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Dead Rising Deluxe Remaster: vale a pena?

Game entrega um playground pós-apocalíptico em sua melhor forma com muita diversão e galhofa

por Raphael Batista
Dead Rising Deluxe Remaster: vale a pena?

Galhofa. Não há outra palavra que defina melhor a experiência que Dead Rising Deluxe Remaster tem a oferecer. E o melhor de tudo: o game sabe muito bem disso. Sem compromisso algum com a seriedade, o título existe para uma diversão leve sem abrir mão de um gameplay equilibrado com uma boa variedade de combate.

A nova versão do jogo é uma oportunidade muito boa para quem deseja conhecer a franquia ou para quem sente saudade da aventura louca de Frank West. De um jeito ou de outro, o Deluxe Remaster apresenta a melhor versão do jogo que vale a pena estar na biblioteca de quem ama uma experiência de ação/aventura.

Prazer, Frank West, o babaca

Para quem não conhece a história de Dead Rising, o protagonista Frank West é um jornalista que faz de tudo por um furo de reportagem. Ele vai até a cidade de Willamete em busca de rumores sobre o Exército ter fechado as fronteiras e descobre que a cidade foi tomada por uma epidemia de mortos-vivos. Sua missão é descobrir o que aconteceu em 72 horas para pegar o voo de volta para casa.

O fator 72 horas não existe só para fins narrativos, mas implica na jogabilidade. O jogador precisa se organizar na exploração e em suas missões, pois até as missões principais podem falhar se o tempo exigido para elas não for respeitado. Por exemplo, às vezes é necessário encontrar uma pessoa até às 05h, mas se ela for achada às 05h20, então ela se perderá para sempre.

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Como jornalista, Frank vai em busca de respostas enquanto tenta sobreviver a todo custo. Fonte: Raphael Batista.

O caso é ainda mais grave para as quests principais. A missão de West é buscar a verdade e, caso não consiga a tempo, ele pode continuar sobrevivendo até o dia do seu retorno, mas sem o furo de reportagem, ou então retornar ao último ponto de salvamento. Assim como os jogos clássicos, é importante ter vários saves em diferentes momentos para evitar uma catástrofe de game over.

Mas não espere por nada grandioso. A campanha pode ser concluído entre 10h e 12h – se você se concentrar nas missões principais – e os mistérios são solucionados sem muitas reviravoltas ou grandes revelações, mesmo com finais diferentes. O enredo funciona como um plano de fundo para a verdadeira diversão: aniquilar os zumbis à torto e direito.

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O desafio é conciliar a quantidade de tarefas com o tempo para Frank fugir. Fonte: Raphael Batista.

Playground pós-apocalíptico

Frank West fica limitado ao shopping de Willamete que tem áreas externas, grandes lojas, parque de diversões, túneis subterrâneos e lugares escondidos. Em cada centímetro quadrado, os mortos-vivos caminham da forma clássica: devagar, meio burros, mas mortais. Alguns deles são especiais, como armados, enquanto outros carregam itens especiais.

A grande quantidade de monstros serve para o jogador se divertir da forma que desejar. Dá para pegar desde bancos de madeira até motosserras, carrinhos de supermercado até um peixe… simplesmente TUDO vira uma arma na mão de Frank, gerando momentos engraçados e um combate simples, mas divertido e relaxante.

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Na busca pela sobrevivência, Frank também ajuda o máximo de Sobreviventes. Fonte: Raphael Batista.

Por mais que haja uma multidão de mortos-vivos, eles não oferecem um perigo real para o herói. É fácil se esquivar deles ou exterminá-los. No entanto, o mesmo não pode ser dito dos Psicopatas, humanos que ficaram loucos diante do apocalipse. Cada um deles carrega armas especiais, movimentos únicos e possuem uma certa dificuldade elevada, exigindo o jogador a saber esquivar, atacar e se esconder.

Apesar de muitos acertos no gameplay, a remasterização pecou na modernização dos controles. Talvez com o intuito de preservar a experiência original, dá para perceber que a movimentação e certos comandos são transportados diretamente das gerações passadas, gerando um certo estranhamento. Não se trata do mapeamento dos comandos, até porque são personalizáveis, mas sim, de uma movimentação robótica e não natural.

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Os Psicopatas oferecem um desafio a mais para o game. Fonte: Raphael Batista.

Enquanto existe uma grande variedade nas formas de destruir os mortos-vivos, não há o mesmo leque de possibilidades de inimigos. Ao longo do jogo, aparecem três tipos de adversários principais e, um deles, só nas últimas horas do game. Então, não espere ver transformações grotescas ou monstros mais desafiadores, todos seguem um padrão que poderia ter sido melhor aproveitado.

O que o jogo não aposta na variedade, ele aposta na quantidade. Os cenários são recheados de mortos-vivos e até chega a ser satisfatório derrubar vários deles. No entanto, a RE Engine não consegue processar rapidamente os dados e, muitas vezes, fazem os bichos brotar do além, principalmente quando o jogador está usando um veículo e passando em alta velocidade pelas áreas.

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A RE Engine até suporta a grande quantidade de zumbis, mas falha em momentos de alta velocidade. Fonte: Raphael Batista.

Por que um Deluxe Remaster?

Dead Rising Deluxe Remaster é chamado assim porque seu visual foi aprimorado e novos conteúdos chegaram. Além da Campanha, há o Modo Estendido que se inicia a partir dos eventos finais e permite que o protagonista sobreviva mais tempo enquanto realiza outras tarefas, busca aumentar pontuações e se diverte na destruição dos zumbis.

Claro que o principal destaque é para os gráficos, mas a repaginada não é tão eficiente assim. Apesar dos cenários estarem muito em detalhados, o mesmo não pode ser dito para os personagens, principalmente os secundários. Em muitos momentos, a sensação que fica é de gráficos da geração passada.

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Tem horas que o visual não é nada bonito. Fonte: Raphael Batista.

É necessário pontuar que a dublagem brasileira sempre é excelente, mas no caso de Dead Rising Deluxe Remaster ela parece estar em um nível inferior. Muito possivelmente por causa da direção do jogo que segue essa pegada, mas que acaba gerando um estranhamento pela forma como as vozes se apresentam no jogo.

Vale a pena também mencionar que há uma série de melhorias de qualidade de vida, como a durabilidade de armas, novos sistemas de fotografias, possibilidades de diálogos com sobreviventes e muito mais. São pequenos ajustes, mas que vão somando pontos positivos e resultando numa experiência que aparenta ter sido criada para a geração atual.

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A opção de Avançar no Tempo permite se concentrar nas quests desejadas. Fonte: Raphael Batista.

Dead Rising Deluxe Remaster: vale a pena?

O título da Capcom é a máxima expressão de diversão. O jogador não precisa se preocupar com detalhes da história porque ela cumpre o seu papel: servir como um pano de fundo para a destruição caótica de mortos-vivos. Com desafios variados e muitas possibilidades de exploração, o título oferece mecânicas gostosas do início ao fim.

Não espere por uma experiência inventiva ou nada relacionado, mas tudo o que Dead Rising Deluxe Remaster se propõe a fazer, ele cumpre com excelência. Por isso, ele é, com certeza, um game recomendado para estar na sua biblioteca.

Veredito

Dead Rising Deluxe Remaster
Dead Rising Deluxe Remaster

Sistema: PlayStation 5

Desenvolvedor: Capcom

Jogadores: 1

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86 Ranking geral de 100
Vantagens
  • Diversão simples e divertida
  • Variedade de armas criativas
  • Dificuldade equilibrada
  • Galhofa que causa momentos hilários
  • Modos diferentes com diferentes conteúdos
  • Versão remaster com gráficos melhores e bônus de roupas
Desvantagens
  • Falta de diversificação dos desafios
  • Movimentação robótica
  • Visuais de personagens não são tão bonitos
Raphael Batista
Raphael Batista
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Jogando agora: Dragon Age: The Veilguard | LEGO Horizon Adventures
Formado em Teologia e apaixonado por PlayStation desde sempre. Jogos preferidos são The Witcher 3, Metal Gear Solid, God of War e Marvel's Spider-Man.