Devs estão divididos sobre os serviços de assinatura para jogos
Desenvolvedores criticaram o modelo F2P e levantaram questionamentos sobre o formato.
A GDC divulgou os resultados da pesquisa “State of the Industry” (via Games Industry), em que 4 mil desenvolvedores de jogos compartilharam as opiniões sobre videogames. E um dos temas abordados foi a questão dos dos serviços de assinatura – algo que parece ainda dividir a indústria.
De acordo com os dados, um quarto dos entrevistados acredita que o modelo vai causar uma desvalorização dos jogos, enquanto outros 25% não acham isso. Há uma parcela de 28% que acha os serviços de assinatura capazes de impactar o preço dos jogos dependendo de como forem administrados. Aproximadamente 18% dos desenvolvedores não souberam responder ao questionamento.
Na pesquisa, alguns dos entrevistados comentaram sobre o assunto. Um dos representantes criticou o modelo F2P que usa uma estratégia de anúncios. Ele vê esses jogos como “pequenas experiências clickbait” e acredita ser possível resolver a situação com um valor padronizado para vários jogos gratuitos.
Um preço fixo para uma grande lista de jogos gratuitos pode ser um bom jeito para dar à arte dos videogames alguma liberdade de volta, então poderemos produzir experiências boas que não se justificam em fazer mais dinheiro, monetizar, gerar engajamento e etc.
Outro desenvolvedor levantou o problema do pagamento recebido pelos serviços de assinatura. Ele fez até um paralelo entre plataformas estabelecidas no mercado, como o Spotify, e tem opiniões negativas quanto à adesão.
As taxas de retornos para a maioria dos criadores em modelos de assinatura não conseguem justificar o custo de produzir o que os consumidores usam. Artistas musicais não tiram o suficiente do Spotify para financiar as futuras produções, até mesmo os músicos da elite. Porque com os jogos seria diferente?
Embora o assunto seja controverso, parece que há uma popularização em massa dos produtores em relação ao formato. Na pesquisa, cerca de 43% dos desenvolvedores disseram estar produzindo títulos free-to-play (como Apex Legends e Fortnite) enquanto 45% criam games tradicionais.
A PlayStation Plus e o Xbox Game Pass parece que vão ser centro de uma discussão ainda maior no meio da indústria. Além deles, o streaming deve ficar ainda mais conhecido com o PlayStation Now e o Project Cloud.