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[Prévia] Marvel’s Guardians of The Galaxy traz receita à la James Gunn para os games

As interações com os Guardiões rendem bons momentos — e o gameplay também não é nada mau

por Valdecir Emboava
[Prévia] Marvel's Guardians of The Galaxy traz receita à la James Gunn para os games

O grupo mais louco da galáxia está de volta, desta vez para uma nova aventura no mundo dos games. Marvel’s Guardians of the Galaxy traz aos jogos a fórmula do filme de James Gunn no universo cinematográfico da Marvel: interações ácidas e humor na medida certa.

Produzido pela Eidos Montreal e distribuído pela Square Enix, o game será lançado para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X|S, Nintendo Switch e PC. O MeuPlayStation teve a oportunidade de jogar 90 minutos dessa nova aventura e informa as primeiras impressões de mais uma experiência com o selinho da Marvel.

Interações de Marvel’s Guardians of the Galaxy foram o ápice da jogatina

Talvez muitos fãs da Marvel nunca tivessem ouvido falar dos Guardiões da Galáxia antes do lançamento do primeiro filme em 2014. A tarefa de James Gunn era tornar esse bando de desajustados tão populares quanto Capitão América, Homem de Ferro e cia. E ele conseguiu, mas com uma abordagem mais cômica e leve — bem distante das outras produções da casa.

Marvel’s Guardians of the Galaxy vai por esse caminho do cômico, claramente inspirado pela estratégia de Gunn. Nos primeiros momentos da sessão, os personagens estão na central de comando da Milano (nave de Peter Quill) e discutem sobre uma multa que precisava ser paga — uma situação bem atípica entre heróis.

Como jogador, é necessário interagir respondendo aos questionamentos do grupo, mas é preciso selecionar de forma inteligente as linhas de diálogo. Essas conversas ditam o rumo das relações entre Starlord — protagonista que o jogador controlará por toda a aventura — e o restante dos Guardiões.

Segundo o diretor criativo de Marvel’s Guardians of the Galaxy, Jean-François Dugas, os jogadores terão a oportunidade de saber mais sobre o íntimo dos heróis. Isso significa que haverá como explorar seus quartos, conhecer suas histórias através do bom e velho bate-papo e consolidar uma relação durante a aventura. Isso é muito bacana, porque agrega valor ao universo representado no jogo.

Outro ponto forte que merece destaque é a dublagem em português, assim como a trilha sonora disponível no rádio da Milano. Cada música é um deleite aos roqueiros de plantão: de Iron Maiden à Mötley Crue, de “Bad Reputation” à “Take On Me” — a lista era tão eclética que tinha até a banda do próprio Starlord.

Gameplay tem ideias promissoras e demanda estratégia, mas peca em alguns aspectos

Marvel’s Guardians of the Galaxy é um game descompromissado, que combina uma história divertida e um gameplay atraente. Tudo fica ainda mais instigante quando um rock and roll toca ao fundo, ditando o ritmo das batalhas e apimentando a jogatina.

A combinação de poderes e combos disponíveis em conjunto é surpreendente, mas é ofuscada pelo que poderia ser. Só é possível controlar os outros heróis (além do Starlord) através de comandos de ação. Bom, isso desperdiça um tremendo potencial, pois a possibilidade daria uma variada interessante ao gameplay.

Porém, também dá para elevar os níveis de seus companheiros em Marvel’s Guardians of the Galaxy, assim como desbloquear novos ataques para cada um deles. No fim das contas, os Guardiões são extremamente úteis nas batalhas e compensam a falta de controle total sobre eles.

Também existe uma mecânica de “incentivo”, mas ela quebra totalmente o ritmo do jogo. Quando esse “golpe” é ativado, toda a ação é interrompida para uma sessão de bate-papo no meio de uma briga frenética.

Durante essa interação será possível animar ou desanimar os heróis para a batalha, dependendo da linha de diálogo escolhida pelo jogador. Isso demanda muito tempo e esfria toda a porradaria. Se fosse algo mais objetivo, seria válido — mas hoje não, Faro.

Marvel’s Guardians of the Galaxy também possui alguns puzzles que podem ser resolvidos com o auxílio de algum companheiro, na maioria das vezes. O capacete de Starlord também tem muita utilidade nesse sentido. Através dele, é possível enxergar pelas paredes para hackear um sistema de energia, por exemplo. Nessa altura da prévia, o game design parece ser bem intuitivo.

No geral, é tudo bem orquestrado e promissor, mas ainda mantém aquela fórmula de jogo descompromissado. Caso procure por uma aventura protocolar de heróis (como muitas por aí), mas com mecânicas verdadeiramente divertidas de gameplay, Marvel’s Guardians of The Galaxy pode ser uma boa pedida. Mas veremos como será a análise do pacote completo em 26 de outubro.