JOGAMOS! The Rogue Prince of Persia leva a franquia para o roguelike
Dos mesmos criadores de Dead Cells, novo jogo equilibra desafio e diversão
The Rogue Prince of Persia é o novo título que levará a franquia para o gênero roguelike pela primeira vez, mas com a expertise dos responsáveis por Dead Cells e pelo selo da Ubisoft. Com uma direção de arte estilosa e uma jogabilidade cheia de movimentação, o título aposta em um formato que lembra muitos elementos de Hades, mas abraçando a essência dos primeiros games da saga.
A convite da Ubisoft Brasil, jogamos The Rogue Prince of Persia por uma hora e pudemos experimentar os dois primeiros cenários, incluindo a batalha contra o chefe. Por mais que o jogo esteja se aproximando de um gênero conhecido pela dificuldade, a Evil Empire parece apostar na inserção de mecânicas que facilitam as runs dos jogadores conforme avançam nos cenários ou são derrotados em batalhas.
É, com certeza, um projeto mais desafiador do que os últimos títulos lançados, só que é evidente como o estúdio busca conciliar a diversão e a dificuldade de forma justa.
O príncipe raiz
Para quem não lembra, a saga Príncipe da Pérsia não surgiu no PlayStation 2 com o clássico “Sands of Time”. Na verdade, a franquia estreou lá em 1989 para o computador Apple II. Naquele jogo, considerado como “um avanço de técnicas digitais”, o gameplay em 2D exigia uma movimentação precisa do herói para as plataformas com pulos, agarrões e dinamicidade.
Em The Rogue Prince of Persia, vemos um retorno às raízes, mas em um visual completamente moderno. O protagonista pula, esquiva e anda pelas paredes com comandos rápidos ativados com apenas um botão. De início, o mapeamento do controle é um pouco confuso e pode causar aquela travada nos dedos, mas em poucos minutos você já percebe como consegue linkar os pulos, ataques, corridas na parede e toda a movimentação de parkour.
A decisão em criar o game em 2D vai desagradar aqueles que buscam projetos de escopos gigantes. Contudo, vale o reforço que o título está mais interessado em uma experiência de jogabilidade viciante, como o próprio Hades, do que propriamente gráficos ou visuais excêntricos. E, conforme a prévia que tivemos acesso, o jogo tem o potencial.
Por outro lado, uma das principais características de Hades e até mesmo de Dead Cells é o carisma dos protagonistas e personagens espalhados pelos ambientes. É fácil se simpatizar com Zagreus (Hades) na busca pela saída do inferno ou dar risada com os diálogos absurdos na jornada até o Castelo do Pico Alto (Dead Cells), situações que não aconteceram em nenhum momento durante o teste do novo título da Ubisoft.
Gameplay intenso
Vamos ao que importa, o gameplay de The Rogue Prince of Persia acerta em tudo. Nos primeiros minutos, as principais mecânicas são apresentadas e cabe ao jogador o domínio dos comandos para vencer os desafios. Cada fase conta com inimigos específicos, uma trilha sonora de acordo com a região e lugares para escalar, pular, esquivar e superar os obstáculos ou armadilhas.
O combate conta com ataques simples e especiais que variam conforme os equipamentos obtidos na run. Além disso, derrotar os monstros gera Ouro que pode ser trocado por modificadores, magias ou até vida. E, assim como Hades, a morte e o progresso na história vai liberando novos recursos que auxiliam na evolução do jogador.
Há uma boa variedade de armas que modifica completamente o estilo de jogo. Usar o grande machado oferece mais dano, mas com ataques demorados, enquanto que adagas são rápidas só que não tiram tanta vida dos inimigos. As builds são melhoradas com um sistema de slots de modificadores. Os aprimoramentos possuem efeitos especiais dependendo da posição que o jogador os atribui, algo diferente e bem interessante.
O combate é muito eficiente e os comandos são responsivos. O jogador consegue executar a movimentação desejada, seja ela se jogar no meio de um grupo de inimigos para esquivar e atacar rapidamente ou utilizar de uma abordagem mais acrobática com pulos e golpes aéreos.
The Rogue Prince of Persia empolgou
Como um bom roguelike, The Rogue Prince of Persia tem aquele molho de gameplay viciante. Cada run “fracassada” não deixará o jogador desmotivado para continuar, mas pelo contrário, as novidades desbloqueadas e as melhorias obtidas incentivam a progressão e a evolução mais nítida.
As primeiras impressões foram muito positivas por diversos fatores. A jogabilidade com comandos responsivos, as lutas divertidas, os cenários bonitos e a movimentação dinâmica são características que devem colocar o game no radar dos jogadores que amam um bom desafio aliado à diversão.