Desculpe o transtorno, preciso falar do Fifa 17
*Este é um artigo pessoal e não necessariamente reflete a opinião do site Meu PS4 ou dos seus membros.
Conheci ele na infância. Essa frase pode parecer romântica se você imaginar uma criancinha feliz quando ganhou o seu primeiro game de futebol em 1994, com cinco anos de idade, num quartinho de um apartamento na Tijuca, Rio de Janeiro. Nunca vou me esquecer: o craque do Brasil era Janco Tianno. Fifa marcou a minha vida, e é por isso que preciso falar do Fifa 17.
Começamos a namorar mesmo quando a franquia tinha 5 e eu 9, mas parecia que a vida começava ali. A música era “Song 2”, do Blur. Jogamos uma “Jornada para a Copa do Mundo de 1998” e nunca mais os games foram os mesmos. No ano seguinte, lembro bem de mais uma trilha sonora dessa nossa história: “The Rockafeller Skank (Remix)”, por Fatboy Slim.
Aí vieram os anos 2000, demos um tempo, vivi um outro relacionamento, intenso, com a maior rival dela. Foram momentos de paixão, mas ela não se cuidou, se acomodou e aí Fifa passou a ser aquela ex que fica bonita de um dia para o outro, sabe? Chegou o PlayStation 3 e ela mandou o “E aí sumido” pra mim no Orkut. Voltamos. E apesar de uma briguinha ou outra, estamos felizes até hoje.
Chegamos a 2017 depois de um 2016 conturbado. Em que ficamos distantes por conta de alguns probleminhas insuportáveis dela, mas nesse ano eu acho que a relação vai dar aquela apimentada necessária para todo relacionamento longo. Pelo menos foi o que pude sentir nas primeiras horas em que nos dedicamos um ao outro, na noite/madrugada de ontem para hoje.
Essa semana, pela primeira vez, joguei Fifa 17. Toda bonitona, de Frostbite, com as faces dos jogadores beirando a perfeição, movimentações mais realistas e um ritmo cadenciado, bem mais próximo do futebol que nos encanta na vida real. E o que me deu uma felicidade muito profunda foi ter vivido esse amor e acompanhado toda sua evolução.
É claro, ela ainda não é perfeita. Não é a irmã dela, Madden NFL 17, toda certinha e sem nenhum defeito que você possa apontar. Mas é linda do seu jeito, com as suas imperfeições – como os goleiros “aceitando” mais do que deveriam, o confuso novo sistema de bolas paradas, os gols quase certos em escanteios e o trabalho que é preciso para roubar uma bola.
Vou até contar pra vocês uma apimentadinha que ela deu na relação: A Jornada, um modo carreira que é diferente de tudo o que você já viu nos jogos de futebol promete ser muito bacana. Pena que ela só provocou nessa demo, deu uma palhinha e agora me fará ficar com água na boca por mais duas semanas. Ah, o amor…
Sei que é só uma demonstração, que algumas coisas podem mudar – para melhor e para pior – nas próximas semanas e, claro, ainda não testei nosso maior problema nesse anos de relacionamento: as partidas online. Mas ela tá tão linda, tão viva, tão empolgante, que eu precisava fazer essa ode a mais um capítulo dessa história de amor. Hoje, posso dizer que é muito bom ser Fifeiro.