Testamos na BGS – FIFA 17

Um dos principais destaques do estande da Warner Bros, o game FIFA 17 é uma das grandes atrações da Brasil Game Show 2016 e ponto obrigatório de parada para fãs de futebol digital.

Caso você não possa testar o jogo ou não irá comparecer à feira, fique tranquilo. Basta esperar até o próximo dia 13 de setembro, data em que a DEMO estará disponível para todos.

A data oficial para lançamento do jogo é no dia 29 de setembro de 2016.

Primeiras Impressões

Apita o árbitro. Dado o pontapé inicial na partida, você sente que há algo diferente. Os primeiros passes, os toques na bola, enfim, todos elementos que envolvem a partida estão diferentes.

De cara já se percebe uma das grandes novidades desta edição: a implementação do motor gráfico Frostbite. Estreando pela primeira vez em jogos de futebol, a engine que faz sucesso na franquia Battlefield parece ter se encaixado bem no FIFA 17. No geral, os gráficos sofreram melhorias significativas, bem perceptíveis nos detalhes da face e suor dos jogadores.

Um dos fundamentos mais importantes em uma partida de futebol é o toque de bola. Esta era uma das principais críticas do jogo passado, alvo de muitas reclamações. Aqui observamos mais uma melhora: os passes estão mais certeiros e calibrados, não tão aleatórios como acontecia no FIFA 16.

Outro ponto importante a ser ressaltado é a movimentação dos jogadores em campo. A inteligência artificial foi reajustada e os atletas buscam espaços vazios dentro da partida. Com isso, o jogador que está no controle do ataque tem opções variadas de jogadas. É visível que o jogo está mais lento do que o antecessor.

Os chutes também estão diferentes. Quando chegamos perto do gol, ficamos indecisos se a melhor opção é um chute forte ou colocado. Na maioria das vezes, o chute colocado era quase sinônimo de gol no game passado, diferente do que está acontecendo no FIFA 17.

Considerados vilões para aqueles que gostam de partidas com muitos gols, os goleiros receberam um grande aumento nos ratings. Isto está fazendo com que muitas partidas terminem sem gols. Passar pelos goleiros não tem sido uma tarefa das mais fáceis.

No entanto, nem tudo são flores. Assim como pontos positivos, FIFA 17 também tem suas falhas.

O sistema de bolas paradas foi alterado. Nem toda alteração é para o bem. Para bater um escanteio, o usuário precisa mirar em uma espécie de círculo até o local onde deseja colocar a bola e aplicar a força exata. Mesmo sem dominar a técnica, os ataques tem tido uma certa vantagem sobre a defesa, fato que pode preocupar.

O pênalti está confuso. Agora você pode movimentar o seu atleta para os lados durante a cobrança e também precisa movimentá-lo até a bola para cobrar a penalidade máxima. Enquanto seu jogador corre para a cobrança, uma flecha aparece indicando o lado e a força que você deseja bater. Percebemos muitos pênaltis mal batidos nos testes.

Com mais pontos positivos do que negativos, FIFA 17 dá, literalmente, uma nova cara à série. Com o trabalho realizado com a engine Frostbite, o jogo deixa de ter um aspecto gráfico ultrapassado e demonstra qualidade. Em questão de jogabilidade, o game acerta ao deixar a velocidade mais lenta e mais focada no passe do que na correria.

Pode ser cedo para um julgamento, mas FIFA 17 parece ter sido um bom acerto da Electronic Arts.