Glória ao Sol! Dark Souls completa 10 anos de lançamento
Jogo da FromSoftware foi lançado em 2011 e se tornou um dos fundadores do termo soulslike
Em 22 de setembro de 2011, Dark Souls, tratado como um sucessor espiritual de Demon’s Souls, foi lançado. Nesta quarta-feira (22), o jogo completa 10 anos de sua estreia e é uma das referências do gênero “soulslike”. A FromSoftware entregou uma experiência diferenciada das demais, e colheu frutos.
O sucesso do primeiro game no PS3 e Xbox 360 encorajou a desenvolvedora a produzir mais duas continuações: Dark Souls II e Dark Souls III. No ano de 2018, uma versão remasterizada foi lançada para PS4, Xbox One e PC.
O gameplay não era tão simples. Cheio de elementos RPG, a dificuldade para lidar com os monstros e, principalmente, o desafio proposto a cada um dos chefões são marcas registradas da franquia.
Crítica e público curtiram o jogo
A atmosfera decadente, um mundo fantástico e obscuro, cheio de inimigos nada fáceis de lidar e com a liberdade de lutar como quiser. Com 54 críticas e somente duas delas apresentando uma opinião mista, o Metacritic classificou a obra com incríveis 89 pontos (PS3).
Se a dificuldade era obstáculo para alguns, o senso de “dever cumprido” após superar os obstáculos do jogo foram os principais elementos positivos destacados nas reviews.
Desempenho nas vendas
A FromSoftware não costuma divulgar de forma detalhada as informações sobre as vendas de seus produtos. No entanto, em 2013, totalizando as vendas da edição com conteúdo adicional — Artorias of the Abyss Edition —, a desenvolvedora anunciou ter comercializado 2.367.000 cópias.
Em 2015, o número chegou na casa dos 5,5 milhões de unidades. No último relatório divulgado em 2020, a série toda já alcançava 27 milhões de vendas.
A história de Dark Souls
Após dar um fim à Era dos Dragões, a Primeira Chama, esta utilizada pelos fundadores da Era do Fogo, começou a se apagar. Amaldiçoados pelo desequilíbrio do mundo, os seres criados pelo fogo passaram a apresentar uma deterioração em seus corpos.
Marcados pelo Darksign, a responsabilidade de manter a chama acesa passou a ser deles. Os chamados Hollows atingiam um estado onde pioravam com o tempo e, em situações onde provavelmente estariam mortos, acabaram sobrevivendo.
Os jogadores assumem o papel de um personagem conhecido como “Chosen Undead”, e segundo as lendas, ele dará um fim à maldição capaz de desafiar a morte.
Deuses, demônios e a morte
Hidetaka Miyazaki, criador do game, estabeleceu uma sequência nos temas abordados em cada um dos jogos da franquia Dark Souls. No primeiro game, a temática seria os deuses e cavaleiros (Anor Londo), e os jogadores teriam de encarar uma aventura para restabelecer a ordem no mundo.
Os demônios (Lost Izalith) passaram a ser os alvos do “escolhido” na continuação. Em seguida, com o terceiro lançamento, o arco abordou uma manifestação física da própria morte (Gravelord Nito). Esses foram os principais pilares das narrativas.
Dark Souls não é uma sequência de Demon’s Souls
Miyazaki nunca teve a intenção de criar Dark Souls como uma sequência de Demon’s Souls. Agora, a fama de sucessor espiritual, já não é negada pelo criador. Curiosamente, o desenvolvimento da obra que antecedeu a série estava fadada ao fracasso antes de sua chegada. Algumas mecânicas foram reaproveitadas, mas a história abordada foi totalmente diferente.
A vida imita a arte em Anor Londo
A arquitetura da Catedral de Milão e do Castelo de Chambord foram inspirações para a criação de um dos locais mais importantes do título. Anor Londo tem as duas construções como principais referências.
Um legado: o gênero soulslike
A FromSoftware acaba virando pauta em qualquer conversa quando o assunto é o gênero soulslike. As penalidades aplicadas após a morte, resetar o progresso, experiência e o combate caracterizado como um desafio foram implementados perfeitamente ao gameplay. Não é à toa que o sentimento de realização ao passar por um chefão é tão valorizado.
Aprenda com seus erros… ou desista
Não tem como abaixar a dificuldade de Dark Souls. A experiência entregue pelo jogo é a seguinte: morra para esse inimigo até entender qual o seu ponto fraco e como você deve se comportar para abatê-lo.
Essa abordagem do jogador estar pronto para o desafio ainda rende belas discussões. Afinal de contas, precisa deixar os inimigos mais fáceis de serem abatidos ou tá bom assim? Deixaria de ser um soulslike?
Venha para a luz, FromSoftware
Dark Souls foi um sucesso e isso colocou a FromSoftware nos holofotes da indústria dos games. De um estúdio praticamente desconhecido, se tornou referência em inovações nas mecânicas de combate.
O remaster de Dark Souls
O remaster da obra foi lançado para PS4 e teve um desempenho abaixo do original, mas não deixou de apresentar um universo com gráficos renovados e novas funcionalidades — como a opção de alterar os comandos.
Depois de Dark Souls…
A proposta do “desafio no gameplay” não ficou presa em Dark Souls. Os desenvolvedores fizeram outros grandes títulos capazes de entregar a mesma sensação de realização após derrotar um inimigo formidável. Bloodborne e Sekiro: Shadows Die Twice são outros sucessos do ramo e a linhagem não deve parar por aí.
Quem gosta de Dark Souls já está ansioso por Elden Ring?
Hidetaka Miyazaki se juntou à outra mente criativa do universo do entretenimento. Ao lado de George R. R. Martin, escritor de Game of Thrones, o gênero soulslike será levado para Elden Ring — próximo RPG da FromSoftware e Bandai Namco. O jogo estreia no dia 21 de janeiro de 2022.
Qual chefe de Dark Souls te marcou nessa caminhada? Conta pra gente nos comentários!