Diretor fala sobre nova ambientação de Infinite Warfare

Durante a E3 2016 um novo gameplay de Call of Duty: Infinite Warfare foi revelado, mostrando um pouco mais do combate espacial que será vivenciado na campanha do jogo. E para entender mais sobre a nova ambientação, o Diretor de Arte Sênior, Brian Horton, falou mais em uma postagem no PlayStation Blog.

Nela, Horton disse que a intenção era modificar a receita atual de Call of Duty e expandi-la com a implementação de novos recursos, mecânicas e experimentos visuais nunca vistos antes na franquia.

Ele ainda conta como foi imaginar um “futuro bem plausível” ao mesclar elementos da marinha, com aspectos militares, e jogá-los no espaço com uma estética NASA. Esta “fusão” possibilitou a criação do cenário de Infinite Warfare.

Brian Horton ainda enfatizou que a intenção era ir além da clássica e inimaginável ficção científica e que toda a equipe da Infinity Ward se concentrou em criar algo que se pareça com uma realidade futura.

Você tem que esticar e contrair e trabalhar os fatos para pegar o que realmente quer da experiência. Então, nós tomamos algumas licenças poéticas com a ciência – afinal, isto ainda é um produto de produção em massa, como um filme de ação – mas nós realmente queremos ter certeza que não estamos apelando para lasers e aliens

No texto ele ainda conta como surgiu a ideia de implementar o gancho, cuja utilização e importância pode ser notada durante o gameplay exibido na conferência da Sony na E3 2016.

E aí você começa a pensar, gravidade zero é lenta para se movimentar, então preciso de algo que me permita atravessar esse espaço rapidamente – e é daí que veio a ideia do gancho.

Eu posso escolher um lugar e pular até ele, ou posso usá-lo para agarrar inimigos e puxá-los até mim. A mecânica de agarrar com um gancho está – para nós – nos limites da ficção científica, mas ainda é possível imaginar alguém criando essa engenhoca.

Ele também contou detalhes sobre as novas armas, granadas gravitacionais e até um robô-aranha teleguiado:

Granadas normais podem ser um pouco complicadas em gravidade zero, então criamos a seeker grenade. Quando você a joga, ela tem seu próprio propulsor, que aproxima-a do alvo e o explode. Nós adaptamos algumas armas clássicas ao ambiente e introduzimos uma nova ferramenta, um pequeno robô aranha (…) ele é tele-guiado até o inimigo, se anexando a ele e explodindo

Uma das partes mais importantes é quando ele explica sobre os estrondos e explosões que causaram um pouco de confusão na mente dos jogadores, que questionaram como isto é possível, pois o espaço é tomado pelo vácuo.

Nós pesquisamos um tanto para ver que se conseguiríamos simular som no espaço, já que em aplicações militares, a abstinência de som na verdade é bem prejudicial. Você precisa desse retorno – explosões, barulho de balas passando perto – para saber como reagir. E isso importa para o jogador também

No jogo, seus trajes espaciais podem simular esses sons e recriá-los usando fótons, para que você tenha consciência tática do seu ambiente. Nós abafamos o som um pouco, mas ele ainda está lá para garantir que o jogador se divirta. Isso na verdade não é ficção científica – na real é bem plausível.”

Call of Duty: Infinite Warfare chegará ao PlayStation 4 em 04 de Novembro de 2016.