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Elsie: vale a pena?

História simples e gameplay profundo embalam a proposta que tem qualidade para se destacar no gênero roguelike

por Jean Azevedo
Elsie: vale a pena?

Todos os anos saem diversos jogos do gênero roguelike para tentar conquistar o público. Apesar de alguns deles apelarem para gráficos mais realistas, outros buscam a clássica abordagem dos games de plataforma, pixelados e com total foco no gameplay. Elsie é um deles e tem potencial para chamar a atenção de muitos.

A Knight Shift Games trouxe uma história interessante para servir de plano de fundo, ligando tudo isso a uma evolução notável na jogabilidade conforme avançamos nas missões. Tivemos a chance de nos divertirmos com esse título antecipadamente no PS5 — e podemos adiantar que foi uma experiência muito positiva!

Como começa a saga de Elsie?

A história do jogo gira em torno do Núcleo Cintilante, uma poderosa fonte de energia que os Guardiões usam para controlar os elementos. No entanto, uma nova ameaça surge quando os Guardiões desaparecem, deixando Ekis vulnerável a desastres naturais e ataques robóticos.

Elsie doutora
(Fonte: Jean/MeuPS)

Dra. Grey, em meio ao caos crescente, cria Elsie, a última esperança de Ekis. Com habilidades superiores, Elsie tem a missão de localizar os Guardiões desaparecidos e restaurar a paz no planeta. A história é simples, mas serve como um bom pano de fundo para a ação frenética do jogo — que é o principal destaque por aqui!

Acabou a historinha? Vamos de gameplay!

Elsie é um roguelike de plataforma que se destaca por sua velocidade intensa e fases geradas proceduralmente. O jogador enfrenta hordas de inimigos robóticos, utilizando uma grande variedade de armas tecnológicas e mágicas. A cada nova sessão, os desafios se renovam, mantendo o jogo sempre dinâmico.

Sua jornada começa em um cais, todo abandonado e cheio de áreas para serem construídas bases de aprimoramento. Esse lugar vai ficando bastante povoado e cheio de recursos conforme avançamos na narrativa, desbloqueando opções de melhorias permanentes e outras interações importantíssimas.

Nesse cais, há uma porta que te leva para onde toda a ação acontece. Ali, começa sua busca pelos Guardiões.

O combate em Elsie é fluido e exige precisão. A base dele é de plataforma, mas, na prática, a tela vira o famoso bullet hell, com diversos projéteis levando perigo à protagonista. As fases se iniciam com uma arma de disparos simples e alcance limitado, porém, conforme você avança e junta pontos, sobe de nível.

Ao subir de nível, o jogo te oferece diversas opções de upgrade. Há algumas que deixam suas balas com efeito ricochete, outras com maior dano crítico. Existem também as alternativas mais estratégicas, focando no ganho de pontos de vida e energia.

Elsie
(Fonte: Jean/MeuPS)

Falando na energia, esse é o recurso que domina suas ações dentro do gameplay em Elsie. Se sua barra está cheia, é possível mandar bala, usar dashes e performar outras skills. Porém, quando você executa um desses comandos, ela gradualmente diminui e se recupera com o tempo.

Se sua energia está cheia e você quer mandar bala, por exemplo, os projéteis vão mais longe e saem do cano da pistola de forma mais ágil. Se a barra estiver vazia, eles saem com uma menor frequência e bem mais lentas que o normal. Resumindo, energia é tudo para se dar bem e a estratégia passa pelo bom uso dela.

A capacidade de aparar golpes e desviar de projéteis, junto das interações de pulo em cima de objetos, deixam tudo mais dinâmico. Ao lado das fases procedurais e com tutoriais interessantes antes de derrotar o primeiro chefão do jogo te preparam para tudo. 

Claro, nem tudo é perfeito. Você não vai rushar o jogo do início ao fim logo na primeira tentativa e precisa falhar para tudo funcionar como deve. Longe de ser um defeito, afinal de contas, é um roguelike, então, a morte em Elsie não é o fim, mas parte essencial da jogabilidade. 

Elsie
(Fonte: Jean/MeuPS)

Cada volta ao cais, depois de falhar na missão, te traz novas possibilidades. Os NPCs resgatados pelo caminho aparecem na região inicial e começam a construir — bastante — abrindo lojas. Nesses estabelecimentos, Elsie fica ainda mais potente.

Com isso, repete-se o ciclo. Escape de uma sequência de tiros, abata um chefão, conquiste uma nova habilidade, falhe, volte do início sabendo como você tem que proceder. Como dizem algumas pessoas super positivas na vida, o mais legal é a jornada. Em Elsie pelo menos, o cenário pixelado é um ponto super positivo.

As áreas de Ekis são um espetáculo visual, com biomas coloridos e variados. A criação procedural de cada fase garante que o jogador sempre encontre algo novo a cada sessão. Isso mantém a sensação de exploração viva e reforça o desejo de continuar jogando.

Falando em algo “fresco” toda vez que se entra em uma fase, os criadores de Elsie deram uma caprichada em termos de gameplay com um segundo personagem jogável. O jogo também apresenta Andru, especialista no combate corpo a corpo, com aprimoramentos e habilidades exclusivas.

A vontade de entrar na porta pelo cais só aumenta conforme a androide fica mais forte e a história se desenrola. Não é preciso se atentar muito aos detalhes da trama para entender o que acontecerá. 

Longe de ser previsível, mas a experiência foi mais construída para o gameplay mesmo, então, é curtir essa viagem e os momentos épicos que ela proporciona. Falando neles, precisamos elogiar a construção dos chefões.

Os confrontos com chefes em Elsie são estratégicos, profundos e exigem atenção total do jogador. Cada boss possui padrões de ataque únicos que devem ser memorizados para garantir a vitória. E o melhor de tudo, cada um deles tem um forte impacto no desenrolar da trama para entendermos o que de fato aconteceu em Ekis.

De maneira geral, o gameplay é de alto nível. A história acompanha, sim. Não é esquecível e até empolga, mas a jogabilidade acaba se tornando a principal estrela. O estilo artístico escolhido também é muito agradável, tornando Elsie uma experiência amável e imersiva, que não te deixa enjoar após horas de gameplay.

Onde Elsie deixou a desejar?

Sentimos muito a falta de poder disparar projéteis para cima e para baixo. Não contar com essa função base pode ser considerado um “vacilo”. O combate é bem fechado, com mecânicas que funcionam perfeitamente, entretanto, essa opção se fazia necessária, sim.

Junto disso, Elsie de fato funciona melhor no direcional do DualSense. Os comandos exatos não são bem executados como deveriam usando o analógico, principalmente em cenários onde os pulos especiais no “↓ + X” são a principal ferramenta para avançar nos territórios.

Elsie: vale a pena?

Com certeza. Um roguelike bem feito e cheio de opções de melhorias que não deixa o ritmo cair de jeito nenhum. Os jogadores podem esperar momentos onde os reflexos e aprendizados ao longo da jornada serão devidamente cobrados e uma progressão satisfatória que nos mantém interessados na história e na evolução de Elsie.

No momento da publicação desta análise, o jogo não conta com preço na PS Store brasileira, entretanto, vale colocá-lo na lista para esperar um descontinho, caso venha com um valor muito acima do padrão.

Veredito

Elsie
Elsie

Sistema: PlayStation 5

Desenvolvedor: Knight Shift Games

Jogadores: 1

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84 Ranking geral de 100
Vantagens
  • Gameplay capaz de nos deixar presos nesse universo por muito tempo
  • História básica e direta, mas que casa bem com a jogabilidade e é contada num bom ritmo
  • Responsivo e com muitas mecânicas interessantes
  • Design artístico não deixa a desejar em momento algum
  • Executa o que se espera de um roguelike de plataforma sem grandes problemas
Desvantagens
  • Comandos funcionam melhor no direcional do que no analógico
  • Não é possível atirar para cima e para baixo
Jean Azevedo
Jean Azevedo
Redator
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Jogando agora: EA Sports FC
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