[Análise] Speed Brawl: Vale a Pena?

Speed Brawl não é o jogo que se esperava. O titulo da Double Stallion tem seus méritos. A jogabilidade é estranha, mas é mesclada com uma trilha sonora aceitável, multiplayer caótico e divertido, e gráficos ao estilo HQ medianos. No entanto, a proposta do jogo se perde em meio a uma execução pobre e controles bastante problemáticos.

A história também é um tanto estranha e desconexa, apesar de uma premissa até diferenciada. Você faz parte de um time que compete em uma liga que mistura batalhas e corrida contra o tempo. Seu objetivo é básico: sagrar-se campeão e reclamar seu prêmio. Com algumas ramificações e desvios básicos na narrativa, como era de se esperar.

Um bom título para adquirir quando houver uma promoção maneira.

Mas afina, que tipo de jogo é Speed Brawl?

Speed Brawl é, de acordo com a desenvolvedora, um jogo que mistura corridas e combate. No entanto, neste aspecto, ele é (ou ao menos tenta ser) um pouco mais profundo. O título possui elementos de RPG, como uma árvore de evolução de personagens e equipamentos que aumentam ou diminuem os status dos jogadores.

O jogador ainda pode adquirir prêmios ao vencer arenas (os campeonatos) em um determinado tempo limite e comprar/vender itens quando possível, visando montar sua build específica. Não que o jogo pregue reinventar a roda, mas algo mais elaborado neste aspecto seria bem vindo.

Nem vale a pena comentar sobre a narrativa do jogo, pois esta é quase inexistente. Diálogos simples, motivações toscas e conversas deprimentes fazem com que o jogador perca interesse quase instantaneamente no que acontece por detrás do panos. Ainda bem (ou não, como você pode ver abaixo), o foco do jogo é quase exclusivo no gameplay.

Mecânicas de jogabilidade

O jogo funciona assim: você entra em um campeonato e tem um tempo limite para completar as arenas no seu caminho. Derrotar inimigos sob certas condições e terminar as arenas em um determinado tempo-limite garantem bônus. Ao final, a soma dos três tempos será seu resultado final e sua classificação é dada com base nesse resultado.

Interessante, certo? Na verdade, não é bem assim. Esse esquema de “bater e correr” é uma ideia bacana até. Mas não é implementada como deveria. Você corre, depois bate, e depois torna a correr. Não há agregação orgânica dessas dinâmicas de jogabilidade, o que quebra a diversão cada vez que você precisa começar a bater (ou correr).

Fora que os controles não ajudam. Os personagens se movimentam de forma estranha. Como é necessário ser ágil nas lutas, o sistema de movimentação e conexão de golpes precisaria ser melhor trabalhado. Ao invés disso, você precisa encontrar uma boa posição e se concentrar mais em não errar o salto (ou ficar levitando por segundos a fio) que realmente os combates.

Pouca inovação

Speed Brawl oferece pouca inovação ao que já existe no mundo dos jogos. O sistema de evolução de personagens é algo já bastante batido, com uma árvore com técnicas e melhorias a serem desbloqueadas. Os itens de equipamento geralmente se limitam a botas, luvas e acessórios.

Claro, ver seu personagem ficar mais forte e abrir caminho pelas hordas de oponentes tem seu charme. Só que ele não dura o suficiente para fazer com que o jogo seja marcante de alguma forma.

No fim…

O título se mostra uma boa tentativa da desenvolvedora em mesclar estilos diferentes. Não que ele seja de todo ruim, isso merece ficar claro. Há sua dose de diversão, além do fato de ser possível jogar com outros amigos. Esta com certeza é a melhor parte do game. Provocar o caos e destruição cooperativamente, no sofá ou pela rede, é algo extremamente satisfatório.

Ainda há o bônus do troféu de platina, que demanda habilidade e um certo grau de sorte dos jogadores. Especialmente com controles tão estranhos e movimentação tão imprecisa.

No final. Speed Brawl se mostra uma opção muito boa a ser aproveitada quando surgir aquela promoção maneira na PSN, e para curtir com os amigos naquela tarde de sábado, sem coisa alguma para fazer.