Tecnologia

Voz Sky do ChatGPT é suspensa por semelhança com Scarlett Johansson

Atriz diz que negou pedido da OpenAI para emprestar sua voz ao ChatGPT e empresa buscou uma idêntica de propósito

por João Gabriel Nogueira
Voz Sky do ChatGPT é suspensa por semelhança com Scarlett Johansson

A atualização que trouxe vozes ao ChatGPT colocou, novamente, a OpenAI em águas quentes com a Justiça dos EUA, mas dessa vez a controvérsia envolve ninguém menos que a Viúva Negra, Scarlett Johansson. A atriz acusa a empresa de ter buscado uma voz “assustadoramente similar” à sua para o sistema, depois dela mesmo ter negado trabalhar com eles.

A polêmica começou com o update GPT-4o da Inteligência Artificial generativa, que deu voz ao sistema para conversar diretamente com seus usuários. São oferecidas diversas opções de voz para o ChatGPT, e uma delas se chama Sky. É essa a voz que Scarlett Johansson acusa de ser idêntica à sua, e o imbróglio na Justiça resultou na OpenAI suspendendo a opção por enquanto.

A situação veio a público através de uma declaração oficial da atriz, divulgada primeiro em um tweet de Bobby Allyn. No texto ela diz que Sam Altman, CEO da OpenAI, lhe contatou para ser a voz da Sky e ajudar a “conectar a distância entre companhias de tech e criativos, e ajudar os consumidores a se sentirem mais confortáveis com as mudanças sísmicas envolvendo humanos e IA”.

Vozes do ChatGPT lembram o filme Ela

A grande inspiração por trás da escolha seria o fato de que Johansson interpretou a voz da IA no filme Ela (nome original Her), em que o protagonista interpretado por Joaquin Phoenix se apaixona pela sua assistente digital. Acrescentando peso às acusações da atriz, o próprio Altman postou a palavra “her” em seu Twitter para promover a chegada das vozes ao ChatGPT:

Em sua defesa, a OpenAI diz que a voz da Sky é de uma atriz contratada e que a semelhança com Johansson não teria sido intencional. A empresa afirma que o uso foi “pausado” enquanto a controvérsia se resolve, não indicando se será removido completamente.

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