Walmart compra Vizio por US$ 2,3 bilhões e espera ampliar faturamento com publicidade
Varejista também quer concorrer com a Amazon no mesmo segmento de anúncios
O Walmart, uma das maiores redes do varejo nos Estados Unidos, anunciou a aquisição da Vizio, a fabricante de TVs. O valor negociação está estipulada em US$ 2,3 bilhões (US$ 11,5 por ação em dinheiro). E, quando for concretizada, pode catapultar o alcance e o faturamento da varejista em negócios de publicidade.
Com a aquisição, o Walmart quer aproveitar os mais de 500 parceiros comerciais e anunciantes do SmartCast OS. O sistema, através das plataformas Vizio Platform Plus e Watch Free Plus, entrega uma diversidade de conteúdos por streaming, como filmes, séries e programas de TV.
Grande parte destes conteúdos é gratuita. Porém, eles chegam à base de publicidade agressiva, exibida diretamente na tela dos usuários. E é exatamente aqui que a varejista quer entrar com suas estratégias de marketing, esperando aumentar seu faturamento com uma maior participação em anúncios.
Segue o depoimento entusiasmado de Seth Dellaire, vice-presidente executivo de receita da gigante do varejo norte-americano.
Acreditamos que o sistema operacional centrado no cliente da VIZIO oferece ótimas experiências de visualização a preços atraentes. […] Isso possibilita um negócio de publicidade lucrativo e em rápida expansão. Nosso negócio de mídia, o Walmart Connect, está ajudando marcas a criarem conexões com milhões de clientes. […] A combinação destes dois negócios teria impacto à medida que redefinimos a intersecção entre varejo e entretenimento.
Atualmente, a Vizio não chega a ser uma grande referência no mercado global de televisores, que é dominado por marcas como Samsung e LG. Ainda assim, ela conta mais de 18 milhões de contas cadastradas nos seus serviços de streaming pelo SmartCast.
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Walmart também quer competir com Amazon
A compra da Vizio pela rede de varejos também tem outro propósito paralelo: angariar uma parcela dos anúncios destinados ao crescente mercado de publicidade da Amazon. A ideia é competir exatamente no mesmo ramo: o da publicidade em serviços de streaming que disponibilizam conteúdos gratuitos, mas às custas do usuário ter que assistir à publicidade no seu aparelho.