Meu Jogo da Semana: Crash Team Racing Nitro-Fueled

Minha história com Crash Bandicoot poderia ser escrita em um livro. A trilogia original foi minha primeira experiência em um console PlayStation. Foram anos revisitando cada um dos games, sem cansar de zerá-los. O mesmo pode ser dito de CTR, spin-off de corrida do marsupial. Estava sempre lá no meu porta-CDs para, hora ou outra, me fazer sentir um Michael Schumacher.

Eis que em 2019, chegou o remake Crash Team Racing Nitro-Fueled e suei pelos olhos, é claro.

Não é só um remake

Normalmente, remakes fazem melhorias gráficas e adicionam coisa ou outra. Mas CTR teve um ou vários “quês” a mais. Não se tratava de apenas correr no percurso da Crash Cove e ouvir sua nostálgica trilha sonora. A Beenox caprichou e também refez as corridas de Crash Nitro Kart (PS2) e aplicou um conteúdo sazonal chamado “Grande Prêmio”, com inúmeros cosméticos e personagens novos, todos gratuitos.

Para obter cada skin, kart, corredor e pintura, basta fazer uma coisa: jogar o game. Quanto mais corridas forem jogadas, maior é o número de “Moedas Wumpa” que se ganha para gastar na loja in-game. Com isso, o fator replay é quase infinito e praticamente não cansa os fãs.

Revisitando Crash Team Racing Nitro-Fueled

Mesmo com o belo fator replay, chega uma hora que se abre espaço para desfrutar de outros títulos. Por isso, dei uma pausa por alguns meses com Crash Team Racing Nitro-Fueled para experiências como Call of Duty: Modern Warfare, Horizon Zero Dawn, Final Fantasy VII Remake (este para o qual dediquei um texto de Meu Jogo da Semana) e outras.

Na última semana então, resolvi pisar no acelerador novamente. Minhas habilidades deram uma enferrujada, mas ainda pude vencer algumas corridas online, graças à mecânica do “Fogo Azul” (um boost de hiper velocidade). Fiquei também impressionado quanto aos outros jogadores, que evoluíram muito nesse meio tempo e me proporcionaram bons desafios.

Claro, ainda é um pouco frustrante ser atingido por três mísseis em sequência ou perder a liderança por causa da orbe azul (não existe item mais “OP” na face da Terra!). Mas estes fatores não são suficientes para estragar qualquer diversão proporcionada pelo game, muito pelo contrário.

Boost, boost, boost!

Se você nunca jogou CTR, então não é familiarizado com a mecânica de drift-boost do jogo. Ao contrário de outros jogos de kart, nos quais em sua maioria basta driftar com um botão, no título do marsupial, as coisas são um pouco mais complicadas.

Primeiro, o jogador precisa deslizar com L1/R1 para começar a encher uma barra mostrada no canto inferior da tela. Quando ela fica vermelha, deve-se apertar o botão oposto ao usado para deslizar, ou seja, L1/R1. Faça isso três vezes consecutivas para um boost maior, mas não pare! Após o terceiro, comece novamente o minigame e só descanse os dedos uma vez que cruzar a linha de chegada.

Isso é muito importante para manter e ganhar velocidade nas corridas. Eventualmente, as chamas que saem do seu kart ficarão mais vivas, significando que você alcançou o “Fogo Sagrado”. Mas não pense que será simples chegar nesse nível: será necessário treinar.

Esse drift-boost de Crash Team Racing Nitro-Fueled é outra coisa que me mantém apegado ao gameplay. Ao contrário de outros títulos de corrida (dos quais gosto muito), a mecânica garante um lugar no pódio sem que você seja atrapalhado constantemente por itens. Em outras palavras, CTR premia os jogadores habilidosos e isso é ótimo.

Crash Team Racing Nitro-Fueled é um game que venceu praticamente todos os prêmios da categoria corrida em 2019. É Meu Jogo da Semana por ser um remake incrível e por me fazer continuar revisitando-o.