Meu nome é Lincoln Clay e este é o começo da minha história
Meu nome é Lincoln Clay e eu sou negro.
É estranho quando uma pessoa se apresenta dessa forma, mas a cor da minha pele está intrinsicamente associada a minha história e por tudo aquilo que passei.
Mesmo que muitos se refiram a mim como “uma pessoa de cor”, eu sou mesmo é negro e até acho estranho quando dizem que sou “de cor”. Geralmente, são os brancos que se referem a mim desta forma.
Ora, uma pessoa branca, quando ficava com raiva, sua pele fica vermelha, quando está com dor barriga, fica amarela, sem exposição ao sol, mais branca ainda…afinal, quem é “de cor” aqui?
Deixa isso para lá.
Não dá para refletir muito no momento…estou morrendo. Fui traído pelo salafrário do Giorgi Marcano, filho do mafioso italiano mais poderoso da cidade.
Levei um tiro na cabeça, está tudo pegando fogo e toda minha família está morta. Eu os vi morrer. Não há muitas esperanças para mim.
Mas, se me permite, quero contar-lhes como cheguei neste estado que me encontro, moribundo.
Cheguei da guerra do Vietnã faz pouco tempo. Passei quatro longos anos combatendo os Vietcongues em um conflito que poucos entendem. Afinal, porque lutamos uma guerra que não é nossa?
Ao respirar o ar New Bordeaux, me sinto mais jovem. Mas eu devo alertá-lo logo de imediato: a cidade que estou não é tão bonita quanto aquela mostrada nos trailers.
Caso você queria experimentar por si mesmo, tenha em mente que na real ela não é tão vibrante, existe pouca diversidade, os cenários não carregam completamente e os pop-in são uma irritante companhia. É triste, mas eu tenho que ser sincero com você.
De dia, ela parece um pouco sem sal, mas a noite as coisas melhoram. Talvez os filtros ou técnicas de texturas amenizem um pouco mais as coisas. Não sei se você notou, mas nos trailers, em sua maioria, eram mostrados ambientes mais fechados e noturnos. Isso explica muita coisa.
Quando cheguei, a minha família de criação passava por problemas de relacionamento com a gangue dos haitianos. Isso gerou um efeito em cascata, fazendo com que Black Mob (meu clã) não pudesse quitar suas dividas com o Marcanos, a máfia italiana.
Eu resolvi o problema.
Mas, ainda não era tudo. Para pagar a dívida eu me aliei, momentaneamente, com os mesmos Marcanos em um assalto que renderia milhões. Todos sairiam satisfeitos.
A missão consistia em invadir uma instituição financeira, ir até o cofre, pegar a grana e sair de barco. Claro que no caminho nós matamos muitos guardas.
E aproveito o momento para destacar – a jogabilidade das minhas ações é meio travada às vezes. O sistema de cobertura não é tão eficiente, me deixando em exposição. Tomei muitos tiros!
A sorte é que os inimigos não eram lá muito espertos. Na verdade, nada espertos! A inteligência deles era fraca – eles não flanqueavam, não criavam estratégias, eram pragmáticos e, muitas vezes vinham na minha direção de peito aberto. Quanta burrice.
O meus parceiros também não deixam por menos. Modéstia parte, só eu salvo.
Nossa fuga foi regrada de boas doses de emoção. A bordo de uma lancha e embalados pela música “Born to be Wild”, fugimos rapidamente! Esse dia foi louco!
Não só nestes momentos, mas a minha história é narrada com músicas de muito bom gosto. The Rolling Stones, Creedence Clearwater Revival, Jimi Hendrix, Elvis…entre tantos outros. Só coisa fina mesmo!
Na escapada também nos deparamos com os policias. Eles também não ofereceram (e não oferecem) grande ameaças. A explicação dos guardas servem para eles.
No final, nos encontramos no bar do Sammy, o meu pai de criação. Tinhamos dinheiro para pagar a dívida e e estabilizar nossos negócios. Até o Sal Marcano, poderoso chefão, veio para bebedeira.
E agora o barraco desabou!
Sal e seu filho sacaram as armas e começaram a atirar, matando todos sem piedade. Meu irmão Ellis, os nossos amigos, meu pai…vi todos morrerem. E ainda por cima tacaram fogo em tudo!
Agora estou aqui…
Mas, se eu sobreviver, de alguma forma, terei minha vingança e em breve você saberá se minha revanche vale ou não a pena.