Killzone Shadow Fall: Vale a pena?
Quando anunciado, Killzone Shadow Fall, chegaria como o principal título exclusivo da Sony para o lançamento do PlayStation 4. Uma tremenda responsabilidade que a Guerrilla Games resolveu aceitar.
O PS4 já chegou e com ele o esperado Killzone mas, será que o game cumpre o seu papel de mostrar o poder do novo console? Você confere agora nossa análise.
Gráficos e Visual
Geralmente começamos nossas análises pelas histórias e seus enredos. No entanto, não tem como não ficar impressionado com a qualidade gráfica de Shadow Fall.
O visual do título é de encher os olhos. Os efeitos de iluminação, principalmente nos cenários externos são magníficos. As sombras e os filtros estão todos muito bem definidos e detalhados.
As explosões mostram que o poder de processamento do PS4 é realmente alto. Assistir a partículas altamente detalhadas voarem para o alto são um convite para os tiros.
Os cenários também estão bastante diversificados, passando por florestas, subterrâneos, trilhos de trens, favelas e algumas explorações espaciais, que são bem chatas por sinal.
Nos momentos em que se pode assistir a cidade de Vekta, com todo seu esplendor, percebemos o quão bonito é a animação.
História e Enredo
A história de Shadow Fall começa 30 anos após o Killzone 3. Os Helghast perderam a guerra para os ISA e o planeta Helghan foi completamente destruído após um ataque nuclear.
Sem ter aonde alocar os sobreviventes, os ISA foram obrigados a construir um muro em Vekta, separando os vencedores dos vencidos. Uma gigantesca muralha na verdade. De um lado a Vekta próspera, rica e vencedora de outro os derrotados, favela, desprezo e pobreza. Os derrotados foram obviamente relegados a própria sorte.
A coexistencia entre ISA e Helghast é extremamente frágil em um nova guerra se aproxima após um ataque terrorista dos derrotados.
Você assume o controle de Lucas Kellan, um Shadow Marshall que tem como objetivo invadir as instalações dos inimigos e descobrir o que estão tramando. Ao longo da jornada Lucas encontra com outros aliados e aos poucos vai descobrindo como é sofrida a vidos dos derrotados.
O enredo de Killzone Shadow Fall é muito superficial e deixa muito a desejar quanto aos relacionamentos entre os personagens e sua história. Tem-se a sensação de que os produtores não se preocuparam em inserir um pouco de profundidade ao contexto.
Um componente que pode auxiliar são os arquivos de áudio. Durante a campanha, pode-se encontrar e ouvir relatos e histórias de diversos acontecimentos e como os sobreviventes lidaram com as guerras.
A versão brasileira do game está toda localizada para nosso idioma. Ajuda bastante a entender os acontecimentos. Mesmo sendo melhor que o trabalho realizado em KZ 3, Shadow Fall ainda conta com dublagens pouco incisivas e sem muita emoção. Mas, é um esforço da Sony que deve ser incentivado.
Jogabilidade
A Guerrilla Games implementou novos comandos a já madura jogabilidade dos FPS. O grande problema é justamos tentar incrementar mais comandos em um sistema que já era quase perfeito.
A adição de um companheiro de batalha, um drone de ataque e defesa, adiciona novos comandos ao genêro. O robozinho tem a função de auxiliar Lucas nas mais diversas ocasiões. E de fato ele é um auxílio muito bem vindo. Em certos momentos, o drone serve como um salvador, criando escudos de proteção ou mesmo injetando adrenalina no personagem, salvando-nos da quase inevitável morte.
Além de ajudar, o Owl é essencial para progredir em algumas partes. O robô tem a função de lançar uma tiroleza que serve para acessar áreas dos cenários.
Para controlar o drone é necessário utilizar o touchpad do DualShock 4, deslizando para os lados você seleciona o tipo de ação que deseja que seja realizado pelo Owl.
No começo da jornada, são muitos comandos a se realizar. Você utiliza os padrões de um FPS para atirar, lançar granadas, etc. Os digitais servem para outros adicionais como por exemplo, selecionar uma espécie de câmera lenta, pulso elétrico identificador de inimigos e mostrar objetivos. Some a isso os comandos do drone e certamente a confusão está lançada.
A jogabilidade não é falha, longe disso. Só adiciona novos recursos que exploram os novos recursos do DualShock 4. É necessário se acostumar com os novos comandos.
Um ponto falho da jogabilidade é que em alguns momentos da trama é necessário se locomover fora das naves, em missões externas espaciais. Controlar o Lucas em baixa gravidade é algo muito desmotivador. A Guerrilla Games bem que poderia ter pensado em um método mais intuitivo de se fazer estas missões.
Multiplayer
O modo multiplayer de Shadow Fall foi uma grata surpresa. Evoluiu bastante em relação ao KZ 3. Como o modo inclui bastante novidades resolvemos fazer uma análise em separado desse modo.
Confira análise do modo multiplayer AQUI
Vale ou não a pena?
Killzone Shadow Fall é um bom jogo contudo, não justifica a compra de um PlayStation 4. Um belíssimo visual e um intensivo multiplayer são os destaques da obra.
O grande ponto falho do game é seu enredo. Pouco envolvente, sem emoção e não motiva os jogadores a continuarem a explorar a história. A Guerrilla Games deveria ter focado um pouco mais no contexto do game. BioShock Infinite é um ótimo exemplo de shooter que possuí uma história memorável.