Devs do Worldwide Studios revelam seus jogos favoritos de PlayStation
Grandes jogos influenciando grandes produtores.
Ainda comemorando o aniversário de 25 anos do PlayStation, o PS Blog reuniu alguns nomes famosos do Worldwide Studios para contarem quais são seus jogos prediletos na história do console. Pessoas como Cory Barlog e Hermen Hulst estiveram entre os envolvidos na discussão.
Cory Barlog – Castlevania: Symphony of the Night
Representando a Santa Monica Studios, o diretor de God of War, Cory Barlog não titubeou: ‘Castlevania: Symphony of the Night‘ (PlayStation One) é a maior influência do dev ao produzir games.
Nenhum jogo lançado para o PlayStation nesses anos influenciou de forma mais concreta a maneira como eu faço jogos do que Castlevania: Symphony of the Night. O tom, o mundo, as mecânicas, o ritmo e o design das fases são todos uma obra de arte. Este jogo é tão atemporal que me vejo retornando a ela quase todos os anos, e ele AINDA é incrível!
Jason Connell – Shadow of the Colossus
O diretor criativo da Sucker Punch, Jason Connell, também opinou. Shadow of the Colossus (PlayStation 2) foi amor à primeira vista. Ele destacou principalmente, a iluminação do título.
Shadow of the Colossus é um clássico. Se tornou um favorito instantaneamente quando o joguei. A cor, luz, atmosfera e música contribuem para um ambiente misterioso e sinistro, que é tão sombrio e belo ao mesmo tempo. As mecânicas eram novidade na época, e eu curto especialmente a maneira que a luz o guia pela sua espada durante a exploração. Incrível.
Nicolas Doucet – Metal Gear Solid
“A Hideo Kojima game“. Metal Gear Solid (PlayStation One) é a principal influência de Nicolas Doucet, produtor da Team Asobi. Na época, o novo conceito de stealth abraçou o dev.
Com Metal Gear Solid, senti que os games deram um enorme salto. No meio do caminho entre o realismo e a fantasia, é um jogo que me envolveu completamente com sua ação furtiva. A jogabilidade era inovadora na época e amei a maneira que o jogo surpreende o jogador de várias maneiras. Também possui uma mensagem profunda que ainda fala conosco após todos esses anos.
Hermen Hulst – God of War (2018)
Hermen Hulst é hoje o chefe do Worldwide Studios, embora fosse diretor da Guerrilla Games até pouco tempo atrás. Ele se disse um pouco indeciso, mas optou por God of War (PlayStation 4), que lembra um pouco a si mesmo como pai.
Tão difícil, ter que escolher um filho preferido. Ok, vou escolher God of War. Que bela história, tão imersiva com a tomada de câmera contínua, o foco no relacionamento de Kratos com seu jovem filho Atreus. Como o pai de um garoto de 14 anos quando o jogo saiu, me identifiquei muito com a história.
Bryan Intihar – Metal Gear Solid 3: Snake Eater
Metal Gear Solid aparece novamente, mas com o terceiro título em destaque. Foi a vez do diretor criativo da Insomniac Games, Bryan Intihar, elogiar a criação de Hideo Kojima. Os personagens são icônicos ao olhar dele.
São os personagens que sempre me trazem de volta à esta franquia histórica, e Snake Eater tem alguns dos melhores. Do maluco coronel Russo Volgin ao impetuoso Ocelot, suas histórias e motivações únicas eram tão boas quanto suas performances memoráveis. Sempre que me lembro de Snake Eater, é The Boss quem jamais esquecerei. A mentora de Snake é a definição do “herói de sua própria história”. E se descobrir sua motivação não for doloroso o bastante, ter que puxar o gatilho e acabar com a vida dela me conquistou. Para mim, foi um momento eterno dos games.
Siobhan Reddy – Série de Resident Evil
A diretora da Media Molecule, Siobhan Reddy, não escolheu apenas um jogo, mas uma série inteira. Resident Evil é a razão pelo qual ela cria games.
Na vida real, Resident Evil seria muito assustador. Em um game, nos permite acreditar em tudo aquilo, fazer parte daquele mundo e tentar salvá-lo. Adoro a sensação de estar dentro de um episódio maluco de Arquivo X, mas podia lutar matando zumbis e depois criar poções. Mudou a minha perspectiva do que os jogos podiam fazer, e vi então que se juntariam aos filmes, teatro e literatura como meios de expressar uma variedade enorme de experiências, emoções e motivações.
Dominic Robilliard – Ico
Um puzzle de plataforma, Ico, é o favorito de Dominic Robilliard, diretor criativo da PixelOpus. Quando saiu para PlayStation 2 em 2001, sua beleza e jogabilidade inovadora afetaram positivamente o dev.
Ico é um jogo tão memorável para mim, não apenas pela beleza de seu mundo, sons e história, mas por ter sido a primeira vez que uma mecânica de jogo me afetou emocionalmente de verdade. A história sobre um jovem menino tentando salvar alguém é apoiada por jogabilidade inovadora – segurar a mão de alguém e guiá-los para resolver puzzles juntos. A ressonância deste game é fruto disso e torna tudo extremamente coerente de maneira motivada pelo jogador.
Jeff Ross – The Last of Us Remastered
O diretor da Bend Studio, Jeff Ross, não se contentou apenas com The Last of Us, mas o DLC, ‘Left Behind’, também causou impacto nele. Por isso, nomeia a edição ‘Remastered’ como sua favorita de todos os tempos.
Nunca habitei tão por completo a mente e as emoções de outro personagem em um jogo, mas a Naughty Dog conseguiu este feito duas vezes em um só pacote, e é por isso que The Last of Us Remastered é o meu jogo PlayStation favorito de todos os tempos.
Angie Smets – Journey
Diretora e executiva da Guerrilla Games, Angie Smets, gosta muito de Journey (PlayStation 3). O jogo chegou a vencer o VGA 2012 como “melhor game independente”.
Um game que me comoveu profundamente, e sempre permaneceu comigo é Journey. É visualmente arrebatador e com design de som impecável, e o leva até um mundo único e misterioso ao mesmo tempo que cria conexões emocionais com seus personagens e eventos.
Stuart White – Demon’s Souls
Demon’s Souls fica na cabeça dos gamers mais cautelosos e estrategistas. Este foi o caso de Stuart White, diretor de desenvolvimento do VR na SIE London Studio.
Do início ao fim, Demon’s Souls foi uma brisa de ar fresco – um RPG original sem rede de segurança – sem paredes invisíveis para impedi-lo de cair de penhascos, sem restrições de matar um NPC importante sem querer pressionando o botão errado, sem poder sequer pausar o jogo! Todo combate era uma luta de inteligência, toda armadilha, evitada por pouco – a experiência era estressante mas altamente única. Uma obra de arte absoluta.
E para você, caro leitor? Qual é seu jogo favorito de PlayStation? Conte pra gente nos comentários!