, afastar jogadores que preferem algo mais repleto de ação, como shooters e afins.

Veredito: O jogo já vale só pelo seu clima de suspense, mistério e pela excelente trilha sonora (que está disponível no Spotify). Sucessor espiritual de Dear Esther, se você gostou do primeiro, certamente irá gostar deste. Se não, é hora de, quem sabe, dar uma chance.

THE DEADLY TOWER OF MONSTERS (PS4)

O jogo é, na verdade, os “comentários” do “diretor” do “filme” do qual o jogador participa. Enquanto navega pelos menus, o diretor irá fazer comentários sobre suas ações no jogo. O que é interessante em tudo isso é que, de fato, toda atmosfera foi feita para trazer a tona esse sentimento: gráficos, monstros, cenários, enfim. Você vivenciará muito do que, quando criança, você passou tempo assistindo.

Em termos de jogabilidade, o game é um twin-stick shooter (como Dead Nation), com movimentos como voar e planar disponíveis. São três personagens disponíveis para jogar, com a ideia de singularidade entre eles. No entanto, no final das contas, a escolha acaba sendo simplesmente estética.

O jogo é cheio de referências aos grandes filmes de ficção científica. Símios, navios piratas, robôs, alienígenas. A lista é vasta. O jogador é incumbido de subir em uma torre, em um planeta desconhecido, que vai do chão ao espaço, e irá realmente se sentir como se estivesse em um filme, graças ao trabalho esforçado da produtora ACE Team. Como recompensa, o jogo foi elogiado pela crítica especializada em seu lançamento.

Referências. Referências por toda parte...
Referências. Referências por toda parte…

Lamentavelmente, o jogo peca por ser curto, e ter um sistema de melhorias um tanto confuso.

Veredito: Um jogo que prima pela máxima de ser “tão ruim para ser bom”, vale a pena experimentar. Uma experiência diferente do que os jogadores estão habituados ultimamente, e deveras divertida. Bom para aqueles dias entediantes.

DiRT 3 (PS3)

Jogo que recebeu notas expressivas em sua avaliação, e foi pivô de uma polêmica em seu lançamento para PC, DiRT 3, da desenvolvedora Codemasters (de F1) é o terceiro game da sub-saga Colin McRae Rally. É o primeiro a ser lançado sem a tag “Colin McRae”, após a morte do piloto, em 2007 (DiRT 2 não recebeu o codinome apenas na América do Norte).

O game possui diversos modos de jogo, e elementos de jogabilidade já vistos em outros jogos da produtora. Um dos modos mais interessantes é o Gymkhana, onde o jogador é posto em um percurso com obstáculos, e é desafiado a percorre-lo realizando manobras para ganhar pontos. Novos elementos (à época) incluem um modo Hardcore (com a limitação da visão do cockpit e sem assistências), e a presença de neve e chuva.

Algumas críticas sobre o jogo vieram sobre a falta de elementos de interação social, embora haja a habilidade de realizar upload de clips diretamente no Youtube. O design dos carros é impressionante, e a jogabilidade é considerada impecável. É justo dizer que, no seu lançamento, foi considerado um dos melhores jogos de rally.

É justo dizer que este jogo pode ser considerado melhor que muitos lançados para esta geração...
É justo dizer que este jogo pode ser considerado melhor que muitos lançados para esta geração…

Apesar de um deslize ou outro, é uma experiência soberba. Possui uma jogabilidade sólida, grande variedade de pistas e eventos, e um fator de diversão fantástico. Muito embora a opção de garagem seja limitada, isso não é suficiente para arranhar a lataria desta máquina.

Veredito: Jogue. Com tão poucas boas opções no mercado, este jogo mostra que “panela velha é que faz comida boa”. Ótima, neste caso.

COSTUME QUEST 2 (PS3)

Um jogo com a ambientação perfeita para o momento de seu lançamento no serviço Plus. Sequência do divertido Costume Quest (2010), ambos da Double Fine Productions (Brütal Legends), o jogador encarna um dos dois gêmeos, Wren ou Reynold. Junto com seus amigos, eles viajam por vários cenários, na noite de Halloween, e tem como missão impedir o nefário Dr. Oreo White de acabar com a festa para sempre.

Trata-se de um RPG e, portanto, possui elementos de um jogo deste tipo. Os jogadores viajam no tempo para impedir o halloween de se tornar ilegal. Eles irão explorar as redondezas, lutar contra monstros e coletar itens. Para tanto, eles podem se tornar versões mais realistas das fantasias que vestem.

Para um jogo desse estilo, pode ser considerado bem curto, vez que o tempo gasto para ser concluído não é mais que 6-8 horas. A navegação é estranha, e o sistema de cura um tanto fora de contexto, mas o humor e personalidade fazem com que o game se destaque.

O jogo captura bem o espírito do Halloween.
O jogo captura bem o espírito do Halloween.

Veredito: Mais divertido que o primeiro, com mais fantasias, melhoria no sistema de batalhas e mais, vale pela experiência e diversão. Mas não alimente muito as expectativas.

LETTER QUEST: GRIMM’S JOURNEY REMASTERED (PS4, PSVita)

Seguindo a recente tradição de lançamento de jogos com temáticas “diferentes” para o portátil, Letter Quest Remastered é um jogo de soletrar com elementos de RPG. Você joga com o Ceifador (ou Ceifadora). Seu objetivo é passar por 40 estágios, para alcançar um jantar à base de pizza. E para tanto, o jogador contará com o poder das palavras.

A jogabilidade é simples. O jogador enfrenta monstros baseado em palavras que pode formar. Quanto maior a palavra, mais forte o ataque. Formada a palavra, o Ceifador (Grimm, no original) pode atacar o inimigo. Inimigos derrotados deixam itens, que podem ser usados para curar o personagem, e para realizar melhorias nas habilidades.

Um jogo com toques de RPG bastante divertido, não fosse um porém: ele não é localizado para o português. E nesse caso, se o jogador não tiver um mínimo de intimidade com a língua inglesa, provavelmente irá dispensar esse jogo. Mas é um daqueles games que tornam uma tarde, ou mesmo uma viagem no ônibus, extremamente divertida.

O ditado "as palavras machucam" nunca foi tão bem utilizado quanto neste jogo.
O ditado “as palavras machucam” nunca foi tão bem utilizado quanto neste jogo.

Determinadas letras terão efeitos diversos nos ataques, adicionando novos elementos a serem levados em consideração durante o gameplay.

Veredito: Um jogo diferente e divertido, que pode assustar e afastar aqueles sem o conhecimento ou paciência necessárias para aprecia-lo. Para os que se aventurarem (e possuírem um Vita), serão recompensados com um passatempo bastante cativante.

PUMPED BMX+ (PS4/PS3/PSVITA)

Pumped BMX+ é uma versão completamente revista do clássico mobile Pumped BMX 2, originalmente desenvolvido pela Yeah Us! e distribuído pela Curved Digital. Possui uma jogabilidade bastante intuitiva e similar a outros jogos do gênero, comparativamente OlliOlli e Trials Fusion.

O jogador precisa atravessar 50 estágios progressivamente difíceis, enquanto realiza manobras para conseguir pontos. Quanto mais difícil a manobra, mais pontos consegue, enquanto luta para completar os 500 desafios que o jogo oferece.

O jogo é simples. Realizar os truques não requer prática. Mas aprender as mecânicas do jogo, de forma que o jogador se torne um mestre e supere os desafios propostos, pode levar tempo. A trilha sonora não é inspiradora, e os níveis não interferem na jogabilidade, o que faz que estágios com neve e afins não tenham tanto sentido.

Graficamente falando, o jogo não impressiona. Sendo um 2.5D, não traz gráficos soberbos como Trials Fusion. Poderia ter usado da simplicidade gráfica como diferencial, como OlliOlli.

Gráficos medianos e jogabilidade básica marcam este jogo.
Gráficos medianos e jogabilidade básica marcam este jogo.

Veredito: Um jogo insosso, que não chega aos pés de outros disponíveis no mercado. Dispensável, se houver outras opções melhores.

Como pudemos perceber, a notícia dos jogos disponíveis para os assinantes da Plus em novembro nos levou a uma miríade de sentimentos ruins. Mas, quando passamos a conhecer melhor o que nos espera, percebe-se que nem tudo é tão ruim quanto, à primeira vista, pode parecer.

E então? As informações aqui foram úteis de alguma forma? Mudou de opinião sobre algum jogo? Compartilhe conosco!

Hugo Bastos
Hugo Bastos
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Jogando agora: Nada no momento.
Hugo Bastos e revisor do Meu PS4, apreciador de uma boa comida, e de platinas difíceis. E viciado em Rogue Legacy, OlliOlli2, Dead Cells, e não dispensa uma boa noite de jogatina.