5 atitudes que esperamos de uma produtora de games
Nossos leitores mais velhos devem se lembrar com saudades dos cartuchos. Em uma época na qual não havia conexão permanente com a internet, como nos dias atuais, as produtoras não tinham chance de errar, sob pena de sofrer prejuízos irreparáveis. As facilidades do mundo contemporâneo tem-nos apresentando o amargo outro lado da moeda: proporcionalmente, temos uma quantidade muito maior de jogos que não atendem as nossas expectativas. Mas por que este fato acontece com tanta frequência atualmente?
Day One Patch
Quem não se assusta ao comprar um jogo no dia do lançamento, e já ser “presenteado” com um Day One Patch com vários gigas de tamanho? Seria muito mais interessante adiar um pouco mais o lançamento do jogo, do que nos proporcionar esta frustração enorme de esperar mais algumas horas para curtir o jogo que estávamos esperando tão ansiosamente.
Teste Beta
Sem exceções, todo jogo precisa ser exaustivamente testado, e a liberação de um teste Beta (teste antecipado, antes do produto ficar pronto, e ser disponibilizado para vendas), contribui e muito para garantir a qualidade do produto. Esta tarefa torna-se ainda mais fácil, se o jogo fizer parte do cenário E-Sports, como jogos de luta, esporte, tiros em primeira pessoa, entre outros, porque a empresa pode convidar jogadores profissionais (que conhecem a estrutura do jogo como a palma da mão) e estes podem contribuir de forma ímpar, não só para identificar bugs, como para sugerir melhorias. Outra grande utilidade dos testes Beta é permitir verificar a qualidade do modo online, algo tão presente nos jogos de hoje em dia.
Real necessidade de Modo Online
Sentimos que o modo online tornou-se um verdadeiro peso nas costas das produtoras, como se a sua existência fosse condição necessária para um jogo de sucesso. Na realidade, constatamos que muitos grandes jogos poderiam perfeitamente focar apenas em um robusto modo campanha offline, em vez de ter a preocupação de um modo online vir presente, e ser algo que a maioria dos jogadores iriam experimentar apenas por curiosidade, e depois deixar de lado. Em resumo: o modo online deve vir presente apenas quando houver conteúdo de fato relevante para o contexto do jogo.
Correção de bugs em tempo hábil
Todos nós sabemos que simples bug pode causar danos irreversíveis a qualquer super produção. Há vintes anos, muitas vezes um bug era de conhecimento apenas de um pequeno grupo de amigos. Atualmente, qualquer descoberta é gravada e disponibilizada imediatamente nas redes sociais, e se a produtora não for ágil o suficiente para corrigir cada um destes bugs na velocidade adequada, o fracasso pode se desenhar de forma assustadora. Um exemplo clássico são os famosos combos infinitos nos jogos de luta, que causam um total desequilíbrio nas partidas, até que seja liberado um patch de correção (ou não).
Informação de qualidade para os fãs
Com algumas exceções, sentimos muita falta de um relacionamento eficiente com os fãs por parte das produtoras.
Quais seriam os ingredientes necessários?
- Primeiramente, é muito importante que a empresa tenha um representante que fale o nosso idioma e que possa nos dar um feedback eficiente. O Twitter é uma ótima ferramenta para este fim;
- Quando um bug preocupante é amplamente divulgado, um simples “já estamos cientes e iremos corrigir o mais rápido possível” é bastante animador para os fãs;
- Quando um novo patch for lançado, é de suma importância sabermos com detalhes o que foi modificado de fato, textos superficiais como “mudanças na jogabilidade” são muito desanimadores para quem gosta de se aprofundar no seu jogo preferido;
- Transparência é outro elemento fundamental. Se houver um boato que o jogo não sofrerá mais correções em seu ciclo de vida, por exemplo, é importante manter os fãs informados.
E vocês? O que esperam de uma produtora de games? Compartilhem com a gente! 🙂