Taiko no Tatsujin: Rhythm Festival: vale a pena?
Jogo de ritmo com tambores traz a cultura japonesa para o PS5, embalando o gameplay com sucessos do mundo pop e geek
Imagina se você fosse fã de animes e criasse um Guitar Hero só com músicas famosas do Japão. Taiko no Tatsujin: Rhythm Festival é exatamente isso, porém no lugar da guitarra, os jogadores utilizam um Taiko, uma espécie de tambor, para acertar o tempo das batidas e conquistar pontos.
A Bandai Namco nos ofereceu acesso antecipado a Taiko no Tatsujin: Rhythm Festival e podemos adiantar que, caso seja fã de animes ou acompanhe minimamente a cultura japonesa, encontrará uma playlist recheada de ótimas opções. Mesmo sendo um país do outro lado do mundo, o ritmo é mundial, e o game de PS5 promete!
O que é Taiko no Tatsujin: Rhythm Festival?
Taiko no Tatsujin: Rhythm Festival leva os jogadores a Omiko City, um universo vibrante onde a música é o coração da diversão.
Ao lado de Don-chan, nosso Taiko com expressões faciais e falas, e seu novo amigo Kumo-kyun, o objetivo é simples: dominar a arte do Taiko. Com uma seleção diversificada de músicas e modos de jogo, o título é fácil de entender e rápido para entrar na jogatina.
O grande trunfo aqui é seu gameplay envolvente e acessível. Com cerca de 70 músicas iniciais que incluem temas de anime, VOCALOID, músicas de jogos e pop, o título oferece variedade que agrada tanto fãs casuais quanto veteranos do ritmo.
Entre as faixas, destacam-se sucessos como aberturas de animes famosos aqui no Brasil como Dragon Ball, Demon Slayer e muitos outros. Jogos como Monster Hunter também tem um espacinho para a batucada.
O jogo oferece quatro modos de dificuldade, permitindo que jogadores de todos os níveis desfrutem da experiência sem frustrações. Esse recurso torna o game fácil de recomendar para qualquer público, especialmente pela simplicidade de jogar com controles adaptáveis que permitem personalizar a configuração para maior conforto.
O DualSense fica dividido em dois setores para as batidas Don e Kan. No Don, as notas vermelhas, você pode apertar até quatro botões para acionar os comandos. Para o Ka, as batidas azuis, outro conjunto é acionado. Basicamente, o Don é uma batida no centro do Taiko, enquanto o Ka é na parte exterior.
As canções apresentam variações de Don e Ka. Às vezes é necessário apertar dois botões ao mesmo tempo para sair uma batucada mais forte, enquanto em outras é necessário pressioná-los por mais tempo visando dar aquela animada na música.
Seguindo o ritmo do jogador, Taiko no Tatsujin: Rhythm Festival fica ainda mais animado quando se acertam as notas ao longo da jogatina. Há uma barra de Clear no canto superior direito ao longo da execução das faixas e, conforme ela se preenche, dançarinos fantasiados invadem a tela e se juntam à dança.
Obviamente, essa missão de chegar ao “Clear” fica mais complicada de acordo com a dificuldade. Se você erra as batidas em um nível mais baixo, chegar até o fim da faixa não é tão difícil. Porém, caso esteja querendo demonstrar ser um mestre do Taiko, o jogo pune qualquer erro, diminuindo bastante a barra quando se perdem as notas.
Se aventurar no “modo campanha”, que apenas nos leva por um tour com Don-chan em diversos locais com um pretexto bem “bobo” para ele ir tocar com mais pessoas, ou jogar no modo básico offline, rende muitas moedas. Você acumula mais delas ao batucar nos níveis mais desafiadores, é claro.
Com essas moedas, é possível comprar os conjuntos de personalização para o Don-chan na loja. Depois, através do menu principal, você acessa a casa do tamborzinho e edita toda a sua aparência e o seu cartão de jogador, apresentado em partidas online.
Esses elementos deixam claro que o player é o dono da festa em Taiko no Tatsujin: Rhythm Festival.
Isso sem falar na constante interação do Don-chan. O pequeno tambor é outra atração a parte e é totalmente personalizável. É possível vesti-lo com roupas temáticas, trocar sua cor, deixá-lo como bonecos de franquias como Megaman, Sonic e Persona ao lado. Enfim, baita acerto para quem gosta de demonstrar sua paixão por esses jogos.
Para o multiplayer, Taiko no Tatsujin: Rhythm Festival oferece opções divertidas, como o Great Drum Toy War, onde os jogadores competem em batalhas musicais usando brinquedos para vencer o oponente.
O suporte online permite tanto confrontos ranqueados com jogadores do mundo todo quanto partidas casuais com amigos, com aquele clássico método de criação de salas visto em Dragon Ball: Sparking! Zero e em outros jogos da Bandai Namco.
O pacote completo é interessante de se observar no final das contas, mas Taiko no Tatsujin: Rhythm Festival não é perfeito!
Taiko no Tatsujin: Rhythm Festival perde algumas batidas…
A diversão aparenta ser limitada quando jogada apenas com o controle padrão, sem o acessório de tambor característico.
A experiência com o tambor (vendido separadamente e presente em máquinas do jogo no Japão) deve deixar a proposta ainda mais completa. Em determinadas músicas, usar somente os botões do DualSense para atingir altos resultados é uma tarefa ingrata — e deixa de ser imersiva devido à alta dificuldade.
No Mercado Livre, só há opções de comprar o tambor para o Nintendo Switch, sem menções ao PS5.
Só para matar qualquer possível curiosidade, o acessório custa em torno de R$ 220. Sabe quando você toca “Through the Fire and Flames” (Guitar Hero III) no controle, se sai bem, mas sente que a guitarra te deixaria com uma pontuação maior? A sensação é a mesma. Taiko no Tatsujin: Rhythm Festival pede esse tambor!
Além disso, citamos boas músicas que são famosas em nosso território, mas existem diversas outras. “Stay With Me”, de Miki Matsubara, é uma delas. Há outras grandes músicas do mundo pop por lá, mas a grande maioria não estourou a bolha e marca mais presença no Japão mesmo.
Outras opções são trilhas dos filmes de Makoto Shinkai, como Your Name e O Tempo Com Você (Weathering With You). Aberturas famosas de animes como Dragon Ball Super e One Piece também dão as caras, assim como versões em inglês e japonês de Moana e Frozen, sucessos da Disney. No entanto, há uma parte chata nisso…
O Taiko Music Pass, uma assinatura que oferece acesso a mais de 700 músicas adicionais, é necessário para acessar essas músicas mais famosas. Parte delas pode ser comprada separadamente na PS Store ou em pacote por preços a partir de R$ 21,50 — o mesmo valor cobrado por um mês do passe.
Esse é um atrativo para quem busca longevidade no game, com novas faixas lançadas mensalmente. No entanto, a presença constante de microtransações pode incomodar, especialmente pelo custo das músicas famosas vendidas separadamente, o que pode parecer uma estratégia agressiva de monetização.
Além disso, o suporte para PT-BR não existe. Os menus se encontram em inglês e alguns troféus estão em japonês. Você cumpre uns objetivos sem saber e eles pipocam na tela — só aceita.
Taiko no Tatsujin: Rhythm Festival: vale a pena?
Vale, sim! Taiko no Tatsujin: Rhythm Festival custa R$ 249,50 na PS Store e é um jogo divertido e viciante que brilha em sua simplicidade e ampla seleção de músicas.
No entanto, a forte presença de microtransações e a dependência de um acessório específico para uma experiência completa podem afastar parte do público.
Lembrando também que essa pode não ser uma experiência legal para todos. É claramente um jogo feito para os japoneses e para quem gosta de tocar Taiko: as músicas não são tão marcantes em nossa cultura. Mesmo assim, isso não tira o brilho do game rítmico.
Veredito
Taiko no Tatsujin: Rhythm Festival
Sistema: PlayStation 5
Desenvolvedor: Bandai Namco Amusement Lab Inc.
Jogadores: 1-2
Comprar com DescontoVantagens
- Divertido, cheio de ritmo e vibrante
- Sistema de jogo fácil de entender e com opções de dificuldade
- Boa escolha para quem gosta de animes e da cultura japonesa
- Personalizações do Don-chan são legais de serem feitas
- O jogo te recompensa quando você manda bem, fazendo você querer se divertir mais tempo
Desvantagens
- O jogo pode passar a imagem de que precisa de um acessório adicional
- Muitas microtransações