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The Witcher 3: Wild Hunt (PS5): vale a pena?

A versão definitiva do game para fãs de longa data ou novatos

por Raphael Batista
The Witcher 3: Wild Hunt (PS5): vale a pena?

The Witcher 3: Wild Hunt é um dos RPGs mais influentes da década passada. Quando lançado, em 2015, o título se tornou referência no gênero como exemplo de boas quests, tanto principais quanto secundárias, e na variação de combate e escolhas. Não à toa, ganhou o GOTY 2015.

Embora suas mecânicas não tenham envelhecido mal, o game possuía limitações da época, como a taxa de quadros, a resolução baixa e até mesmo poucas configurações para personalização. Limitações que poderiam afastar jogadores da atual geração. The Witcher 3 no PS5 veio para solucionar esses problemas e trazer uma experiência definitiva. E já podemos adiantar que o update é tudo o que precisávamos.

O mesmo jogo de 2015

Já vamos resolver qualquer dúvida desde já: The Witcher 3 no PS5 é o mesmo jogo de 2015. A atualização também é aplicada para as expansões Hearts of Stone e Blood and Wine, mas não existe nenhum conteúdo inédito na história principal — há quests adicionais e novos equipamentos que são bem legais envolvendo um mistério do game e até a série da Netflix.

Então, para quem não sabe sobre o que o jogo é, Wild Hunt narra a história de Geralt de Rívia, um bruxo — não como Harry Potter que usa magia, mas como uma classe de humano que passou por mutações induzidas para se tornar perito em acabar com monstros — na missão de resgatar Ciri, sua afilhada, que está sendo perseguida pela Caçada Selvagem.

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Ciri, Geralt, Yennefer… todos os personagens são marcantes nesse game. Fonte: captura de tela/ Raphael Batista.

O plot é básico, mas “o que importa é a jornada, não o destino”. E a CD Projekt RED sabe muito bem como envolver o jogador nessa caminhada. A história principal é um espetáculo de roteiro e diálogos profundos com personagens cativantes. O destaque também fica para as missões secundárias que possuem o mesmo nível de qualidade e são muito importantes para o jogador criar vínculo com figuras icônicas, como o Barão Sanguinário ou Sigismund Dijkstra.

As escolhas feitas ao longo do caminho que possuem um real impacto na história. Uma resposta mais ríspida pode resultar em laços desfeitos ou traições futuras. Geralt tem sua personalidade, mas quem define sua história é o próprio jogador. E tudo isso é potencializado ao mergulhar no universo de The Witcher 3 em que nem sempre tudo é preto e branco.

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Cada ação importa, cada personagem possui sua importância. Fonte: captura de tela/Raphael Batista.

A versão definitiva

The Witcher 3 no PS5 não esconde as marcas do passado, como, por exemplo, as modelagens feinhas de todos NPCs, mas o upgrade cumpre o prometido com maestria. Logo de início, já é possível optar entre o Modo Desempenho e o Modo Ray Tracing. O primeiro crava a taxa de quadros em 60 e com 4K dinâmico. Já o segundo ativa o traçado de raios, mas fica a 30 FPS.

No Modo Desempenho, a jogabilidade e a exploração são as mais beneficiadas. O combate fica bem dinâmico e passear por Velen ou Skellige fica muito gostoso, mas o visual é bem limitado. No Modo Ray Tracing, os gráficos esbanjam todo o poder. As paisagens são capazes de tirar o fôlego e os detalhes ganham muita vida, mas os 30 FPS causavam uma sensação de lentidão na tela.

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O Modo Desempenho prioriza a taxa de quadros e, por isso, a iluminação é mais artificial. Repare nas sombras da luz. Fonte: captura de tela/Raphael Batista.
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O Modo Ray Tracing simula o comportamento da luz, por isso, cria a penumbra e a iluminação é mais realista. Fonte: captura de tela/Raphael Batista.

Boa parte do gameplay para esta análise foi feita em cima do Modo Desempenho, mas era impossível não alternar para o Ray Tracing quando Geralt estava em um cenário iluminado com as cores do pôr do sol ao lado de uma paisagem singular. A diferença é muito nítida.

Os Modos foram uma ótima adição, mas a CD Projekt RED foi além. Também há um Modo Foto, embora suas configurações sejam bem simples. Infelizmente, não dá para ativá-lo nos momentos de diálogo e da história, mas é possível fazê-lo em qualquer momento do combate. Pode ser difícil para alguns, só que a recompensa é a captura de fotografias como a seguinte:

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O bruxo e o grifo. Fonte: Modo Foto/Raphael Batista.

A nova câmera adicionada merece uma atenção especial. A perspectiva fica posicionada acima do ombro do bruxo, algo parecido com o modelo de God of War Ragnarok. Essa opção favorece o combate que acompanha os inimigos e facilita a movimentação do protagonista. De início, é um pouco difícil de se acostumar, mas comparando os dois tipos de câmera, o modelo é disparadamente o melhor para o jogador.

Por fim, o PS5 traz diferenciais para a experiência. O SSD permite um carregamento muito veloz de poucos segundos no transporte rápido de uma região para outra. É impressionante. E o DualSense oferece a resposta tátil ao cavalgar o Carpeado e os gatilhos adaptáveis até no uso dos Sinais — algo bem divertido porque cada um deles possui uma resposta diferente. Há também os Cartões de Atividade que podem interessar os jogadores.

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A câmera em cima do ombro contribui para um combate mais dinâmico e uma melhor visualização do inimigo. Fonte: captura de tela/Raphael Batista.

The Witcher 3 no PS5 é a versão definitiva porque há muitas opções para personalizar a forma de jogar. Dá para optar pelo Uso Rápido de Sinais em vez de abrir o menu, reduzir a quantidade de informações na interface do usuário, usar o modo alternativo de corrida, escolher a visualização do mapa e outras melhorias de qualidade de vida. O gameplay foi beneficiado em todos os aspectos e até o visual também recebeu melhorias, como nos detalhes dos monstros e dos cenários.

The Witcher 3 no PS5: vale a pena?

The Witcher 3 no PS5 é um dos melhores jogos do ano. A atualização, gratuita tanto para os donos da mídia de PS4, trouxe novos ares muito bem implementados para o título. As adições agradam pelo nível de configuração, aprimoram os sistemas, ajustam o ritmo da jogabilidade e garantem uma experiência singular nas plataformas da atual geração.

Sem dúvidas, vale muito a pena jogar pela primeira vez ou rejogar a aventura inteira no PlayStation 5. Não importa se já é um fã de longa data ou um novato: se você gosta do gênero RPG com uma ótima história, consequências com base nas escolhas feitas no gameplay, opções de builds, personagens cativantes e uma jogabilidade que equilibra a diversão e o desafio, então The Witcher 3: Wild Hunt é um game obrigatório na sua biblioteca.

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O bruxo e a Bubônica. Fonte: Modo Foto/Raphael Batista.

Livre de bugs, com uma história base de 50 horas + expansões tão boas quanto o título principal e novidades que funcionam perfeitamente, The Witcher 3 no PS5 coroa os fãs que se apaixonaram pelo game há sete anos. O upgrade gratuito é o presente final da CD Projekt RED para o jogo que, agora, chega ao seu máximo potencial e se consagra novamente como um dos melhores do ano.

Veredito

The Witcher 3: Wild Hunt
The Witcher 3: Wild Hunt

Sistema: PlayStation 5

Desenvolvedor: CD Projekt RED

Jogadores: 1

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95 Ranking geral de 100
Vantagens
  • Modo Desempenho e Ray Tracing com propostas diferentes
  • Várias novidades de configuração e liberdade na personalização
  • Upgrade completamente gratuito
  • Versão definitiva para os fãs e novatos
  • Um RPG que ainda cativa pela história, universo e gameplay
  • Mais do que só um "pack de remasterização"
  • SSD do PS5 impressiona com o carregamento veloz
Desvantagens
  • Modo Foto limitado
  • Modo Desempenho possui gráficos muito simples
Raphael Batista
Raphael Batista
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Formado em Teologia e apaixonado por PlayStation desde sempre. Jogos preferidos são The Witcher 3, Metal Gear Solid, God of War e Marvel's Spider-Man.