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Bioshock: The Collection: Vale a Pena?

por Rui Celso
Bioshock: The Collection: Vale a Pena?

A oitava geração chegou criando diversas expectativas nos jogadores. Entre elas, um possível anúncio da 2k Games sobre um novo Bioshock. Infelizmente (pelo menos por enquanto), isso não ocorreu.

Ao invés de anunciar um novo jogo da franquia, a 2K anunciou Bioshock: The Collection, uma coletânea que conta com todos os jogos lançados para PS3. Neste pacote vem incluso, também, todo o conteúdo adicional já lançado, além, é claro, de gráficos remasterizados em 1080p.

Iniciada em 2007, a série Bioshock conquistou fãs pelo mundo inteiro por sua intrigante e surpreendente história. Reviravoltas que mexem com o psicológico tornam-se o ápice do jogo, fazendo com que toda e qualquer pessoa fique frente à TV por bastante tempo.

Quer saber se vale a pena investir em mais um remaster? Acompanhe a análise do Meu PS4.

A História de Bioshock

Bioshock Infinite: Em 1893, Zachary Hale Comstock, um visionário americano e extremamente religioso, mostrou à Casa Branca sua ideia para uma cidade que poderia ficar acima das nuvens, sendo considerada o “Novo Eden”.

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Comstock é um “Deus” para os cidadãos de Columbia.

Para que seu projeto funcionasse, seria necessário uma tecnologia chamada Quantum, responsável pela levitação dos prédios. Além de hélices, balões, reatores, entre outros equipamentos. Hamstock batizou sua nova cidade de Columbia e se auto-intitulou “O Profeta”, capaz de ver o futuro e trazer prosperidade e felicidade às pessoas.

O ano é 1912, e o agente Booker DeWitt é contratado para encontrar uma garota chamada Elizabeth. Ele não sabe as razões, mas prometeram quitar todas as suas dívidas em troca da garota.

Booker é direcionado à cidade flutuante de Columbia para encontrar Elizabeth. No entanto, não imaginava que precisaria lidar com o fanatismo religioso imposto por Comstock, O Profeta, e percebe que sua missão vai muito além de procurar por uma garota capaz de abrir fendas temporais.

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Booker tem esta marca na mão. Em Columbia, apenas o falso pastor a possui.

Bioshock: O ano é 1945. Andrew Ryan é um homem poderoso, rico e cheio de recursos. Pensando em fatos recentes sobre a guerra, Ryan conclui que a sociedade está exposta, ali, na superfície. A partir disto, ele decide dar início ao seu mais ambicioso projeto: a criação da cidade submersa, Rapture.

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Apenas pessoas eleitas “dignas” por Ryan podiam ir à Rapture

Em 1946, Ryan começa a construção de Rapture em algum lugar do Atlântico Norte, gastando milhões e milhões de dólares do próprio bolso. Para que pudesse realizar seu sonho, Ryan contratou centenas de homens para trabalhar na construção da cidade. Embora pagasse muito bem, nunca garantiu o retorno para casa.

Entre 1949 e 1951, após a construção da cidade de Rapture, a Dra. Brigid Tenenbaum, financiada por Frank Fontaine, descobre uma substância chamada ADAM. Ela modifica os genes humanos, garantindo incríveis poderes àqueles que o utilizam.

A substância fez com que Rapture entrasse em colapso. As pessoas, já viciadas, consumiam em excesso, acreditando que aquele era o único jeito de se defenderem. A química fez com que os humanos sofressem mutações, transformando-os em Splicers.

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As Little Sisters servem como “recipiente” para o ADAM. Big Daddy, atrás dela, é seu guardião.

Bioshock 2: Dois anos antes dos acontecimentos do primeiro Bioshock, projeto Delta, um dos Big Daddy, está com sua Little Sister protegida, Eleanor. Durante uma festa em Rapture, Delta tenta proteger Eleanor de alguns humanos que já viraram Splicers, mas Sofia Lamb, uma das criadoras das Little Sisters, o mata.

Dez anos depois, a mando de Sofia, as Little Sisters revivem o projeto Delta. Rapture já está em ruínas, e os humanos que sobreviveram à queda da cidade estão completamente fora de si.

Brigid Tenenbaum, também responsável pelas Little Sisters, encontra o Big Daddy e explica que, mesmo contra sua vontade, deve se aliar à Sofia, caso contrário, entrará em coma novamente.

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Bioshock 2 não tem ligação com a história original.

Melhorias, pra que te quero?

A história de Bioshock é complexa, obrigando o jogador (caso queira entender todo o desfecho) a buscar todos os colecionáveis do jogo. Entretanto, é necessário entender o inglês, pois não há opção de legendas.

A versão Collection não possui apenas melhorias gráficas, mas também uma jogabilidade mais leve e intuitiva. O DualShock 4 permite que a resposta aos controles seja bem rápida, tornando seus tiros mais precisos, por exemplo.

Em Infinite, a quantidade de determinados itens em jogo aumentou. As Lockpicks, necessárias para abrir portas e cofres com cadeados, aparecem em maior número se comparado à versão original.

A versão remasterizada dos primeiros Bioshock não possui muitas diferenças de Infinite. Os gráficos estão muito limpos, além de pequenos incrementos que não estavam na versão original, como as águas-vivas no início de Bioshock 1.

Diferente de Infinite, não houveram mudanças significativas. Além disso, o conteúdo adicional passa totalmente despercebido, pois não chama tanto a atenção.

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A cada novo “super ADAM” encontrado, um novo plasmídeo é adquirido.

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Os jogos remasterizados de outras gerações nem sempre são bem adaptados. Bugs e quedas de quadro por segundo acabam sendo uma frequente. Com Bioshock não é diferente.

Os bugs começaram já no DLC Bureal at Sea. Em determinado momento, o som de uma baleia começou a tocar no lugar da trilha sonora. Além disso, os personagens ficaram mudos durante o gameplay, com suas vozes retornando apenas nas CGs.

Na campanha principal, ao cair de uma plataforma, Booker automaticamente “morre”, e volta à superfície. Entretanto, em determinado momento, o jogo não entendia que ele havia caído, fazendo com que não existisse fim para sua queda. Confira no vídeo:

Ao contrário de Infinite, Bioshock 1 e 2 não possuem tantas falhas de programação. O básico, como itens atravessando uma parede, que são comuns nos jogos atuais, não atrapalham, contudo, a diversão.

Outro ponto negativo são as legendas. Os dois primeiros Bioshocks não eram localizados no PS3, mas Infinite sim. No entanto, a versão Collection veio totalmente em inglês, prejudicando os jogadores que não dominam a língua.

Vale ?

Pela ordem cronológica, Bioshock: Infinite é o primeiro, contando a história a partir de 1912. Em seguida, vem Bioshock 1, que se passa em 1960. Oito anos depois, em 1968, Bioshock 2 conta uma história paralela à original, não sendo considerada pelos fãs.

A coletânea é muito parecida com a original, mudando apenas a qualidade gráfica e alguns outros poucos pontos. Os Plasmídeos, Big Daddies, Little Sisters, os céus de Columbia…está tudo lá, como no PS3. Por este motivo, só vale investir os R$250,00 se você realmente for fã ou tem pressa de jogá-lo, do contrário, espere.

Bioshock é um dos melhores jogos da geração passada, e acabou se tornando um dos melhores da atualidade. Mesmo com os bugs presentes, que não existiam nas versões originais, ele continua divertido e envolvente.

3 - Selo de Prata

Dicas de leitura:

Algumas informações complementares foram retiradas do livro: “Bioshock: Rapture”, de John Shirley

Dica: Confira a entrevista (em inglês) do criador de Bioshock, Ken Levine, feita pela Rolling Stone

Rui Celso
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