Leve, Monster Hunter Stories dá novo fôlego a uma série voltada para dedicados

Anunciado em fevereiro deste ano para o PS4, Monster Hunter Stories e MH Stories 2: Wings of Ruin são dois grandes destaques planejados para junho. Fãs de Nintendo Switch já conhecem os games, mas donos de PlayStation terão a oportunidade de respirar novos ares muito em breve.

A popular série de caça aos monstros partirá para o JRPG, em vez do tradicional sistema de ação em tempo real. E não só isso: diversas novidades vêm tanto na primeira quando na segunda edição, como conteúdos adicionais, suporte multiplayer e outros destaques.

Uma antiga história está prestes a começar, mas agora em uma nova casa. A jornada de um herói improvável promete encher a rotina dos jogadores de grandes momentos, com batalhas épicas, criaturas poderosas e uma identidade que apenas Monster Hunter possui.

Você pode conferir as primeiras impressões de Monster Hunter Stories logo abaixo. O review completo será publicado em breve.

Uma jornada mais objetiva e compreensível

Enquanto os tradicionais Monster Hunter têm o gameplay como foco, Monster Hunter Stories possui uma grande abordagem narrativa. O estilo de JRPG vai para além da jogabilidade e se estende para cenários, arcos, personagens e outros elementos da trama.

A história conta a jornada de um Montador capaz de domar criaturas de todo o mundo. Com um poder único de possuir Afinidade com monstros, ele deve enfrentar não apenas a natureza, mas pessoas com má intenções, enquanto busca compreender eventos naturais.

Monster Hunter Stories é um JRPG com exploração em mundo semi-aberto e com batalhas por turnos. São vários cenários interconectados, algumas formas úteis de travessia (como viagem rápida) e passagens escondidas que abrem atalhos.

Os mapas se destacam pela riqueza de detalhes e por seu vasto campo de profundidade. Isso facilita o encontro de monstros de vários tipos, pois os maiores têm dimensões consideravelmente superiores em relação aos menores — portando, mais visíveis.

Apesar da grande quantidade de telas de carregamento, as áreas são renderizadas de forma satisfatória, sem poppings na tela ou falhas nas texturas. Porém, os games se estabelecem nos 30 FPS, com resolução máxima para animações e gameplay.

Isso melhora bastante em Monster Hunter Stories 2, introduzindo um mundo visualmente semelhante ao de Zelda: Breath of the Wild. E isso se estende às animações, à dinâmica do universo e aos elementos de combate, como armas e armaduras.

Monster Hunter Stories é um jogo para ser apreciado

Visualmente, Monster Hunter Stories é bem bonito, especialmente quando se trata dos elementos de design. Os incontáveis tipos de armas e armaduras, bem como as variações de monstros, são bastante únicos e se diferenciam do mundo por diversos aspectos.

Fora isso, o primeiro jogo tem animações em CGI bem feitas, com expressões faciais “fofinhas” no estilo Amiibo. Todos os personagens do mundo, sendo NPCs ou animados, têm dublagem completa, com localização para menus e textos em português do Brasil.

A localização se mantém em Monster Hunter Stories 2, mas as animações saltam para gráficos mais “realistas”. Todo o conceito da sequência é mais orgânico e atraente, desde a arte em geral até os aspectos técnicos.

Monster Hunter Stories também inclui elementos de RNG que afetam, em especial, monstros de raridade superior. Isso expande bastante as possibilidades de exploração e alteram a posição e spawn das tocas, locais de encontros e grupos de criaturas.

Além disso, passear pelos cenários rende não apenas bônus em XP por enfrentar inimigos, mas recompensas. Muitos segredos se escondem por montanhas, vales, desertos e mais, garantindo itens valiosos e que podem ajudar no cumprimento de Tarefas.

A Capcom implementou uma tonelada de missões secundárias que vão desde a fabricação de equipamentos até as lutas contra subchefes. Diversos NPCs também se espalham pelas regiões com pedidos especiais, então não deixe de atendê-los.

Em Monster Hunter Stories 2, a dinâmica muda um pouco. Agora, não há missões de forja e são adicionadas atividades de ondas. Esses eventos estão nos murais de cidades e levam os jogadores a combaterem diversos monstros maiores em sequência.

Um jogo muito mais acessível

Como um JRPG, Monster Hunter Stories é mais simples, mas não menos eficiente que World e Rise, por exemplo. Os sistemas de jogo são simplificados para o gênero e estão todos dispostos em um menu de tutorial, contendo informações sobre todas as mecânicas.

Os combates são divertidos e se distanciam dos longos períodos de franquias como Persona, por exemplo. Como o game possui um bom sistema de progressão e sem grind punitivo, o fortalecimento de sua equipe de criaturas e do protagonista é nítido.

Aqui, vemos outra grande diferença entre os dois jogos. No primeiro, a dificuldade é bem maior devido ao padrão aleatório dos inimigos. Já em Monster Hunter Stories 2 eles são muito mais previsíveis e permitem combar ataques ligados várias vezes.

Além disso, NPCs podem ajudar em batalha. Em diversos momentos de MH Stories 2, amigos do mundo entram em sua equipe com seu Monstie e podem lhe acompanhar tanto na campanha principal quanto na paralela. Elas contribuem bastante.

As montarias que vão para a equipe principal também chamam a atenção por suas habilidades únicas — tanto passivas quanto ativas. Fora isso, elas entendem as dinâmicas de luta e se adaptam às ações do protagonista e dos adversários.

Mesmo o sistema de chocar monstros é de fácil compreensão. Como o gatinho companheiro dá dicas e se comunica sobre os níveis de raridade de cada ovo, basta encontrar algum nas tocas e torcer para que venha algo poderoso. E se não vier, vá em outra toca.

Pela prévia que a equipe do MeuPlayStation teve a oportunidade de jogar, Monster Hunter Stories leva facilmente mais de 80h para quem busca fazer os 100% ou a platina. Enquanto isso, a campanha possui cerca de 30h, pois rushar é difícil devido à escala de níveis.

MHS2 expande esse tempo para mais de 40h. Já a platina vai para mais de 150h, pois os troféus exigem uma completude maior do bestiário, das habilidades e de outros recursos do mundo — apesar de alguns não terem ido de um jogo para outro.

Como o mundo semi-aberto é dominado por áreas menores, a exploração não é tão superficial, mas pode se tornar um pouco sem graça e fácil se o tempo em cada área se estender. A falta de uma música de fundo também traz uma sensação de vazio.

A sequência também se prejudica pelo mapa não-interconectado. Isso porque a ausência de uma música de fundo permanece, mas os jogadores correm por vastas áreas sem encontrarem nada de interessante — alguns trechos exigem mais de cinco minutos, por exemplo.

Felizmente, Monster Hunter Stories é uma boa pedida para o público mais casual. As mecânicas de forjar armas, de cozinhar, de descansar e de formar equipes estão lá, e se juntam a uma ferramenta de combinar poderes, de enviar expedições e de torneio.

A versatilidade de Monster Hunter Stories 2 também chama a atenção em batalha, em especial pelo sistema de troca de armas. Diferentemente do primeiro jogo, a sequência permite que o jogador leve até três lâminas e as troque livremente.

Modo multiplayer pode ser um diferencial

Infelizmente, devido às restrições de rede, não está claro como é a funcionalidade do modo online. Porém, a aventura single-player dá algumas palhinhas da experiência em combate contra NPCs.

Segundo a Capcom, esse modo será semelhante ao Pokémon, com combates em tempo real entre Montadores e criaturas. Cada dupla tem três vidas e pode alternar livremente entre monstros para se adaptar às diversas situações de luta.

Monster Hunter Stories 1 e 2 serão lançados em 14 de junho para PS4. Os títulos poderão ser jogados no PS5 via retrocompatibilidade e já estão com pré-venda aberta na PS Store.