Data centers na Europa sofrem para alcançar demanda turbinada por IA

Servidores e data centers na Europa estão tendo dificuldade em acompanhar a velocidade de crescimento da demanda de seus clientes, especialmente com o advento de novas tecnologias focadas em IA. A informação vem de um grupo de investimentos imobiliários, que estima continuidade na queda de oferta de vagas para armazenamento e processamento de dados no velho continente.

Kevin Restivo, líder de pesquisa em centros de dados para o grupo imobiliário CBRE, afirma que “não há alívio à vista”. Isso principalmente devido às previsões recentes do próprio grupo, que estimam que os maiores mercados de servidores europeus provavelmente vão encolher para 8,2% em sua oferta de vagas. O número é ainda menor do que as vagas do ano passado, que fecharam 2023 com 10,6% – o menor número de data centers disponíveis até hoje.

“Há menos espaço do que nunca para as empresas e negócios na Europa”, disse Restivo. Até em mercados onde a capacidade ainda está se expandindo, como Berlin e Milão, a expansão tem caído e a oferta de vagas diminuído.

Data centers precisam de espaço e eletricidade

Além do pouco espaço físico para a expansão de data centers na Europa, o crescente consumo de energia elétrica também é um fator que dificulta. Restivo afirma não haver um plano concreto para mitigar o problema e que existe um sentimento de “no meu quintal não” entre os governos.

Concorrentes de outros países, enquanto isso, aproveitam o espaço extra para conquistar clientes gigantescos, que não se importam de pagar um adicional pelo consumo extra de energia. O aquecimento do mercado de IA tem mostrado que vale a pena tentar suprir a demanda, como mostram os números recentes obtidos pela Nvidia, que você pode conferir clicando aqui.