Executiva da Sony: “não é a exclusividade, é rodar melhor”
Shawne Benson, head de parcerias e aquisições da SIE, acredita que futuro é sobre fazer do PS o melhor lugar, não o único lugar
Não é sobre ser o único lugar, e sim o melhor lugar. O pensamento da Sony com o PlayStation 5 parece ser esse. Obviamente, ainda haverá muitos exclusivos no console, mas segundo Shawne Benson, head de parcerias e aquisições da SIE, o futuro é pensar em como fazer as experiências que estão em todas as plataformas serem mais agradáveis no PS5.
Em entrevista ao Games Industry, onde também valorizou os desenvolvedores menores e explicou uma guinada na mentalidade da empresa, Benson explicou que nem sempre o pensamento da sua área está em licenças exclusivas. As parcerias com os chamados estúdio third-party são fundamentais, e a Sony está mostrando interesse cada vez maior nesse modelo de negócios.
“Claro que há espaço para exclusivos que fazem sentido, mas o foco, espeicalmente com o modelo de distribuição digital que só cresce, é entender que há diferentes tipos de gameplay. Por exemplo, para um free-to-play, é claro que é melhor estar em várias plataformas e ganhar a maior audiência. Então pensamos menos nessa exclusividade e mais em como eles podem usar as tecnologias para valorizar o PS5. Quais inovações podem aplicar com o DualSense? O que podem fazer com nosso sistema de áudio 3D? Há muitas coisas que vemos e podemos criar campanhas para impulsionar estas parcerias com jogos multiplataforma”, comentou.
Isso pode chamar a atenção de alguns fãs da marca, mas é algo que parece ser o direcionamento correto. Recentemente, por exemplo, uma pesquisa mostrou que o jogo favorito da maioria dos jogadores de PlayStation 5 é Call of Duty, e não um exclusivo. E a Sony trabalhou bastante com a Activision nos últimos anos (é claro, antes da aquisição conturbada e ainda não concluída do estúdio pela Microsoft) para oferecer uma melhor experiência de CoD nos consoles playStation.
Sony não vê PC como concorrente
Outro detalhe a se destacar na entrevista é o fato de a executiva não ver os computadores como concorrentes. Segundo ela, a expansão dos jogos exclusivos do PS para o PC é um caminho natural e que deve continuar acontecendo.
“Do meu modo de ver, é importante os jogadores terem escolhas e diferentes locais para jogar. O PC não é muito nosso concorrente direto, pelo menos não por agora”, completou.