Review

[Análise] Destiny 2: Renegados: Vale a Pena?

É a melhor expansão da história da franquia. Simples assim!

por Thiago Barros
[Análise] Destiny 2: Renegados: Vale a Pena?

Já que estamos em clima de eleição, “nunca antes, na história desse país”, ou melhor, dessa franquia, vimos algo tão grandioso quanto Destiny 2 Renegados. Em papo com Christopher Barnett, diretor de arte do game, na E3 2018, nós ouvimos que a ideia era fazer essa expansão ser tão significativa quanto foi The Taken King (Rei dos Possuídos) no primeiro Destiny. Missão cumprida.

TTK implementou coisas que estão aí até hoje no jogo, como marcas lendárias e infusão de armas, além de um novo baú e das “coleções”. Renegados, agora, se destaca com armas de todos os tipos em todos os slots, triunfos, novos supers, muitas atividades e, claro, a história mais emocionante de Destiny até hoje.

Por isso, demoramos exatamente um mês para publicar esse review. Queríamos testar o máximo possível e garantir que Destiny 2 Renegados não seria como Destiny 2: parecia ótimo, mas ficou chato e repetitivo rapidamente. Não, não parece o caso. Mesmo depois de um mês, ainda tem muita coisa para fazer e muita luz para subir.

#PorCayde

Tudo o que fazemos em Destiny 2 Renegados é #PorCayde. Sim, o caçador mais querido do planeta nos deixa, de fato. Sem spoilers, claro, isso foi anunciado pela Bungie em vários e vários trailers do jogo – e é justamente o que dá início a todos eventos da história do DLC.

Uldren Sov, príncipe dos Decaídos, lidera uma rebelião de bandidos da Prisão dos Anciões, Cayde-6 vai tentar contê-los e acaba derrotado. Sua missão, claro, é dar aos responsáveis por isso o fim que eles merecem. Além de Uldren, há mais sete barões, além do Fanático, que é o “vice-presidente” desse grupo asqueroso.

Você terá ajuda de Petra Venj e do Aranha – um personagem decaído que só quer limpar suas terras desses criminosos. A quest é bem simples: ir matando cada um dos malfeitores até chegar a Uldren. A história é relativamente curta, mas bacana, com missões legais e uma narrativa interessante, com direito a plot twist no fim.

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Aranha é um personagem carismático (Foto: Reprodução/Thiago Barros)

Depois de terminá-la, além da Orla Emaranhada, onde quase tudo acontece, você ainda libera a Cidade Onírica, onde estão atividades end-game como o Poço e os Desafios Ascendentes. Como de costume em Destiny, é quando termina a história principal de campanha de Destiny 2 Renegados que o jogo, de fato, começa.

Rise and… Grind!

E, depois de vingar o Cayde, meu amigo, se prepara, porque você vai suar – e muito. Subir de nível depois dessa expansão não está nada fácil. Chegar aos 500 de luz já parece difícil no começo. Mas espere para ver como é sair dele. O máximo de nível para quem está jogando Destiny 2 Renegados é 600, então prepare-se para o grind.

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Grind é essencial para se dar bem no Destiny 2 (Foto: Reprodução/Thiago Barros)

O bom é que o DLC traz muitas atividades para você. E como cada um pode criar até três personagens, é possível se esforçar muito para ir conquistando os itens e subindo de nível. Há objetivos diários e semanais que lhe darão recompensas com nível de luz maior do que o seu máximo atual.

No entanto, nem sempre são coisas que você quer. É possível tirar equipamentos repetidos ou até com nível mais alto do que o geral, mas menor do que o daquele slot específico. Por isso, vai ser preciso fazer muitas atividades para subir o nível, especialmente se você quiser fazer a Incursão, The Last Wish.

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Mapa tem muitas opções de atividades (Foto: Reprodução/Thiago Barros)

Para ela, o nível de luz recomendado é 550 – e o primeiro clã que conseguiu fazê-la por inteiro demorou quase 19 horas para isso. A Bungie avisou que seria a atividade end-game mais tensa de todas, mas não esperávamos tanto. A etapa final da raid é, bizarramente, para quem tem 580 de luz.

Só que, novamente, você tem condições de chegar lá em algumas semanas. São muitas as atividades que rendem engramas poderosos. Semanalmente, tem blitz, anoitecer, raid, missão heróica, contrato de procurado e contrato de desafios com Ikora. Isso além de Artimanha e Crisol, diários e semanais, e missões diárias.

Com sorte, você também pode ganhar uns engramas exóticos fazendo assaltos e missões, e eles virão com mais luz. Além disso, passa a ser preciso também que guardiões farmem mais material em cada planeta. As infusões de armas agora só funcionam com 25 itens de algum material específico, ficando mais difíceis e táticas.

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Novos marcos e quests tornam o jogo mais dinâmico (Foto: Reprodução/Thiago Barros)

Por isso, demoramos tanto para soltar essa análise (e também o fato de o redator estar de férias no dia do lançamento e depois ter vários reviews um cima do outro, mas não vem ao caso). É muita coisa para fazer! Isso sem falar em atividades no mapa mesmo, como o Poço e o Desafio Ascendente, e os eventos públicos.

E o que dizer de Artimanha? É um modo de jogo totalmente novo, que mistura PvP com PvE. São dois times que têm que matar inimigos rapidamente e, assim, liberar um boss. Nessa hora, alguém do outro time pode entrar do seu lado para matar os jogadores do seu esquadrão e atrasar sua luta com o chefão.

É muito divertido! Obviamente, quem derrota o bichão primeiro é vencedor, mas a dinâmica e as mecânicas são super bacanas. Desde a dificuldade dos inimigos ao sistema de ter que pegar itens deles, levar para a base, invocar chefes e tudo mais. Fora, claro, a possibilidade de ferrar totalmente com o time rival.

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Artimanha é um novo modo de jogo bem divertido (Foto: Reprodução/Thiago Barros)

Ou seja, Destiny 2 Renegados coloca o jogo de uma forma bem parecida ao que o Destiny original foi no começo. Pode soar um pouco repetitivo, mas é o que muitas pessoas esperam de um game como esse: grind. Pode ser que daqui a um mês já esteja todo mundo com o char muito bom, mas é bem difícil.

E o bacana é que, quando acontecer de a maior parte dos guardiões estar com 600 de luz, provavelmente vai chegar uma nova expansão, deixando o jogo sempre com um ciclo legal de conteúdo. Fora os eventos temporários, como a Bandeira de Ferro, que volta (pela primeira vez na DLC) nessa semana.

Luz, Guardião!

Lembra de toda aquela polêmica com o preço de Destiny 2 Renegados? De fato, parece caro gastar R$ 129,90 em um DLC. Mas vale. Ainda mais para quem jogou o primeiro Destiny, lá em 2014, e viu o quanto o jogo mudou (e para pior, em muitos casos) nos últimos anos.

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Quem não jogou DLCs com um personagem, pode pulá-las (Foto: Reprodução/Thiago Barros)

Destiny 2 Renegados é tudo o que os fãs sempre pediram. Combina os aspectos que fizeram o primeiro jogo um sucesso com as modernidades de expansões, do segundo jogo e das sugestões da comunidade. Acaba com velhos problemas, dá novas possibilidades e transforma Destiny 2 quase em um jogo novo.

Destiny 2 foi um jogo que teve um início positivo, mas logo caiu naquele problema de ter pouca coisa para fazer, além de a Bungie ter mudado várias coisas que não agradaram a todos. Agora, a empresa se desculpa. Nos últimos meses, houve até alguns updates bons, mas Destiny 2 Renegados é um divisor de águas.

A comunidade de Destiny é uma das mais chatas dos games – e isso é mais elogio do que crítica. E até ela está satisfeitíssima com a DLC. A dificuldade, o grind, uma nova experiência PvE x PvP, uma raid longa, exóticos raros mesmo, contratos… Os jogadores foram ouvidos e parece que deu muito certo.

A voz do povo é a voz de Deus. Ou do Viajante. Vida longa aos guardiões!

Thiago Barros
Thiago Barros
Editor-Chefe
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Jogando agora: Silent Hill 2
Jornalista, teve PS1, pulou o 2, voltou no 3 e agora tem o 4, o 5 e até o PSVR. Acha God of War III o melhor jogo da história do PlayStation.