Monster Jam Showdown: vale a pena?
Descompromissado, jogo é mais um Tony Hawk de carros do que um The Crew
Monster Jam Showdown traz aos videogames o esporte radical onde carros fazem muitas manobras — e consequentemente aumentam a adrenalina dos pilotos de plantão. Os jogadores encontram uma experiência de gameplay livre para correr e literalmente “dar seu show” com muitas manobras e destruição.
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Passamos algumas longas horas aproveitando esse estilo freestyle de jogabilidade combinado com os gráficos de última geração do PS5 e o resultado é interessante. Fazendo bom uso do DualSense, o game até entraria naquela categoria de arcades como The Crew Motorfest, porém, ele está mais para um Tony Hawk’s motorizado.
Monster Jam Showdown é entrar e jogar, sem enrolação
A Milestone, desenvolvedora de Monster Jam Showdown, deixa claro qual é a intenção do jogo logo nos primeiros minutos: aqui é para jogar e deixar o seu carro em pedaços na pista — não espere uma história, background ou motivo para isso. Você simplesmente escolhe se quer cumprir uma tour ou ir para o multiplayer.
Com menus e legendas em PT-BR, o jogo não tem dublagem para nosso idioma, até porque, os eventos de carros monstros não fazem parte da nossa cultura, então, a narração não traria mais imersão à proposta. Por outro lado, para quem vive essa modalidade, o jogo é um prato cheio.
Monster Jam Showdown tem quatro dificuldades que levam em conta o quão bom você pode ser controlando o carro. Aqui, não é apenas apertar R2 e sair sendo feliz, não. Do nível fácil ao difícil, o piloto escolhe se quer algo mais arcade e “solto” ou a alternativa mais divertida, porém com as complexidades de um veículo real.
O que seriam essas complexidades? Os carros de Monster Jam Showdown têm tração e CONTROLE nas quatro rodas. Nos níveis mais fáceis, você derrapa menos e não precisa se preocupar com muitos detalhes, já nos mais elevados, sua missão fica um pouco mais complicada lidando com os dois eixos.
Afinal de contas, seu desempenho depende do quanto você entende de controlar um carro, onde é possível apenas dobrar as rodas traseiras e fazer as quatro se ordenarem ao mesmo tempo. Complicado, mas divertido. No analógico esquerdo, o jogador domina as quatro, no direito, apenas as traseiras.
Esse controle define se a picape monstra sairá de forma leve nas curvas ou se a apresentação virá com um drift estiloso. O analógico direito também tem grande impacto nas manobras — os famosos “stunts” no sistema de Monster Jam Showdown — fazendo o carro girar no ar como se fosse um skate, bem Tony Hawk’s mesmo.
E falando nas diferenças dos games de corrida arcade para o título analisado em questão, aqui a coisa é ainda mais direta. Em The Crew, por exemplo, você navega em um mundo aberto, aqui, você apenas escolhe a fase, joga, e se retira de volta para o menu.
Além disso, a proposta é muito mais “solta” em Monster Jam Showdown em quesitos técnicos de dirigibilidade. Por esse motivo ressaltamos acima: ele é arcade, ele é de corrida, mas The Crew Motorfest não brinca com as físicas e com as manobras dessa forma.
Continuando por esse lado, o gameplay de Monster Jam Showdown impressiona, entretanto, não espere muito realismo no meio da jogabilidade.
Dito isso, aqui está uma das falhas do jogo. Ser um jogo mais arcade e “descompromissado” tem seu lado ruim e isso pega muito na física não ser tão bem calibrada. Qualquer encontro dos veículos nas pistas ou ao colidir com elementos soltos gera piruetas desnecessárias e surreais.
Isso prejudica no cumprimento das missões e desvaloriza até as próprias manobras feitas na hora certa. Ter um desvio ou outro acontece, agora, sempre sofrer os rodopios ou derrapadas desnecessárias nas partidas é um desequilíbrio das mecânicas.
Sem falar nos modos de jogo, que nos primeiros momentos podem parecer muito confusos. As ideias mixadas na proposta são bem executadas, porém, nem tudo deveria ser tão linear dentro dos mapas se o objetivo principal não é concluir uma corrida e sim colecionar etiquetas dentro de um tempo máximo.
Somando essa desvalorização das manobras com os modos de jogo não tão bem explicados, o jogo fica repetitivo em diversos momentos. Afinal de contas, é apenas acelerar e quebrar tudo, mas isso não é o suficiente para ficar por horas jogando, seja offline ou online.
Monster Jam Showdown tira proveito do PS5
Encontrar um jogo que consiga usar o DualSense de maneira imersiva sem que ele venha com o símbolo da PlayStation Studios é raro, mas acontece. Monster Jam Showdown é um deles.
Acelerar com o R2 gera resistência no gatilho e arrastar sua picape monstro com os analógicos produz outros efeitos sonoros interessantes. Isso ajuda os jogadores a se sentirem parte da ação, mesmo sendo adições pequenas.
Outra coisa a ser destacada no PS5 é a qualidade dos efeitos de destruição e de ambiente. As partículas na tela quando voam peças de metal ou poeira das pistas são realistas, mesmo com a crítica ao sistema de colisão dado acima, esses detalhes chamam atenção de forma positiva.
Além disso, outro recurso que merece elogios é o modo foto, responsável pela maioria dos registros colocados nessa análise. Há como colocar filtros, processar a imagem de uma melhor forma e ativá-lo no meio dos replays, fornecidos logo após o encerramento das partidas.
Monster Jam Showdown: vale a pena?
Se você curte esse estilo de picapes monstras e quer uma proposta com alta qualidade gráfica na biblioteca, Monster Jam Showdown é perfeito! Apesar dos problemas de colisão, o jogo no geral é bem divertido e possui conteúdo para te manter entretido por boas horas.
Por outro lado, se você gosta de corridas arcades, mas com maior foco na disputa ao invés de um modelo mais freestyle, talvez outros jogos te atendam melhor. Pode não parecer, mas essa abordagem de carros mais pesados com manobra tem um nicho específico no gênero de pilotagem.
Veredito
Monster Jam Showdown
Sistema: PlayStation 5
Desenvolvedor: Milestone S.r.l.
Jogadores: 1
Comprar com DescontoVantagens
- Divertido e muito interessante para quem gosta de disputas de "veículos monstros"
- Ótimo desempenho no PS5 e bom uso do DualSense
- Nada de narrativa: a proposta é vá jogar e quebrar tudo
- Belos detalhes nas peças voando e no ambiente durante o gameplay
Desvantagens
- Colisões com físicas exageradas demais
- Repetitivo