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Resident Evil Resistance: vale a pena?

Complemento de Resident Evil 3, game até diverte, mas não deve manter os fãs engajados por muito tempo

por Thiago Barros
Resident Evil Resistance: vale a pena?

Resident Evil Resistance trará à tona seus melhores e piores instintos.

Se você estiver jogando como sobrevivente, precisará de inteligência, velocidade e comunicação para se livrar do que parecem “Escape Rooms” temáticas infestadas por zumbis e outros inimigos de Resident Evil.

Por outro lado, quando assumir o papel de Mastermind, terá que ser frio, calculista e levemente sádico para conseguir posicionar mais obstáculos no caminho de quem está tentando sair das salas. Não é preciso nem matá-los, só impedi-los de fugir.

Sem dúvidas, é uma experiência válida e divertida, uma adição bem-vinda à série da Capcom. Porém, não passa disso: um passatempo, sem grandes inovações e que possivelmente não irá prender os jogadores por muito tempo.

O básico de Resident Evil Resistance

A premissa é simples. Você está em um laboratório de testes da Umbrella, e pode escolher participar do projeto das duas formas citadas acima. O grupo de sobreviventes pode ser composto por até quatro jogadores – seja online ou com BOTs. O Mastermind é um só – como uma espécie de Jogos Mortais.

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Resident Evil Resistance tem uma premissa interessante (Reprodução/Thiago Barros)

Essa “Mente Superior” controla o cenário. Ele escolhe o local onde a experiência ocorre e pode customizar cartinhas com boosters para implementar durante a jogatina. Nessas cartas, há armas, tipos de zumbis e um boss. Tudo inspirado em Resident Evil. E o legal é que, além de colocar zumbis no jogo, você também pode controlá-los.

Para isso, é preciso navegar pelas câmeras instaladas no local. Você observa onde estão os sobreviventes e seus possíveis caminhos para deixar as salas e aí precisa colocar os obstáculos de forma estratégica. Por exemplo, é possível armar uma armadilha para os pés, que os jogadores provavelmente não irão perceber se estiverem correndo. Aí você solta um zumbi logo depois e pronto: pegou!

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E aí, vai jogar como Mastermind ou sobrevivente primeiro? (Reprodução/Thiago Barros)

Do outro lado, entre os sobreviventes, é possível escolher entre alguns personagens já pré-definidos. Todos são desconhecidos e têm as próprias características de gameplay; como tanque ou suporte, por exemplo. Armas e habilidades também são próprios – apesar de eles poderem pegar loot no cenário e/ou comprar itens em baús da Umbrella.

A dificuldade de jogar dessa forma é muito maior – especialmente se você não estiver em uma party com as outras pessoas. Depois de um tempo, é provável que muita coisa fique mais fácil, porque não são tantos cenários assim e, possivelmente, será possível já gravar algumas possíveis ações que dão certo. Por agora, porém, é uma tarefa complicada escapar.

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Elenco de sobreviventes é bem genérico (Reprodução/Thiago Barros)

Quando começa a aventura, são cinco minutos no relógio. Para os quatro fugirem ou para o mestre deixá-los presos para sempre. Com o passar do tempo e conforme os objetivos forem realizados, é possível que o tempo aumente ou diminua, tornando a jogatina ainda mais dinâmica (e imprevisível).

De graça até…

A premissa de Resident Evil Resistance é interessante, e a experiência é até bacana, mas não cativa. É muito parecido com outros jogos existentes há algum tempo no mercado, como Dead By Daylight. A temática de RE, claro, dá um ar de novidade, e ele tem suas próprias particularidades, porém não parece o bastante para prender alguém por muito tempo.

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Jogo pode divertir, mas só por um tempo (Reprodução/Thiago Barros)

Será um passatempo bacana para quando você quiser brincar com os amigos, nada além disso. É exatamente como o próprio Dead By Daylight. Quantas pessoas você conhece que jogam direto? Mas, claro, é preciso sempre lembrar que esse é um jogo gratuito, dado pela Capcom a quem adquire RE3. Ou seja, é para se ter algo além da campanha (extremamente curta) protagonizada por Jill Valentine.

Se você tivesse que pagar por Resident Evil Resistance, nossa recomendação seria para não fazê-lo. Entretanto, ele é um conteúdo bônus, que pode até te garantir uma diversãozinha vez ou outra, então não dá para reclamar muito. Poderia ser melhor, trazendo o elenco de RE todo, não somente alguns vilões, ou até um modo de criar personagem, além de propor inovações na jogabilidade.

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Tela final de cada jogo é assim (Reprodução/Thiago Barros)

Porém, ele possui gráficos bem trabalhados, soluções interessantes para o estilo de jogo abordado e jogar não é difícil. Qualquer um pega o jeito fácil. A grande questão nos testes feitos pelo MeuPlayStation é que não foi possível testá-lo, de fato, online – já que o review foi feito dias antes de o jogo ser lançado. Ou seja, é preciso ficar atento à conectividade – ainda mais após o adiamento do beta aberto.

Mas, afinal, vale a pena ou não? Bom, não vá para ele com altas expectativas e nem achando que será um multiplayer cheio de opções, com vários modos. Tenha em mente que é um plus. Para você espairecer. Se divertir com os amigos. Com essa mentalidade, será fácil curtir. RE Resistance é um jogo mediano. Nem péssimo, nem ótimo. OK. Na média. E, pelo menos, é 0800.

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Resistance propõe uma experiência interessante (Reprodução/Thiago Barros)

Afinal, no fim das contas, é como diria o famoso Didi Mocó Sonrisal Colesterol Novalgina Mufumbo: de graça, até injeção na testa.

Veredito

Resident Evil Resistance
Resident Evil Resistance

Sistema: PS4

Desenvolvedor: Capcom

Jogadores: 1-5

Comprar com Desconto
70 Ranking geral de 100
Vantagens
  • Elementos bacanas de Resident Evil
  • Variação entre Mastermind e Sobrevivente
  • Pode ser bem divertido jogar com amigos
Desvantagens
  • Fórmula já conhecida de outros jogos
  • Personagens já pré-definidos e desconhecidos
Thiago Barros
Thiago Barros
Editor-Chefe
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Jogando agora: Silent Hill 2
Jornalista, teve PS1, pulou o 2, voltou no 3 e agora tem o 4, o 5 e até o PSVR. Acha God of War III o melhor jogo da história do PlayStation.