AMD aposta na Realidade Virtual como futuro da tecnologia
Realidade Virtual é um termo que ficará muito em evidência em 2016. Com a chegada do PlayStation VR ao mercado, muitas outras pessoas que até então só conheciam a tecnologia pela palavra, ficarão por dentro do assunto.
Contudo, a vertente tecnológica vai muito além dos video games. Jogos eletrônicos são apenas a ponta do iceberg para o que está por vir, é o que garante a AMD, fabricante do processador do PlayStation 4 e que está apostando fortemente na tecnologia.
Conversamos um pouco Alfredo Heiss, especialista em Hardware da AMD Brasil, onde muito do que está por vir foi esclarecido e sugerido para o futuro.
Logo de início, Alfredo é enfático e afirma: Realidade Virtual é um marco! Tudo que conhecemos em relação a interação entre homem-maquina será diferente. Isso porque a interatividade e imersão levarão as coisas para outro nível.
O especialista nos convida a imaginar diversos cenários como: imersão sem precedentes, real sentimento de participação e interação.
Até então, podemos nos aprofundar em um enredo envolvente, um visual bacana, mas nada comparado a Realidade Virtual (RV). Talvez algo similar foi visto em filmes 3D, onde tem-se a noção de que algo está mais vivo, mas basta virarmos um pouco a cabeça para que toda experiência seja comprometida e o mundo real se faça presente.
Já na RV, ao virarmos a cabeça, o cenário se adapta, acompanhando nossa visão e todo ambiente é recriado em um tempo suficientemente rápido para que nosso cérebro seja “enganado”, nos fazendo acreditar que tudo é real.
Diante dessa perspectiva, a AMD está trabalhando na criação de ferramentas digitais que ofereçam recursos para os desenvolvedores. A gigante escolheu se aventurar na criação de softwares, ao invés de criar seu próprio hardware, até porque já temos boas perspectivas de equipamentos – PlayStation VR, Rift, HTC, Gear VR (Samsung) são os principais nomes.
Portanto, a empresa está focada em criar recursos para os programadores explorarem, sendo um dos objetivos oferecer bibliotecas com funções que facilitam a criação de novidades mais imersivas.
Heiss também faz questão de enfatizar que a RV irá muito além dos video games. Medicina, educação e outros equipamentos serão a próxima fronteira.
Por exemplo, uma pessoa que esteja utilizando um óculos de Realidade Virtual poderá receber na tela do equipamento informações importantes como atualizações, e-mails, mensagens ou mesmo uma imagem de um segundo participante em um video-chat.
Para fins medicinais, os doutores poderão receber informações sobre o paciente já tela do equipamento, em tempo real, ao mesmo tempo em que outros profissionais acompanham o procedimento.
Isso tudo já podemos acompanhar nos cinemas com o Jarvis, Inteligência Artificial dos filmes Homem de Ferro.
Entretanto, um tema que é frequentemente considerado, principalmente para nós brasileiros, é em relação o preço. Você certamente tem noção de que uma tecnologia de ponta não vai estar acessível a todos imediatamente.
Alfredo está ciente disso e mantém os pés no chão e explica que a tecnologia será mais acessível em médio prazo, quando mais empresas estiverem criando experiências ainda mais interessantes com a Realidade Virtual.
É neste cenário que a AMD, Sony e outras empresas estão apostando. Entregar para os usuários um “algo a mais” e 2016 promete ser um pontapé inicial.