Empresas pressionam UE contra restrições na venda de chips para a China
SEMI Europa, grupo de empresas da indústria de semicondutores, diz que restrições contra China devem ser apenas "último recurso"
O grupo SEMI Europa, formado por empresas da indústria de semicondutores no velho continente, se posicionou oficialmente contra restrições na venda de chips para a China. Em um artigo aberto endereçado à União Europeia (UE), o grupo afirma que algo assim deve ser encarado apenas como um “último recurso em casos de preocupação genuína pela segurança nacional”.
Medidas restritivas nas relações comerciais com a China têm se tornado comuns devido à forte presença que o país tem no mercado de tecnologia e fabricação de semicondutores. O grupo SEMI, no entanto, entende que parcerias serão mais frutíferas do que restrições para manter a saúde econômica do segmento na Europa.
“Para garantir o sucesso e prosperidade a longo prazo da indústria de semicondutores da Europa, nossas companhias precisam ser o mais livre possível em suas decisões de investimento, ou correr o risco de perder sua agilidade e relevância”, declara o documento assinado pelo grupo.
Algumas das empresas que compõem o SEMI são a ASML, NXP e Infineon, além de laboratórios de pesquisa de diferentes países, como Bélgica, Alemanha e França. O artigo assinado pelo grupo menciona sanções recentes à China, enquanto pede que a UE não participe delas:
“À luz de tensões geopolíticas recentes, e o papel proeminente que controles de exportação na indústria de semicondutores desempenhou nisso, tornou-se cada vez mais necessário para a UE falar com uma voz comum.”
Sanções contra China não parecem desacelerar sua indústria
As restrições comerciais sendo impostas à China, especialmente vindo dos Estados Unidos, parecem não ser suficientes para barrarem o desenvolvimento da indústria de semicondutores do país.
Em rumores recentes foi divulgado que a nação se prepara para produzir chips de 5nm em larga escala em breve. Você pode ler mais sobre o assunto clicando aqui.