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Sushi Ben: vale a pena?

Carismático, divertido e muito agradável, Sushi Ben é ideal para quem quer desligar a mente um pouco

por André Custodio
Sushi Ben: vale a pena?

Disponível no Meta Quest desde outubro de 2023, Sushi Ben finalmente chega ao PS VR2. O relaxante título de culinária e narrativa no litoral fica disponível em sua melhor versão, agora com suporte aos recursos do headset do PS5 e conteúdos para acalmar a mente.

Focado em história, o game leva os jogadores para uma pequena cidade japonesa e se banha no estilo mangá para introduzir visuais extremamente carismáticos. E mesmo com ressalvas, o projeto da Big Brane Studios mantém seu bom humor e leveza do início ao fim.

Bom, mas jogo hoje em dia é caro, não? Então tenho certeza que você quer saber logo se vale a pena investir neste novo game para o PS VR2. Confira abaixo tudo sobre Sushi Ben, nova aventura escrita por Hato Moa, de Hatoful Boyfriend:

O restaurante de sushi está em perigo

Após seu pai deixar a cidade, Ben precisa conduzir não apenas a cozinha do Daruma-Zushi, mas a administração. Receoso por trabalhar sozinho e pouco confiante em seu talento, ele decide fechar a loja ao perceber que seria incapaz de tocar os negócios.

Certo dia, um estrangeiro bate a porta do estabelecimento e surge como a última esperança. Determinado a ser um herói para a cidade, ele trabalha arduamente para levar clientes e fazer os outros habitantes darem forças a Ben.

sushi ben
Fonte: André Custodio

Enquanto isso, uma corporação maligna trabalha nos bastidores para falir de vez a cidade litorânea e transformá-la em um ponto turístico focado inteiramente no lucro, não no bem-estar social. Mas o visitante fará de tudo para impedir o sucesso dos vilões.

Sushi Ben é um título narrativo de aventura em realidade virtual. Com pouco mais de 3h de campanha, ele introduz um mapa semi-aberto com diversos pontos de interesse; cada um referente a eventos específicos de histórias e às interações com NPCs.

Sushi Ben
Fonte: André Custodio

Seu objetivo é acompanhar o drama de todos os moradores enquanto eles buscam meios de terem sucesso com seus empreendimentos. Porém, tudo gira em torno da loja de sushi e na atração de uma clientela fiel como uma forma de garantir a alegria de Ben.

Com um amplo sistema de backtracking, Sushi Ben exige que os jogadores cumpram tarefas para obterem a confiança dos personagens secundários. Isso significa participar de diversos minigames, pescar a refeição favorita do solicitante e transformá-lo em um cliente.

Sushi Ben
Fonte: André Custodio

Além disso, o título possui uma pegada sobrenatural, resgatando elementos alegóricos inspirados na cultura oriental. Eles não são jogados de forma gratuita e se aproveitam de diversos ofícios dos personagens para ganharem vida.

Uma relaxante viagem à praia

Sushi Ben chama a atenção por ser uma experiência bastante contemplativa. Mesmo com muitos diálogos, animações e seleção de respostas (que pouco impactam), o jogo traz um equilíbrio satisfatório através de um gameplay versátil e divertido.

Os cenários no estilo anime são muito bonitos e se destacam pela estética inspiradora. Livrarias antigas, templos, florestas, fazendas e zonas costeiras são apenas algumas horas que os jogadores encontrarão — tudo com ciclo de dia e noite e liberdade de exploração.

Sushi Ben
Fonte: André Custodio

Os recursos de acessibilidade implementados pela Big Brane Studios também permitem que o jogo seja aproveitado em seu próprio ritmo. Eles incluem opções de movimentação, ajustes de altura, sensibilidade na rotação e muitas outras funções.

A viagem à praia em Sushi Ben também permite que os jogadores realizem muitas atividades paralelas. Pingue-pongue, arco e flecha, captura de insetos, pescaria e outras se aproveitam com excelência dos recursos dos controles Sense.

Sushi Ben
Fonte: André Custodio

Esses minigames trazem um ar a mais de descompromisso, mas no bom sentido. Não há punições ou modos de dificuldade para eles e todas as suas interações são bem intuitivas, mesmo com algumas inconsistências em relação ao toque e pegada de objetos.

Sushi Ben não perde a essência exagerada e introduz personagens bastante estereotipados, mas sem deixar de lado o fundo narrativo de cada um. Infelizmente, a ausência de legendas em português do Brasil fazem alguns detalhes serem facilmente ignorados.

Sushi Ben
Fonte: André Custodio

Mas mesmo essa falha é bem contornada. O game possui uma ferramenta de logs, com todos os diálogos mais recentes aparecendo em uma tela do menu. Assim, caso você fique perdido, basta seguir o botão do relógio ou acessar as últimas linhas de falas.

Quanto ao endgame, o título peca um pouco. Há muitas atividades paralelas na campanha principal e elas poderia estar disponíveis após os créditos finais rolarem. Porém, as únicas possibilidades são pescar, tirar fotos e usar a rede de captura — até os NPCs somem.

Sushi Ben: vale a pena?

Sushi Ben é tudo que os fãs mais casuais esperam de um jogo em realidade virtual: leve, relaxante, engraçado e divertido. Mesmo com uma campanha curta, as mecânicas são bem aproveitadas e coexistem em uma narrativa de simples compreensão.

Alguns recursos interativos com objetos poderiam ser melhorados, especialmente no “combate” contra os espíritos malignos, mas nada que um pouco de paciência não resolva. No geral, é uma aventura única e visualmente atraente.

Na PS Store, Sushi Ben custa apenas R$ 84,90 e possui nota máxima. A experiência oriental é bastante recomendada e certamente deixará jogadores mais sensíveis emocionados, seja pela sua narrativa ou pela capacidade de “desligar” a mente.

Veredito

Sushi Ben
Sushi Ben

Sistema: PlayStation VR2

Desenvolvedor: Big Brane Studios

Jogadores: 1

Comprar com Desconto
81 Ranking geral de 100
Vantagens
  • Gameplay relaxante
  • Estética no estilo mangá bem realizada
  • Minigames com bom aproveitamento da física em RV
  • Narrativa bem conduzida e simples de compreender
  • Muitos recursos de acessibilidade
  • Ótima integração com os recursos do PS VR2
Desvantagens
  • Ausência de textos em PT-BR faz muita diferença
  • Inconsistências em algumas ações interativas
  • Poderia haver mais conteúdos endgame
André Custodio
André Custodio
Redator
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Jogando agora: Diablo IV, Sprawl, Trombone
Fã de jogos de terror e desbravador de soulslike vez ou outra. Consegui me livrar de FIFA por motivos pessoais (ruindade) e hoje me sinto uma pessoa melhor. Também curto platinas, mas não vou atrás de algo que me tira do sério.