Apesar de incentivos, Samsung mantém fabricação de chips 2nm na Coreia

O governo da Coreia do Sul anunciou no meio de janeiro que a Samsung deve investir um total de US$ 371 bilhões ao longo dos anos até 2047 para estabelecer uma “mega-concentração” de instalações para semicondutores no sul de Seul. A fábrica deve focar em chips de ponta, como aqueles fabricados no processo de 2nm.

A decisão da empresa chegou mesmo com incentivos aparecendo em diversos países, como EUA e Japão. Nos Estados Unidos, aliás, existe todo um plano de governo para investir pesado em trazer mais fabricantes de chips para o país, a fim de depender menos da China para semicondutores. A TSMC faz uso desses subsídios, mas é outra companhia que vai manter suas tecnologias mais avançadas em casa.

Algum tempo depois da revelação do governo coreano, foi revelado durante uma reunião de finanças da TSMC que a companhia faria suas fábricas de chips de 2nm nos parques científicos de Hsinchu, em Taiwan. Tanto TSMC como Samsung devem começar a produzir seus primeiros chips de 2nm em massa no ano que vem, em 2025.

Por que Samsung e TSMC mantêm suas fábricas mais avançadas “em casa”?

As companhias não chegaram a comentar publicamente porque preferem manter sus fabricações de tecnologias de ponta em seus respectivos países, mas especialistas no assunto especulam a respeito. Eddie Han, diretor da Isaiah Research em Taiwan, comenta que tem a ver com valores:

“Por exemplo, os custos de produção da TSMC nos Estados Unidos são estimados em ser até 40% maiores do que em Taiwan e exceder até esse número no Japão. Construir e operar fábricas em Taiwan é significativamente mais eficaz em custos do que fazer isso fora”

Ao que tudo indica, o mesmo se repete na Coreia do Sul – onde a Samsung encontra também mais mão-de-obra especializada disponível. As companhias parecem ter decidido que os subsídios oferecidos pelos incentivos estatais não compensam a longo prazo.

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